quarta-feira, 6 de março de 2019

Ideal de Cada Um

Somos seres humanos, presos a nossos objetivos diários, nos quais aprendemos, todos os dias, as nuances de saber lidar com o externo e com o interno. Todos nós sabemos disso, até mesmo aquele adolescente que nada faz e se enjaula dentro de casa a espera do café da mamãe. Mas até mesmo esse ser, revestido de forças internas, com as quais ainda não trabalha, sabe que é uma questão de vontade... Se não houver esse elemento que nos faz adquirir forças, levantar, tomar o café, nada faremos, a não ser nos subjugar de paralíticos alheios ao que esperam algo maior que os faça mexer dedo indicador.

Aquele que traça seus objetivos sabe que, mesmo sendo mini-ideais, exige uma certa responsabilidade para realizá-los, tais quais pequenos jogos, nos quais se joga e se ganha, e se perde, mas que podemos atravessá-lo com muita parcimônia: são os objetivos. Já os projetos, semelhantes aos nossos ideais internos, nos remete a realizar o que propusemos quando um dia pensamos em obter algo maior que nossos sonhos, assemelhando-se a projetos.

Nossos projetos, já que estamos a falar deles, são feitos memoráveis de nossa vontade emocional, física, astral e psicológica, no sentido mais intenso que se pode refletir. No entanto, são forças que se externam, sempre com vistas a concretizar o que há de mais forte em nós, de modo a visualizá-lo, pegá-lo e senti-lo, como nossas próprias mãos ou mesmo mesmo com nossas lágrimas. É nobre realizá-lo, mas, acredite, é preciso que tenhamos que olhar para cima -- ou para dentro -- para iniciar uma forma de projeto mais rígido, mais forte, eterno.

Projetos quando restritos à vontade humana -- a vontade egoísta -- são meros, desculpe a palavra, projetos. Nada mais. Não adianta olharmos com nossas feições familiares, dando a eles aquele viés clássico de eternidade, pois não são. Ramsés, faraó que reinou mais de sessenta anos no Antigo Egípcio, sabia disso quando para Nefertari, no Templo De Abu Simbel, construiu vários presentes a sua amada, em nome do amor. Esse amor, sabia, era terreno e não celeste.

Assim como Ramsés, acreditamos no amor, seja ele individual ou não, e levantamos casas, compramos carros, reunimos famílias, criamos filhos, esposas, e morremos felizes quando dá. Isso, no entanto, não é o bastante para que tenhamos acesso ao que somos, humanos. Mesmo porque até mesmo animais também vivem com seus objetivos, com seus projetos, e realizam todos os dias, em nome de uma natureza maior do que suas percepções, o que lhes convém.

Ao contrário deles, porém, percebemos nossos objetivos, refletimos acerca dos nossos projetos, olhamos cada detalhe deles, sorrimos ou choramos quando o ato realizado se concatena com o sol, com a chuva, com o cheiro da vida. E quando isso acontece, o Ideal roça nossas veias, invade nossas cavernas internas, e nos faz olhar para trás e ver que nada mais somos que parte de um Ideal Maior: um Ideal Divino.



Aos Amigos.

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