quinta-feira, 4 de abril de 2019

O Vento e o Fogo

Nesses dias tão conturbados, nos quais políticas se desfazem em palavras, se constroem em valores frios, fiquei pensando a respeito de seu conceito, daquele antigo, no qual Platão, há dois mil anos, se referia ao termo como algo mas abrangente, válido, perfeito, no sentido mais organizado da Filosofia. 

Depois de perceber que não só a política se infere em tradições destinadas a falecer, me inseri no aspecto religioso da questão (de novo): não consegui ver como os indivíduos atuais uma entidade natural, à qual se obedece a partir de premissas arcaicas, nas quais Ele, de alguma forma, foi vilão, avassalador e hoje, como um bom velhinho, um sábio...

O mesmo me passou com a figura de Seu filho maior, Cristo, a quem os grandes dessa época subjugam como o último avatar a quem devemos realmente dar nossas vidas. A ele, Cristo, tenho muita simpatia, contudo, seu modo de viver, muito simples, sua maneira de conseguir seus objetivos, mais simples ainda, me deixaram reservado, pensativo, e concluí que não sou assim, porém, lá dentro de mim, após batalhas dantescas, talvez eu seja.

Dois pensamentos, mas não enganos. Não sou obrigado a dar credibilidade em figuras universais moldadas com o fim de nos desviar de nossas buscas, muito pelo contrário. O Deus pessoal, o primeiro, aceita tudo, assim como um presidenciável eleito democraticamente, pelos povos de ontem e de hoje, e ao mesmo tempo pelos de amanhã.

Entretanto... Se moldado é, pode cair nas graças do "Ele é assim, ele é assado", como fator normal aos que nascem e morrem, deixando assim uma realidade de fora, como se de propósito fosse, inclinado a ser mais concreto que prédios bem fundados! Mas um deus não é assim... E nisso, os grandes do passado já pensavam, tinha consciência, e ao passo que se dava poder humano a eles, justificava de maneira simbólica, o que não fazemos hoje... Nada é simbólico. Tudo é extremamente "real".

O segundo pensamento, em torno de Cristo, segue o mesmo passo do anterior. Não se sabe muito sobre ele, e ao mesmo tempo se segue como uma figura que enraizou-se para mudar a vida das pessoas, portando a fragilidade e o amor ao próximo, dando margem a descascar o maior pepino da História. Isso não aconteceu aos avatares orientais, os quais, em seu mundo silencioso, deixaram rastros codificados, para aquele que pudesse (ou quisesse) compreendê-lo, buscasse mais internamente.

Após negar esses dois fatores, voltando, de negar esse grande papel de parede que nada significa para mim, voltei a um Ideal, a uma causa, talvez, não muito maior que essa "realidade", mas a uma outra, sobre a qual gostaria de falar no próximo texto...

Grande Abraços.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A Parte que nos Falta

"É ótimo ter dúvidas, mas é muito melhor respondê-las"  A sensação é de que todos te deixaram. Não há mais ninguém ao seu lado....