terça-feira, 26 de março de 2013

A Tatuagem do Cupido





Unhas em montanhas,
Corpos febris alterados,
Tua face confusa,
A minha, olhos calados.
Peitos suados, coalhados,
Molhados de suor,
Teus olhos pequenos,
Em meus lírios amenos,
Oh, drama,
Quando ai de começar?!
Sou teu palhaço risonho,
És minha deusa no altar,
Harmonizas com a cama,
Estou pronto pra te amar.
Deslizas nua em meu peito,
Escorregas suntuosa...
És uma lira gostosa,
Tão doce de se tocar...
Não entendes o meu amor,
Não sabeis o que é amar,
Corres perfeita em meus braços,
Correspondes a um laço,
Difícil de soltar.
Não sabei do mel doce,
Desse que roubo do altar,
Subo na árvore vadia,
Que na chuva fria,
Tenho medo de escorregar.
Desse mel que te levo
Dos teus lábios a arrancar,
Durmo sempre com seu gosto,
Como um pequeno moço,
Que ao lado dele vai acordar.
Deixe-me ser dono teu,
Do teu corpo que me inclausura,
Ser dono de tua vida,
Como o universo é  da lua.



Às Paixões

segunda-feira, 25 de março de 2013

Páscoa, a busca de si mesmo.

Páscoa: é época de reflexão



Estamos chegando a mais uma Páscoa. Uma semana de reflexões acerca de nós mesmos, de nossos valores, de nossa tradição, raiz. Uma semana na qual seremos obrigados a olhar para nós mesmos e tentar entender esse microcosmo cheio de constelações misteriosas, do qual nascem e morrem cometas, sem que saibamos de onde vêm e por quê.

Páscoa, uma passagem, segundo os judeus, da terra da escravidão à terra prometida... No entanto, permita-me dizer, a passagem da personalidade arcaica ao espiritual – passagem do ódio ao amor. E Cristo se fez.

E todas as vezes que nos referimos a Jesus, acreditamos que falamos de Cristo também. Mas Jesus tornara-se Cristo muito depois, ou seja, tornou-se uma criatura universal após sua iniciação nos mistérios sagrados, o que não relata a Bíblia, porém sabemos que, após sua morte, veio a ser um ser solar, ou Cristo Solar, do qual emanam raios divinos a toda humanidade – assim como outros que vieram para tanto.

Cristo nasceu no coração dos homens como música bela que transcorre em nossas veias. Morreu crucificado em nossa alma valente, que, desde que o homem é homem, luta para sair de sua dubiedade em relação aos desejos de amor e paixão, paz e guerra, matéria e espirito. Cristo ressuscitou em nós, como a maior das reflexões e nos fez mais humanos, a partir de nossos atos, palavras e pensamentos...

Ressuscitou nossos valores, pelos quais lutamos fielmente, todos os dias, no intuito de serem respeitados, e acima de tudo preservados, porque temos um sol a obedecer, temos castelos a construir, temos colunas a erguer – tudo isso dentro de uma alma que procura, assiduamente, seu caminho.

Hoje, em meio a um mundo desnorteado, sabemos que é mais  que necessário nos prontificarmos perante a nós mesmos, no sentido de rever nossos defeitos, e canaliza-los; revertê-los, e voltar à linha da vida, sabendo que dela vamos sair.

O importante, no entanto, é entender que há um céu em nós, no qual possamos morar e  realizar nossos desejos mais sagrados. Estar consigo mesmo. Estar com Deus.

Um dia um grande general nos disse “Não precisamos viajar para encontrar a paz que tanto desejamos. Em nossa alma há esse lugar, cheio de paz, harmonia, de belezas... Um lugar idílico, organizado, ao qual podemos ir sempre”.

E dentro desse pensamento, devemos passar a Páscoa, ainda que signifique para algumas culturas a passagem de uma terra para outra, para mim, vai significar sempre essa busca árdua pela paz interna, pelo Cristo interno – não o cristo que sofre – ao qual temos direito desde o dia em que somos humanos.

Vai significar, para mim, a ruptura de um ovo interno, do qual sairá mais humanidade, mais amor, mais equilíbrio, mais desejo de moralidade e ética, num mundo que morre por si mesmo, graças a forças contrárias.

E quando Cristo se fez na cruz, mostrou-nos a consciência Una, significando a morte do homem em meio ao espírito e à matéria – significado da cruz (o vertical no horizontal) – pois o homem nada mais é que essa tentativa de desdobrar-se em favor de seu Eu, de seu cristo. Contudo, se depara com valores mesquinhos, filhos de um passado o que fez apegado ao complexo, ao visível.

O homem, em seu entender, deve deixar um para abraçar o outro, o que não é realidade para os avatares, pois, para estes, a unicidade nada mais é que integração de tudo – Bem, Mal – guerra, paz, amor, ódio, elementos nada análogos, mas que, assim como a luz e a escuridão, não vivem sem o outro.

Nós, porém, descartamos essa possibilidade, e vamos ao encontro apenas de uma paz que julgamos espiritual, e procuramos lugares vazios, silenciosos, nos quais até mesmo o eco de nossos pensamentos é barulho, mas depois temos dificuldade em lidar com a vida real.

Entretanto, a integração, a unificação, a religiosidade, a espiritualidade dependem da real unificação do homem para com a humanidade, mas para isso é preciso que vença seus preconceitos em tentar lidar com consigo, sem que exclua dos seus planos a própria natureza que o cerca. A linha é imaginária.

A Páscoa, ao meu ver, é uma reflexão a esse cristo que reunifica, que sacraliza, e ressuscita em nós, com o eterno ideal de ser um pouco mais buscador dos reais valores pelos quais lutamos desde o dia em que fomos humanos, mas que, ao poucos, estão nos tirando.

A Páscoa é o Ovo Cósmico, do qual mistérios inatos saem em forma de elementos que abnegamos todos os dias. É o ovo que se resguarda em nossos corações, o qual está à espera do novo, ao passo tradicional mundo, a revelar mais segredos que a própria vida nos revela.

quinta-feira, 21 de março de 2013

A Morte de Zeus na Praça

Praça de São Pedro: "Habemos Papa!"



Ainda esta semana pudemos assistir a todos os meandros da substituição do papa Bento II pelo argentino Jorge Mario Bergoglio, ou Francisco I. A mídia foi responsável por uma das coberturas mais completas da história, mostrando quase todos os segredos da eleição no Vaticano.

Depois de baixada a fumaça, o novo papa deixou evidente que fora assistido por vários de seus amigos, quando na dúvida da sua aceitação em ser ou não o maior representante da Igreja Católica no mundo... Disse que um brasileiro o ajudou muito a dizer sim e aceitar a vida papal. Não havendo, assim, nenhum mistério mais.

Milhões de fiéis da Igreja estavam ali, na Praça de São Pedro, e outros ao redor do mundo, a espera do  anúncio. E, após a fumaça branca, conseguiram ver, de longe, o homem que falaria em nome de Pedro, o apóstolo que havia iniciado, juntamente com Paulo, a cristianização de uma época.

E com o passar dos anos, até hoje, muitos de igrejas, quaisquer que sejam, questionam o fato  e o porquê desse homem, o papa, possuir o poder religioso no Ocidente. Isso é notório de pessoas que não entendem ou não leem o suficiente para entender que o conclave elegeu quase um Pedro, que partira há séculos, mas que possui seus restos mortais abaixo do pequeno país (Vaticano), como forma simbólica de dizer que as leis cristãs possuem raízes a partir daquele discípulo.

Pedro, se não se sabe, foi um dos que morreu crucificado, muito depois do sacrifício de Cristo, na tentativa de persuadir o império romano a obedecer a um único Deus. A época, Nero, um dos governadores da decadente Cidade, queria fazer com que o discípulo fosse um “bode expiatório” das elucubrações doentes que vinham da cabeça do louco governador.

Entretanto, a história da Igreja não se resume em perseguições. Sabe-se que, antes de qualquer governo louco, Roma possuía a notoriedade de ser politeísta, aceitação de deuses não somente da cidade, como de outras nações, tribos,  sociedade, enfim, o que lhe dava o posto de  aceitadora de valores de culturas distintas.

Entretanto, quando se trata do Cristianismo, temos que pisar em ovos sem que estore as cascas, pois há muitas informações que ainda não foram traspassadas aos seus fiéis, como o de que Roma respeitava a todos – em gênero, numero grau e cultura, de modo que todos, bárbaros ou não, tinham a sua fatia, ainda que estivesse sob o domínio dos generais.

Uma prova disso foi a própria Jerusalém quando dominada por Roma, na qual fomentou-se discussões sobre leis quando o próprio Cristo lá estivera. Os judeus, povos de cultura gêmea a dos cristãos, não admitiam que seus “amigos” elevassem um homem como a um Salvador dos pobres, e correram em busca de artigos nas leis romanas  a fim de crucificarem a grande alma. E conseguiram!

A culpa não fora dos romanos. Eles fizeram o que tinha que ser feito. Ou seja, se entregaram Cristo como desordenador de leis romanas, então teria que ser julgado, crucificado e morto, como fizeram com todos há décadas de governos.

Assim, na visão de Roma, Cristo fora apenas mais um que se subjugara rei na terra dos deuses, coisa que já, visão romana, havia. O que não aconteceu, assim, na visão dos fiéis de Jesus. Segundo eles, a mensagem do mestre, mais do que nunca, teria que ser levada aos extremos da grande Cidade, ao ponto de destruir aquele governo que fez pouco caso do Deus cristão e do homem que viera para salvar o mundo.

Embora isso soe discriminatório, houve uma falha na atuação do império em parar a atuação dos membros que restaram, os quais viviam escondidos, com medo de represálias dos decadentes governos. O governo romano deixou, em vários momentos, que os principais líderes do movimento cristão atuassem de forma contundente, no desrespeito aos deuses, às leis, ao convívio com os cidadãos de Roma.

Mas o raciocínio cristão foi inteligente.  Quando se quer comer um mingal quente, come-se pela beirada, já dizia minha doce mãe. E assim agiram os líderes intelectuais de Cristo no sentido de quebrar a hegemonia do grande povo e fazê-los acreditar em um só Deus, e, mais, em um Salvador. Coisa que romano não entendia, portanto não acreditava...

Mas, depois que houvera a quase assinatura de Constantino em aprovar a ideia maluca, que quase o estava deixando louco, fazendo-o acordar depois de um sonho que teve, o qual, segundo dizem, foi fundamental para a concretização do cristianismo em Roma, abriu-se a possibilidade total da desaparição e morte dos deuses romanos.

Ou seja, uma cultura advinda de outras como se fosse o maior dos diamantes podados pela história foi obrigada pela decadência dela mesma a dar espaço a outra que surgia simplesmente por uma ideia... a de Salvação. Como diria um professor ,“salvar de quê??” – eu adorava isso!..

Dar espaço a uma ideia de interesses, pois, em meio à simplicidade pregada pelos simples da igreja, revelou-se a falta de coerência na nomenclatura de sua estrutura: a igreja, no inicio, começou a dar poder “espirituais” aos que possuíam terrenos, dando inicio ao comando natural de qualquer sociedade fechada, como a exemplo dos maçons... Soando estranho, pois não se esperava isso de uma religião que tinha como máxima a figura de Cristo, o príncipe dos pobres.

O tempo se passou, e a Igreja se fez em cima de deuses, de adorações, e, hoje, tem como base a própria Roma antiga em suas leis, coisa que ela oculta ou passa um verniz com a finalidade esconder a madeira – e não a cara de pau dos homens.

De volta ao Papa.

A necessidade de haver um mestre é eterna em diversos meios, até mesmo na própria natureza, afim de que saibamos lidar com o caminho divino. O papa, talvez, para muitos é apenas uma figura que precisa demonstrar o poder político da Igreja ante a outros poderes. Porém, há de convir que o povo católico – assim como todos os povos – precisa de um líder espiritual. E se o veem assim, que o sigam, que o obedeçam e se tornem melhores a cada dia, ainda que o papa – a depender do homem – não represente (o que é raro acontecer...) tanto.

É muito fácil destronar um rei quando este já não é mais o mesmo. Mas uma coisa é necessária: respeitar a sua história, e entender que ali, naquele trono, há um ser que teve, tem e terá uma história, portanto traçar metas baseadas naquele rei, ainda que não o amem, é puro desrespeito. Que criem sua história, ou um novo reino, sem premissas falsas, e que haja ideias novas, com lastro e força não apenas para si mesmos, mas para toda a humanidade.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Sonhos, Horóscopos... Voos!





Signo da liberdade.




É época de realizar sonhos, levantar da cama, sorrir ao sol, abrir os braços em sinal de agradecimento aos céus por estar vivo, e voar em direção às nuvens. Tocar o grande disco solar, ultrapassar cometas, conhecer novos sistemas estelares, sumir.

É época de acordar, sentir o cheiro das flores, parar e se apaixonar pelo vento que nos bate as narinas. Amar. É época das ondas altas, de surfar com a prancha que a vida nos deu, e se não a tiver, com os pés também serve...

É época de fazer amor. De acordar com a paz que tanto se busca nos filmes, nos sonhos, é época de sonhar; criar asas do nada, ir ao encontro de ideais nobres, descer aos mais aflitos, socorrê-los, e dar-lhes a vitória! Ensinar-lhes o caminho da montanha!

É época de pôr os pés no chão, caminhar em tapetes vermelhos, e se possível beijar a primeira bela mulher, e com ela se casar, dar-lhe filhos, dar-lhe amor. É época de lágrimas.

E de reflexão. O que somos, de onde viemos, para onde vamos, e quem se importa? Por que somos tão complexos, famintos, pobre em riqueza e ricos em pobreza? Quem nos responde o inquestionável?...
Como diria Drummond,” Deus é culpado de Tudo”.

É época de reconhecer que temos e ao passo que somos Deus, e Ele mora no cantinho mais simples de nossa alma, de nosso coração, de nossas intenções e consciência. Ele é nossa Consciência! E dela tiramos nossos martírios, nossa paz, guerra, doenças, vida, morte, sorte... É época de acordar.

É a era dos horóscopos, dos signos que nos perseguem e que nos guiam pelos horizontes ocultos, ainda que não queremos. Desses criadores frios e irrisórios e ao passos ricos em dizer o que somos e o que podemos fazer em prol de nossos mundos particulares, de nossos pequenos lares, que, misteriosamente, se encontram dentro de nossa alma.

O meu regente é a Águia, e o seu?





Àquela que me faz bem.

quinta-feira, 14 de março de 2013

O Poema do Abrigo


"O homem tem a idade de seus sonhos".





Árvores, adeus!

D´árvore que se fora na poeira
Nasceu cimento frio 
Que peneirado em um rio
Misturou-se à terra, à areia...

De mãos fiéis dos guerreiros,
De pedra teimosa da vida
Não foi o barro precioso:
E sim o tijolo, como oleiro.

E do óleo na árvore-mãe,
Doente pelo tempo que ficou,
Sobraram apenas cicatrizes,
Às suas raízes retornou...

Não mais tempo dera,
Veio a nova era,
e uma nova Árvore se instalou...

Veio deveras como arbusto da cria,
Tomada de outrora folia,
E uma nova vida se prontificou.


A Base

Da vida nasceu a base, na terra querida.
Levitada por seres honestos,
Adeus, perversos!
Não conheceis mãos aguerridas!

Mágicos da manhã que ao pássaro acordava,
Donos de destinos, cantores de hinos,
Cuja paz o sol levava.

Donos da disciplina nua,
Filhos da divindade,
Não tinham maldade,
e sim, amor à verdade crua.

E a base se fez ao traçado sem arquiteto,
Apenas o sol, dono de um céu amado,
Sorria baixinho ao ver o ninho,
ou da chuva que molhava o traçado.

Tão profunda e sincera
Brilhava tão crua em cimento perfeito,
ao vê-la transbordava em meu peito
A mais forte paz que me dera.

Tijolos e paredes

E da necessidade, nasceu tijolo da vida,
Amado por seus irmãos,
Que, obrigados pelo coração,
Criaram paredes bem erguidas.

E se foram nas tardes em guerra,
contra a luz tão sombria,
assim mesmo se ergueram
e deram luz a uma filha*!

Em bases e paredes que se uniam
veio a maior das crueldades,
levantar lajes, com homens audazes,
E implorar a Deus o que me pediam...


Lajes e Homens

Desceram de suas celas, meus pedreiros,
E da montaria, vieram amigos,
Tão fortes quanto humanos,
Não espartanos, e guerreiros!

O dia foi pouco na obra que se ia, 
Pois estacionara no tempo,
Para ver a brilhante batalha
Dos homens que ali sorriam.

E cansados do dia que virou tarde,
Descansaram ao som de uma feijoada,
que caia em suas almas,
como britas em teto armado.

E se foram os heróis sem canção,
Acordados pelo fogo, em gestos,
Talhados sem protestos,
Trazidos pelo coração.

Andar Segundo...

Subiu como folha ao vento,
Desfez o que não havia em contento,
Transladando para o alto
A mais bela canção...

Acreditar não poderia,
Ainda que luzes em mim batiam,
Pois lá estavam guerreiros imundos,
Iniciando dos andares, o segundo.

Duplicou-se a fortaleza que se abatia,
Santificou-se a laje se ergueu,
Deu-se como fruto amargo, no dia,
Após, a dor se perdeu.

Amargos se foram, doces ficaram.
Cresceram como mangas,
Que caiam na lama,
E o segundo mundo fortificaram!


O Inicio do Novo.

Entre canos fortes e mentes sanas,
Cobres cobertos entre paredes,
Reboques de tão perfeitos planos,
Corria meus olhos de sede.

E entre pássaros, chuvas e sóis,
De uma natura inviolável,
Corria a pressa dos homens firmes,
Em ir para as suas, rever o filho amado.

Entre cerâmicas, cimento cozido,
No chão como espelhos
                                           sem imagem,]
Luzindo o suor a frio,
Nasciam janelas e portas como vagens.
Meu rio se fez na face escondida
A recordar a mãe que se fora,
Sem palavras a flora,
Dizia ao Oculto “protegei-a, agora”.

Doeu a dor da alma,
Na dispersão que se ia,
Pois morria em mim outrora
E se iniciava um novo dia.

Esposa e Eu

Choramos como parceiros,
Ao ver nossa filha amada,
Não menos quanto nosso filho,
Que já nascera guerreiro.

E guerreamos em batalhas,
Tão frias quanto o tempo,
Caímos de barcos sem remos,
Em oceanos de ventos.

Ac-hora, nasce uma nova brisa,
Escondida em nosso mistério,
Depois das águas túrgidas,
A paz se fez como Homero.

Fizemos magias sem feridas,
E o tempo vai reconhecer,
Fomos filhos sagrados,
                   Quase abandonados,]
Determinados em vencer.

Pois nascemos em meio a nada,
Como peregrinos sem abrigo,
Corríamos contra todos,
E volvíamos sem amigos.

E a casa amada se fez da árvore
                                      Da vida,
Abençoada por Deus,
Ao lado da Grande Filha Querida...
Em nome do Filho Teu.



À minha mãe, à minha esposa e ao meu filho.


quarta-feira, 13 de março de 2013

Projeto Achilles, do início à eternidade.

Três Reginaldos e um Projeto: Achilles.


Projeto Achilles: 
com o sobrenome do meu filho Pedro,
 para se criar forças e ao mesmo tempo aprender com ele.




Mãe, foram sete meses de alegria, de amor e amizade. Foram os melhores dias de minha vida, e de longe a melhor experiência porque passei. Meus sonhos, os melhores, podendo vê-los de perto, como crianças em parque, louca a subir ou descer, sempre de olho na segurança que o papai ou mamãe lhe davam.

Mãe, meu coração não almeja mais nada, pelo menos até agora, pois segui suas palavras, seus conselhos dourados, advindos de uma mente simplória, mas que estava acima da minha, por mais que eu fosse um falador-facultando-filósofo! Na realidade, eu não tinha nada, a não ser a senhora do meu lado, dando-me palavras a seguir, em caminhos ainda desconhecidos, os quais estou conhecendo agora, depois de casado, com um filho magnifico.

E hoje, ao seguir seus conselhos, levanto meu abrigo, minha casa, meu castelo, minha parcela de vida para com meus ancestrais, para com meu filho, Pedro, e acima de tudo, perante a senhora, que, de algum modo, me vê, me escuta nas orações, e as traduz em verbos divinos para que sejam realizados aqui, em nosso quintal, que um dia, também, fora sujeito, há muito tempo, a um casebre de madeira no qual moramos, ainda que de maneira trôpega, simplória...

Mas que, depois, das forças que me deram, fiz a tua casa, mãe, e a senhora ficara como se fosse uma criança de idade, a sorrir, a mandar, a amar cada ato dentro dela, fosse qual fosse o ato. E desses, lembro-me de meus sobrinhos que, na casa já pronta, brilhando a cerâmica, dançavam, engatinhavam, e caiam como filhos de pardais que desabam da pequena árvore... E a senhora preocupada com nada...

Mas, mãe, não era uma árvore da qual caiam, era a sua casa! Depois de residir durante mais de quarenta anos em barracos de madeira, com telhas de amianto, chão batido em terra, e cimento seco, naquele dia Deus tinha levantado a mão sobre a senhora e dado o melhor de Si. Pois nesse dia, eu a vi tão feliz, tão feliz, que me senti um pouco vaidoso por realizar, com auxilio sagrado, o seu sonho...

E Hoje, mãe, como eu gostaria que estivesse aqui, nesse exato momento, para ver uma outra obra, aquela que tanto me pedira para realizar antes que viesse a ser colhida pela Criador. A minha casa. Só eu sei o quanto sinto a falta das palavras da senhora, com aquele sotaque nortista, forte, levantando os braços, olhando para cima, e dizendo “Oh, Deus, obrigado!!” ...

E, eu repito, minha querida mãe, “Oh, Deus, obrigado!”.
Como eu gostaria que estivesse aqui para ver os grandes guerreiros enviados do céu, simplesmente para fazer o que a senhora nos pediu: fazer a casa do seu filho. Sei o quanto sentirias de orgulho de mim em saber o quanto os tratei bem, o quanto deles cuidei, levantando, todos os dias, dando-lhes café da manhã, para que começassem muito bem. E na tarde, lanches, a base de sorriso, forças a base de cumprimentos, ordens em forma de alegria...

Eles, mãe, eram crentes, sabia? Mas não me pergunte de que igrejas, pois não saberia dizer. Contudo, mãe, tais rapazes, tão enérgicos em seus afazeres, dedicados e disciplinados, não só trabalhavam com afinco, com nos ajudavam com profissionais da mesma família, que, por sua vez, eram tão incríveis em caráter quanto os primeiros!

Mãe, a senhora iria rir demais ao saber que eram apenas três, e dois deles tinham o meu nome, não é coincidência?! Sei lá, viu...  Apenas um, cujo nome era Gidelson, mas que fora a alma que mais tínhamos necessitado no fim da obra, o que não aconteceu, infelizmente, porque ele, o pequeno – como era carinhosamente chamado – adoeceu, e acabou saindo aos quarenta e cinco do segundo tempo da obra.

Mãe, a casa é de dois andares, com quartos não muito grandes, em razão da dimensão do terreno, mas é linda, e chamativa, pois não param de passar e olhar no fundo da casa principal a grande obra que fizemos. E têm razão todos eles, eu também pararia.

Agora, faltando só a pintura, lembro-me das palavras do pintor – que há muito fazia o mesmo trabalho para a senhora na casa principal – que disse “Reginaldo, se sua mãe estivesse aqui, ela se orgulharia e muito de você”.

Com o coração na mão, com os olhos lacrimejando de saudades, retiro-me destas páginas para voltar à realidade da vida, e dizer que as chamas que nos colocou não se apagarão tão cedo.


Obrigado, minha mãe!

segunda-feira, 11 de março de 2013

Um Homem Quando Chora...

Choro: pelo mais simples ao mais sagrado




...Seu coração que há muito entorpecido pelas injustiças, e sua alma presa pela viu trapaça das mentiras se vão no fosso de um sumidor sem fim.

Um homem quando chora...

É semelhante a uma água que cai de uma calha presa aos céus de uma casa imensa. Até cair ao chão leva anos, porém, quando chega a hora, desaba como pequenas cachoeiras e desmaia num chão que a espera para sentir a dor do impacto da vida.

Um homem quando chora é semelhante a um leão ferido. Rosna baixinho, depois bem alto, sem que percebamos a diferença entre sua dor e a violência de sua vida diária. É de dar medo. A dor se alastra na medida de suas lágrimas, e a selva torna-se pequena para alimentar-se e suprir toda sua dor da primeira à última presa.

Um homem quando chora enfia-se debaixo da cama, chora baixinho; vai para debaixo do chuveiro, e ali, confundem-se lágrimas e pingos, chuvas e choros, gritos e canções; depois que o corpo se contorna, entre laços de abraços em si mesmo, pedindo ao Deus que tudo se vá. Mas, em vão.

O choro continua na roupa. Pingos misteriosos caem em sua blusa, e uma mão que se vai à face enrugada do sono que não veio, aperta os olhos no intuito de calar a torrente que ameaça jorrar; e nada.

E a mente enlouquece, confusa, como lua que virou sol, como sol que desapareceu da manhã. A mente empobrece; não pensa, e pede ao corpo para não agir, pois está de luto pela causa que virou consequência. Está cansada pelo excesso de tentativas, está obcecada em desistir de tudo, até de existir.

O homem quando chora empobrece a alma, empobrece o mundo. Seus ideais se vão em frações de segundos; seu mundo se vai como um papel pequeno em uma correnteza forte; um pouco de sua vida, como é parte do grande uno, do grande Deus, espirito maior, torna-se refém de um mal que ele mesmo criou.

E assim, o homem, quando chora por si mesmo e não pelo mundo, não consegue entender o real objetivo de suas lágrimas, ou mesmo de seu sorriso. O homem, quando chora pelo inútil da vida, está prestes a morrer sem ser enterrado, pois há muito pelo que chorar, e muitas lágrimas a se guardar a muitos que merecem, a muitas causas que padecem sem serem percebidas.
O homem quando chora por uma paixão, que seja a da humanidade, como a liberdade, o amor, a paz, pelo filho que nasce, e morre; pela mãe que se foi, e não se disse “te amo”... Inicia seu processo de reconhecimento de si mesmo, pois começa a entender a vida que lhe foi dada...

Enfim... Um homem quando chora pela simplicidade que nasce  e pelo belo que se foi, tornar-se mais homem, mais humano.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Feitiço do Tempo: a Filosofia

Temos que enxergar nossos caminhos





Existem várias vertentes das quais podemos partir. Uma delas é a de que sempre aprendemos como nossos erros, e isso é uma máxima que se aprende antes mesmo de a velhice chegar. Há outras, e dessas podemos tirar a que diz “aqui se faz, aqui se paga”, o que na realidade não se encaixa em Connors, nosso personagem de Feitiço do Tempo, o qual tivera o infortúnio de ter seus dias congelados, e que, dentro dos quais, não obtivera êxito em suas façanhas que se resumiam em fazer o que bem entender de sua vida.

Dentro de nós, como diziam os mestres, há caminhos – todos eles – do bem e do mal. O que nos externa é uma realidade que nos relacionará com o meio, e cabe a nós usar de artifícios para entendê-lo, como se fossem crianças em parque, com medo ou não, mas subindo, descendo, caindo, levantando, machucando-se, de modo a entender que cada brinquedo – em nosso caso as nuances da vida – tem seu objetivo.

Não adianta fugir, correr em meio a um mundo cheio de leis, e dizer que somos rebeldes, criando as nossas próprias, desconectadas das leis reais, ou mesmo das essenciais, que nos dizem, lá no fundo de nós mesmo “Não fuja do que és, não fuja do que és”. E percorremos a vida, agora, como jovens desordeiros, em busca de um abrigo para nossas ideias, as quais colhemos, semeamos e difundimos a outras pessoas...

Agora somos jovens, mas não entendemos que possuímos a força e a fé enraizadas em nós, como martelos com o cabo pra cima, a bater num prego de cabeça para baixo!... A vida, no entanto, bate em nós, e bate tanto que, de repente, a entendemos, mas não a escutamos, e tornamo-nos mais rebeldes, cheios de liberdades vulgares – fazemos o que queremos, com quem queremos, e nem sequer esperamos a reação, pois não estamos nem aí para ela...

Aí é que mora o perigo.

Na realidade, há opções. Ou entendemos a vida e sabemos que ela nos ensina todos os dias os caminhos para seu infinito mistério, a tentar nos fazer mais humanos, ou sejamos mais imbecis na medida do tempo, ainda que saibamos que pode nos custar nossas vidas ou a vida de pessoas que amamos.

E negligenciar a vida, como se fôssemos turistas sem querer entender os castelos, as pirâmides, as culturas, os deuses; negligenciar o que somos, as pessoas, o mundo, e centralizar nossas emoções, como únicos... Não é um exercício natural daqueles que querem algum caminho para trilhar.

Assim o foi Phill Connor, nosso querido Bill Muray, que tanto nos fez rir em Caça Fantasmas, entre outros. Connors, em Feitiço do Tempo, nos demonstrou o que somos, em uma ficção maravilhosa. O tempo parou para dizer-lhe que o essencial da vida é ser humano. Sim. Ser humano. Um filósofo já dizia “temos pernas, braços, cabeças, até alma de humanos possuímos, mas falta muito para sermos”. E tinha razão.

Connors é um personagem que é a cara de todos, sem exceção, pois inicia um processo de insensatez tímido; depois, revela-se mais insensato em suas ações, além de incoerente, incrédulo – pois, além de falar pouco em Deus, é incoerente em seus atos (olha nós aí!), e se diverte ao saber que o tempo parou e quer aproveitar as chances de fazer o que bem entender.

Aqui cabe o conceito de Liberdade...

Nós, por acharmos que, em certas horas, somos donos de nós mesmos, inclusive de nossos atos, pensamentos, e de nosso tempo, fazemos o que bem queremos: falamos o que queremos, fazemos, enfim, semeamos, dentro de um campo oculto, misérias, inimizades, loucuras, achando que estamos sendo humanos, pois o que nos passa pela cabeça é que somos professores de algo que estamos aprendendo... (será?)

Professores, não. Mas agricultores que mais tarde ficarão sem chão, com frutos podres a colher, ou como diriam os mais sábios “sem nada a colher”. Mesmo assim, entramos em uma atmosfera dentro da qual todos os malefícios nos engolem como dragões, monstros imensos, levando tudo que temos (ou que poderíamos ter tido), no caso de Phill, a sua própria vida...

A liberdade, a que se referem os clássicos, nada mais é que seguir uma linha e dela não sair. Assim como o sol é livre, em sua eterna sintonia com o mundo e o universo que o cerca. Nós, por acharmos que tal conceito só nos cabe em crenças e valores atrozes, o desrespeitamos e mais uma vez colhemos o que plantamos.

Mas já estamos falando de um filme que conta a história de um homem chato, ranzinza, sem amigos, e que teve várias vezes sua vida finalizada, e que, graças ao tempo estático, obteve chances para redimir-se ante ele mesmo e às pessoas que tanto foram objetos de seu egoísmo...

Para nós, na realidade, não há chances, mas há oportunidades diferentes, nas quais retiramos o aprendizado – não tão rápido quanto Connors. E, através delas, claudicamos em aprender que precisamos nos alimentar de humanidade, com atos próprios, reais e sinceros.

Feitiço do Tempo: a magia da vida (ii)



Nunca é tarde para trilhar o caminho correto



O filme, resumindo, conta a história de um apresentador de TV indo a uma cidade cobrir um evento -- o chamado dia da marmota --, e se depara com uma situação um tanto quanto inusitada: o dia é o mesmo para ele. Não passa.

Depois de várias loucuras e tentativas de suicídio, inclusive, com o rapto da própria marmota, pegando um carro e em alta velocidade se jogando em um precipício, sabe que não há outra alternativa... Toma uma decisão: mudará sua maneira de ser, e tentará, a partir daquele dia, repetitivo, tornar-se um pouco melhor, pois já havia se tornado de tudo, até ladrão.

Ao acordar, decide abraçar aquela pessoa que nunca dele recebera um simples “oi”, e, aquela senhora que sempre lhe pergunta para onde vai, antes de fazer-lhe antiga-repetitiva pergunta, recebe um grande abraço dele, que a sufoca de carinho. Se não fosse ela, ficaria ali, naquele bendito ato.

Saindo da pousada, encontra seu “amigo” Ned, o vendedor de seguros chato, do qual nunca conseguira se livrar, assim como da possa de água, que sempre pisava. Ao contrário dos outros dias, Connors espera a chegada do amigo na esquina, o vê com os braços abertos – como sempre o fez --, mas que, agora, é Connors que o abraça de maneira firme, sorridente, sincero, como se fossem reais amigos de um passado distante.

Ned, o corretor, agora, é que tenta livrar-se de Connors! Assim, percorrendo as ruas, encontra meios de fazer bem, seja a um grupo de velhinhas, seja a um garotinho que cai de uma árvore, o qual jamais agradece a Phill... Os dias, assim, teriam mais sentido.

O mais incrível, no entanto, acontece quando Connors tenta salvar a vida de um velhinho que sempre o pede esmolas na mesma esquina. O protagonista, sensibilizado, doa todo o dinheiro que possui na carteira, e mais tarde passa a observar o mendigo após saber que ele morre no frio, abandonado, junto a outros da mesma idade.

Determinado a salvar a vida do senhor, Connors o pega das ruas, o alimenta, o esquenta, mas...  O pior não pode ser freado. No fim, o mendigo, com toda a ajuda, falece no final. Connors se revolta, mas começa a entender que a vida...

Até onde posso ir?
Seus gestos começam a se propagar pela cidade. Sua gentileza, sua música, seus modos de cavalheiro, sua educação são como ventos que percorrem os ouvidos e bocas de todos os habitantes, que passam a adorá-lo.

Ele, contudo, não queria o amor de todos, mas sim de uma pessoa que ele sempre tentou cultivar desde o dia em que soubera que os dias seriam os mesmos. Andy MacDowel – a amável Rita.

E quando ela o vê esplendoroso, como dono de um piano, cuja música aprendeu nos dias que não se passaram, em um grande salão, de óculos escuros... revelou-se não apenas um grande pianista, como tocara uma música especial, da qual jamais nos esquecemos quando o personagem toca o tema do filme “Em Algum Lugar do Passado”. Simplesmente belo.

Após, “compra-lo” em leilão comunitário, para fins obreiros, Rita sente que seus olhos não poderiam mudar de direção, assim como seu coração. Ele, envolvido com a magia de sua presença, tenta ser cordial o máximo possível, e levá-la para o seu quarto, já sem esperanças em vê-la no outro dia, ao lado dele...

A magia do tempo se desfez. Connors, ao acordar, viu que o tempo se passara. Até a música que o acordara era outra, a neve que que caia do outro lado da janela era, enfim, a continuação de outra, e outra... E o mais incrível, Rita, sua amada, lá estava de olhos cerrados de sono, em sua cama, pela primeira vez, depois muitas tentativas, durante todo o tempo que se repetia... Ela, talvez, tivesse sido seu maior presente, sua maior razão de mudar como pessoa e levá-lo a ser um homem de bem.



Volto com mais magia do tempo!

quarta-feira, 6 de março de 2013

Feitiço do Tempo: a magia da vida (i)






Homenagem

Há muito sou fã de cinema, mas não me considero um cinéfilo. Porém, quando se vê filmes do nível de Feitiço do Tempo, que há vinte anos foi produzido, não tem como não sê-lo. Foi uma obra prima de Harold Remis, (cineasta de "Férias frustradas" (1983), "Eu, minha mulher e minhas cópias" (1996) e "Mafia no divã" (1999), além de ter ser responsável pelo roteiro de "Os caça-fantasmas I e II" – ganhou o prêmio de melhor roteiro original no Bafta de 1994), a qual sintetizou o sentimento de muitos em relação à vida, dando margem a reflexões sobre nossos comportamentos, nossas experiências junto às pessoas que amamos (ou não), enfim, “Feitiço do Tempo”, essa película maravilhosa, faz vinte anos e vai ser lembrado por muito mais tempo.

Vou dizer o porquê...

O Filme

Phil Connors (Bill Murray), apresentador do tempo, com um caráter pra lá de arredio, vai com sua equipe a uma cidade na qual se comemora o ‘dia da marmota’. Um bichinho que se parece mais com um filhote de ariranha, que, sem saber de nada, fica entocada durante o inverno até que o prefeito (Bryan Doyle-Murray), simbolicamente, a chama para perguntar “o que vem depois do grande inverno?”, que se faz ali.
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Connors e sua equipe são os responsáveis pela grande cobertura do evento, que une a cidade toda. De inicio, como já era de se esperar, Connors detesta tudo, e deixa Andy (ajudante de texto) pensativa acerca de sua personalidade difícil. Mas não o sensibiliza.

Depois disso, começa a acordar sempre naquele dia, como se nada tivesse passado, tudo estivesse parado, ou seja, pessoas indo para o mesmo evento, da mesma ordem anterior, de modo a fazê-lo pensar que algo estava errado – e estava.

Ainda sem entender nada, faz as apresentações, com um pouco de irresignação, com o olhar desconfiado, achando estranha toda aquela manifestação idêntica à da sua memória, a qual não se sabe se era real ou não, questiona-se se não era sonho o que vivera anteriormente...

Connors, como era de se esperar, foi consultar sua companheira de equipe, Andy, que, ainda sem entender a feição do amigo, perguntava-o se ele estava bem. E estava. Apenas meio perplexo pelo que havia acontecido, ou seja, pela mágica que o tempo havia-lhe proporcionado e ele nada sabia.

Andy, em uma longa conversa em um Café com Connors, deixa claro que o dia da marmota não se repetiu, e que ele devia estar meio confuso em razão do tempo gelado e do seu ódio não só ao clima, como também à cidade, que o deixava maluco.

Assim, foram dias e dias acordando sempre na mesma hora, encontrando a mesma pessoa depois de sua porta, as mesmas pessoas tomando café em sua pousada, a mesma senhora idosa, dona do lugar, a lhe perguntar as mesmas coisas, o mesmo evento – o dia da marmota – coberto por ele, que não suportava mais a cara do prefeito, rodeado de puxa-sacos...!

Começa, enfim, viver seu inferno particular, tentando entender o porquê dos dias que não se passavam. Todos os dias, durante muito tempo, o relógio foi uma das tormentas que mais o deixaram quase maluco, pois não deixava de acordá-lo, na mesma hora, acontecesse o que acontecesse.

Phill Connors já se tornava quase violento com as pessoas que encontrava. Tornava-se mais arredio com aqueles que sempre estavam ali, todos os santos dias, em seu trajeto para o insuportável evento, que parecia uma ida ao caldeirão do diabo!

Mesmo assim, ainda não era o bastante para aquele que parecia ser o único a sofrer solitariamente o feitiço do tempo, quando, “por acaso”, descobre um amigo chato de faculdade que virou vendedor de seguros, a encontrá-lo sempre na mesma esquina quando ia para o trabalho.

Ned Ryerson (Stephen Tobolowsky, com participação em Glee) faz questão de gritar sempre “Phll?? Phill Connors??”, de modo que o personagem principal não suportava nem mesmo seu rosto, imagine vê-lo todos os dias? A sensação, para Phill, era de morte!

A Decisão

Nada melhor, no entanto, a adequar-se ao que “os deuses” lhe deram de presente, com comportamentos ditos como livres, já que “o que faço hoje não tem reação no amanhã”. Então, Phill começara a paquerar meninas, com desculpas inteligentes. Já que os dias se repetiam, nestes, Connors conhecia a pessoa, sabia de suas amizades, suas qualidades, e, em tempo, inventava que a conhecia, colocando tais atributos conhecidos como meios para que a pessoa, objeto de interesse, fosse conquistada...

Houve dias até que roubara um carro, fez várias estripulias com bêbados a bordo, e em outros dias, assaltava carros fortes, com toda simplicidade, pois sabia dos movimentos, calculadamente, dos encarregados do dinheiro... E com ele comprava roupas incríveis, ia ao cinema com prostitutas, mas...

Nada lhe preenchia a alma. Estava se cansando de seus dias inúteis, de todos as caras, de homens e mulheres que ali moravam e faziam o que ele já sabia. Não custou, assim, em tentar se matar... Porém, nada. Jogava-se de prédios, entrava em banheiras com fiação perigosa, eletrocutava-se, morria, mas, no outro dia... Lá estava ele!

Foi quando tomou a decisão que mudara seu destino, sua vida, na qual teria mais vontade de viver, e que jamais seria um dia igual ao outro, por mais que o destino assim o quisesse: começou a ajudar seus semelhantes!

(Volto com mais feitiço)

sexta-feira, 1 de março de 2013

Logus Neutro



Não há o quarto logos ou logos neutro.



Sei o quanto é difícil tocar em assuntos nos quais se eleva, antes de serem escritos, o mal no homem. E quando digo homem, falo da maneira mais genérica possível, pois estamos contaminados com inconscientes frios e mórbidos dos quais tiramos apenas guerras mais frias ainda, as quais podem partir para um campo até mais violento, a da guerra real entre as pessoas. É o que nos acontece quando possuímos a visão curta acerca de coisas, como cultura, linguagem, comportamentos, padrões, estruturas físicas, emocionais, as quais fazem parte de uma sociedade, criadas pelo homem-relativo, incitadas como objetos de conflito, e não de união entre os povos...

Meu Deus, como é difícil lidar com esse assunto! Primeiro, como lhes já disse, evocá-lo é trazer à tona valores que a própria sociedade possui, ainda que eu não os tenha! Estou falando do preconceito, da discriminação a indivíduos que, ainda que existam provas de que a natureza não tenha replicas deles – mais uma vez, desculpem-me –, se alimentam de exemplos cármicos, ou seja, de leis que o próprio universo se encarrega de impor à própria natureza (homens, cachorros, plantas, pedras, sóis, sociedades, etc), quando vão de encontro ou ao encontro dele, do próprio uno.

Aqui cabe dizer que não acredito em deuses pessoais, ou Deus pessoal, como a maioria o acredita, e sim em elementos que  permeiam fora e dentro de nós como forças, energias, mistérios, dos quais não sabemos a metade deles, por isso... rotulamos. E eu rotulo de universo – ou Natureza – o qual significa não somente o que está para além das nuvens e sóis, estrelas, de nossa visão relativa, mas acima de tudo que citei, englobando, inclusive, os que citei. Não somente, como também uma junção de leis que estariam a governar tudo e a todos, desde sempre, sem especulações, e sem o mínimo elemento não haveria Universo.

Enfim... Não estou aqui para dizer que sou filósofo, ou que sigo minhas doutrinas, minhas leis internas baseadas em premissas tradicionais. Não estou aqui, mais uma vez, para dizer que acredito na linhagem entre mestres e discípulos, mas para dizer que somos portadores de opiniões, e nelas, sempre há a possibilidades de errarmos, mesmo porque como diria uma mestra teósofa “nada é maior que a verdade”. E eu, esse filho de caminhos estreitos, andarilho de caminhos trôpegos, reflito demais...

E nessa semana, como em outras, pude refletir o quanto estamos perdidos e distantes da realidade em que fomos criados. E quando refiro-me à realidade, estou a falar da mais nobre e valorosa a que tínhamos direito e que hoje nos tomaram como se fosse em um assalto. Um assalto longo, do qual ética, moral, amor, verdade, paz, heroísmos nos foram tirados com o passar dos tempos. Prova maior disso são os pequenos atos ridículos que viraram provas de amor ou heroísmo; sem falar em comportamentos! Quando se comenta sobre religiões, comportamentos de fiéis, parece-nos que há padres, papas nos conduzindo a pensamentos arcaicos, ao ponto de nos assemelharmos a participantes de uma  nova idade média!... Fruto do pensamento cristão.

Tal pensamento, claro, não pode ser generalizado. Há pessoas ricas em palavras e comportamentos, pessoas guerreiras que fazem de sua vida uma luta árdua e que se ajoelham em nome de Deus, agradecendo pelo dia pomposo que se foi. Esses estão longe de serem criticados, pois se dão por completo ao próximo e amam a vida como qualquer pessoa, e não ficam implorando a Deus que os levem desse mundo imundo... E realmente é.

O pensamento cristão, no entanto, o mais tradicional e arcaico, trouxe, em si, o preconceito, a discriminação. Trouxe mais: a razão distorcida. E não podemos ir atrás desse pensamento, pois tudo no mundo revela-se com uma causa, até o mais hediondo dos seres traz, em si, uma carga necessária para com o universo, senão, para com a própria família e sociedade. Há de ser necessário tudo isso. Mas... Contudo, porém... O inconsciente coletivo, enraizado de cruzes, pesos, leis tortas, e desvinculação histórica, nos faz pensar como reis, rainhas, faraós, ou filhos destes, e iniciar um processo de separatividade a partir de nossas palavras, atos, os quais – ainda que sejam para uma boa critica (se é que existe!...), nos faz parecer vilões em porões, com chicotes e tudo.

É o que quero dizer... eu não sou tal! Sou apenas um filho de deus, assim como diriam os Faraós, filho do deus que sorriu quando criou os deuses, mas cujas lágrimas criaram os homens. Nada me foi dado de presente, e o que tenho não considero muito, mas o que veio de mim amo como se fosse a única no mundo. Sou homem e tenho dificuldades de todos os níveis, inclusive física, tenho irmãos e irmãos, filhos de um pai que nunca passou perto de uma escola, e de uma mãe que passou, porém não pode fazer parte dela em razão da cultura de subsistência em que nasceu. E tudo ficou na saudade.

Ao Assunto, por favor!...

E dentro dessa cultura arcaica nasci, cresci e pude desenvolver, dentro de minhas pesquisas, uma mentalidade de integração, mas que ainda claudica em razão de muitos exemplos que ainda sobrevoam nossos cimos mentais. Como o comportamento dos homossexuais. Pronto, falei!... Enfim falei. Aqui, posso, com todo respeito, falar desses corajosos seres de modo a não trazer à tona pensamentos estreitos, filhos do preconceito cristão, ou qualquer ão que entenderem errados. Posso explicar o porquê da minha iniciativa e necessidade em lidar com esse assunto sem que me venham sacrificar mais tarde.

Outra coisa, quando digo “mentalidade de integração”, é a uma forma de pensar baseada em princípios humanos, aos quais obedecíamos no passado, seja em relação à natureza simples, seja em relação à complexa do homem, da vida e, principalmente, ao mundo em que vivemos. Isso não só agora, mas também à cultura antiga, advinda das grandes civilizações – e quando o digo – falo da estrutura que compunham no passado, em relação aos homens, mulheres, homossexuais, e a tudo. E tal estrutura de pensamento, não possuem padres, pastores, bispos, crentes, católicos em geral, pois seguem linhas básicas dentro das quais há seguimentos que foram retirados e outros colocados com intensões mórbidas, como liderar massas, fazendo história desconectada de valores fincados na terra, e no céu, com objetivos de florescer novos e bons homens. Isso não interessa à minoria dominante.

Mas percebo que alguns pensamentos, por se basearem em leis naturais – como os meus – devem ser ditos, ou melhor, erradicados da alma, no sentido de serem expostos, pois atualmente sentimos a necessidade de outros pensamentos que não sejam os racionais-cristãos, filhos de premissas já citadas.

O Assunto

Queria dizer que não sou homofóbico – talvez um pouco machista, mas – não homofóbico! O que significa que o que relatarei aqui nada mais é do que uma opinião que pode ser levada a sério e o pior de tudo: ser levada pela mentalidade vã dos preconceitos. Então, antes de mais nada, perdão a todos os que são (homo), mesmo porque não devem nada a vida, ao mundo, aos hipócritas. E dizer que não sou este último, quase já sendo... infelizmente. Mas mostrar um ponto de vista, seja em relação a qualquer coisa, é perigoso.

Contudo, da maneira a ser demonstrada, pode ser averiguada pelos mais céticos e confirmada com o passar dos anos, ou melhor, podem, inclusive, pesquisar em livros tradicionais, em autores como Platão, Aristóteles, em livros da ocultista Helena Blavatsky, em trabalhos de Fernando Schwatz, em livros sobre a civilização egípcia, de Christian Jacq, entre muitos...

Todos, sem exceção, falam indiretamente sobre o Logus, a energia primeira que deu origem a todas as essências – a masculina e feminina. E quando digo masculina e feminina, não estou a me referir a homem e mulher ainda, mas a essência distribuída no universo, da qual tiramos a nossa. Ou seja, todos os seres, sejam pedras, plantas, animais e humanos, possuem tal essência – cada um na qual lhe convém a natureza em que nasceu.

O homem, ainda que machista, bruto, mas muito mais cavalheiro, possui a essência masculina desse Logus, ou seja, a partir de uma grande essência, a maior delas, possuímos a masculina (um rótulo), a mulher, feminina (rótulo). Não houve, na Natureza, uma quarta essência ou, como diriam os espanhóis, um Logus neutro, do qual saísse uma fusão das duas essências, pois temos, como a tradição nos indica, a tríade em todos os aspectos.

Explicação... Logus x Logus

Há deuses como Nun, o qual representava a essência criadora do universo no antigo Egito, dele foram criados outros deuses, os quais já conhecemos, como Osíris, Isis e Hórus. Desses três, apenas Isis e Hórus representam a essência feminina e masculina, respectivamente; Osíris, em sua luta eterna contra Seth, transformou-se em um cosmos de natureza infinita, depois de ter vencido a morte. Transformou-se em deus do céus e do inferno, conhecedor dos mistérios internos e externos. Além de outros deuses que, por sua vez, gerados de outros, formam, assim, como em outras culturas, potencialidades que resguardam a Lei.

Por que estou a dizer isso?
Porque temos que entender que, ainda que houvesse, no homem e na mulher tendências de uma personalidade voltada ao mesmo sexo, não seria, vamos dizer, responsabilidade divina, e sim do próprio ser, pois o que somos nada mais é que uma partícula, ínfima, em meio a um universo que possui suas leis, e seus três logos, o que não pode ser mudado! Então, ao quebrar leis, graças a nossa arbitrariedade, consciência leviana em relação ao sagrado, temos nosso ônus ou bônus (forças cármicas, como diriam os hindus), e por isso nossas tormentas internas e externas.

Mas, ao sair do ritmo dessas leis (o que fazemos a toda hora, ou segundos), tudo é possível, pois há, querendo ou não, a ação e reação, aqui e agora, seja em termos práticos, emocionais, personalisticos, sociais, históricos, de modo que só podemos entender quando batemos em uma parede ou quando gritamos em um Canyon. Do primeiro você sente a dor; do segundo, espera-se a sua voz ressoar em grande escala, como se tivesse jogando algo pequeno no abismo, e este estivesse voltando sua voz, para você, bem maior. Ou, mais uma vez exemplificando, uma pequena pedra sendo jogada no alto de uma geleira e voltando em forma de bola de neve...

Assim é a Lei.

Temos o Darma, a retação, a disciplina maior, ou como diriam os egípcios, Maat, a ordem maior do universo, responsável pelos nossos destinos justos – sejam eles cruéis ou não. O desrespeito a essa lei maior, segundo os faraós, seria ir de encontro ao próprio abismo, fosse ele pessoal ou não. Maat era tão adorada que, segundo nos conta o mito, no tribunal de Osiris, havia uma grande balança que pesava o coração do homem junto com a pena de Maat. Se nosso coração pesasse tanto quanto a pena, voltaríamos com os “castigos” divinos dados pelos deuses. Daqui surgiram as leis cristãs...

Tais castigos são reais, como podemos perceber; contudo, cada um com sua opinião se resguarda e reflete sobre os tempos passados e os atuais. No passado, tinham consciência, e, sabendo que era portador de defeitos, maiores ou não, faziam o que os deuses pediam, dentro de suas possibilidades, mesmo porque se foram os deuses que lhe deram tais castigos, tinham a possibilidade de eliminá-lo da vida, e dar-lhes o pior.

O que quero dizer é que:
Se fôssemos um grego ou romano, ou mesmo um egípcio, em tempos passados, não estaríamos livres de nossos carmas, ainda que fosse um rei ou rainha... Pelo contrário, talvez o maior de nossos erros é pensar que estamos em um mundo pior do que em tempos idos! Não, não estamos. A questão é que a razão pela qual estou aqui é para dizer  que, graças às confusas crenças em Deus, ou sei lá..., estaríamos aumentando a possibilidade se sermos um tanto quanto piores em relação ao passado. O que nos faz piores não são os acontecimentos, mas a consciência em relação a eles!

Tudo isso pode gerar frutos estragados de uma árvore que está morrendo! Ou estamos jogando pedrinhas demais para o alto de geleiras e nos esquecendo do tamanho da bola de neve!
Vamos esquecer um pouco tudo isso... Voltemos ao Logus.

Nas culturas antigas, enfatizo, tudo era em torno dos três logos. E o homem, com suas palavras e atos, fazia o possível para limitar-se a ser o que o logo lhe proporcionou, isso, sem que houvesse qualquer interesse por parte dele, pois havia uma educação em pequeno para tanto. O respeito às divindades no mitos, em forma de poemas, histórias, os quais se tornaram cultura de povos hindus, astecas, egípcios, gregos, romanos, a fim de conectar-se com o todo. Assim foram os heróis.

Hero (is)

Desde pequeno, em rituais, os heróis foram personagens naturais que carregaram, em si, o cavalheirismo, a coragem, a virtude, a honra, religados em instâncias divinas, sacralizadas pelo próprio povo, o qual, em suas histórias, elevaram figuras após seus atos de heroísmo, e transformaram-nos em semideuses, nunca em semi-homens, semi-mulheres, mas em semideuses, os quais representavam, em si, um pouco da divindade e um pouco da humanidade. Eram pontes entre a humanidade e Deus. Quer dizer que, de acordo com seus atributos, não poderiam ser de um logos criado pelo homem, como heróis distorcidos atualmente.

Ao me referir a heróis distorcidos, estou falando de seres criados por pessoas que defendem idealismos distorcidos, também desconectados com os deuses (Deus), e religados a uma razão voltada para o vulgar, para o sexual... Prova disso, são quadrinhos atuais nos quais se vê heróis de um passado não muito distante, que significavam muito aos de gerações passadas, hoje, revelando-se defensores do mundo e ao mesmo tempo partidários de causas vulgares. Esse não é o herói. A palavra herói vem do  Héros, deus do Amor absoluto, não sexual vulgar, não de interesses personalísticos, mas de um interesse maior que o próprio universo... Pois, como diria o filósofo, o Amor foi o primeiro dos deuses.

E ser herói, tal qual os mitos revelam, é ser mítico, e ao mesmo tempo real. Ser herói é ter a essência do logos masculino, não como um ser superior, mas que atinge, com seus atos, tal essência, pois ela é regada de divindade, de amor, de honra, de sacralidade... E hoje em dia, até mesmo os homens que são dados como heróis, estão longe de sê-lo, pois possuem a carapaça de heróis, mas que, no fundo, realizam feitos em prol de interesses modernos, ou seja, de mídia, do sucesso, mas que nunca repensaram seus valores como reais homens...

E quando não se compreende o Herói?

Os reais atributos, que antes eram dele, são trazidos a terra. Ou seja, por não entenderem o que são os heróis, inicia-se um movimento de sexualidade, como fizeram ou fazem com os contos clássicos (os quais assassinaram o significado), e descaracterizam o herói. Tanto que herói, atualmente, é aquele que se confina com várias vadias, com várias câmaras ao redor dele, com intuito de saber até quanto ele vai resistir... Herói é, hoje, aquele denuncia corruptos – sendo ele o antes partícipe – e que não merece ser julgado por falcatruas em nome de uma sociedade que o quer fora das grades. Herói... hoje... é morrer falando mal da Igreja, ou mesmo sair dela, antes que seja pego em denuncias de pedofilia.

Enfim, além desse atributos, temos os homossexuais e seu movimento em nome de uma sociedade que não os aceita. Sociedade que visa somente fechar-lhes as portas, discriminá-los, e ao passo sacrificar-lhes pelo que são. E, dentro desse movimento, chamam a atenção de todos e começam a trabalhar o inconsciente coletivo, de modo a mudá-lo para sua causa. Querem, mais, mudar os heróis, mudar o conceito de família, educação infantil, conceito de homem e mulher, querem abrir portas com intensão de mostrar a todos que podem fazer parte do mundo cristão, ainda que este seja contra...

Quanto ao mundo cristão, não sei, mas mudar o conceito de homem e mulher, família, herói... é querer mudar o destino sagrado das pessoas, que, em nome do bem sagrado, tentam ser homens e mulheres, no sentido de serem, a cada dia, um pouco do logos das quais suas essências foram criadas. E fugir da sua essência é negar a si mesmo. Não podemos fugir disso...

E nossas debilidades não podem entrar em meios nos quais ela não é chamada, mesmo assim entramos. Hoje, como lhes disse, deturpamos não somente heróis, mas a própria palavra Deus, em sua totalidade, não é compreendida, e assim, fica à mercê de nossa ignorância história.

Quando não se compreende o herói, meus amigos, é porque falhamos com a humanidade, e deixamos de lado o que somos, e caímos em devaneio ao que o egoísmo, a interesse vil, a imbecilidade, a imoralidade realmente querem... o próprio mal gerando filhos em forma  de homem.

  




          

A Parte que nos Falta

"É ótimo ter dúvidas, mas é muito melhor respondê-las"  A sensação é de que todos te deixaram. Não há mais ninguém ao seu lado....