terça-feira, 30 de junho de 2009

A caverna de cada um


Não sei quanto a vocês, mas, às vezes, para não dizer a toda hora, eu me sinto em uma grande caverna cujos habitantes nos lembram crianças (nós), discutindo política, religião, família, sociedade, matéria, espírito... Já percebeu? Percebeu ainda como não temos ferramentas para avançar em diálogos que possam nortear para algo realmente válido? É... Assim que eu me sinto (não sei você!).

Nas ruas, cartazes apelativos (se fossem pelo menos em bom português, mas há iletrados que corroboram para a via dupla da ignorância!), modas apelativas, assuntos, idem... E os diálogos em torno de tudo não para.

Ligo a TV (...e se não fosse grandes filmes...) e tento me afixar em canais cuja programação seja pelo menos de categoria média, mas não, nem mesmo isso (queria tanto que eles me contradissessem!), e nem aquilo, muito pelo contrário, a roda gira em torno de algo que se elege como importante, como algo que é válido, sempre baseado em violências, em pornografias, em mortes hediondas. Esta última fosse, pelo menos, para humanizar mais as pessoas, mas... Infelizmente... É somente para gerar mais audiências, com seu ritmo acelerado, energético, porém burro, desumano, frio...

E a caverna prossegue com suas sombras refletidas na grande parede, e nós, habitantes dela, a nos fascinar pelas falas intelectuais, engravatadas, cheias de diplomas e barbas grisalhas... Até quando?

Será que temos ferramentas para lidar como isso? É provável é possível. Olhe a nossa volta. Tudo é físico. Tudo é feito de matéria pela qual nos apaixonamos desde que aparecemos nesse mundo. Não é verdade? Quem vive sem o conforto? Quem vive sem o café da manhã? Quem vive sem o controle remoto?.. Iiiih, é melhor parar!


A questão é que, além daquilo que gostamos, nos empurram, diariamente, o que não nos convém, o que não é necessário. As apologias, a morbidez, a falácia, a falta de bom senso, os imortais sofismas... Os falsos imortais, os falsos mestres, professores, políticos... A falsa religião...

Respirar fundo, segurar a respiração, soltar lentamente, continuar a andar, e enfrentar, tal qual os grandes guerreiros, as batalhas dos dia a dia, nas quais, até a nossa personalidade (principalmente!) é o inimigo.


Fazer dessa grande caverna um mundo em que não apenas o que os amos querem que vejamos, mas o que possamos ver sem medo: o sol e o seu pôr, a queda da chuva e o cheio de terra! As cachoeiras imensas, antes que seja tarde; as grandes serras...; e na leitura, clássicos e mais clássicos, que exaltam grandes homens e seus feitos; e no assistir, filmes que nos falam a alma, semelhante à música, que deve ser eterna, baseada em es-pi-ri-tu-a-li-da-de... Não em personalidades, pois aí é que nasce o perigo (letras dúbias, sexuais...), além de vícios que nos embutem, e nos enfiam garganta abaixo!...

Sair da caverna é saber lidar com valores humanos, apesar dos pesares que nos rodeiam; é o primeiro passo a uma grande jornada rumo ao sol, ao grande sol.

sábado, 27 de junho de 2009

Caracois e Rastros



Sabe-se que tivemos seres majestosos que deixaram seus rastros tais quais caracois no chão, os quais deixam o brilho por onde andaram (são moluscos com pequenas estruturas nas costas). São homens acima do próprio conceito de homem, são homens divinos. São seres que nos elevam somente no falar de seu nome, no citar de suas façanhas – Cristo, Buda, Lao Tse, Confúcio, Zoroastro, etc, os quais traspassam sempre a unidade, a harmonia, a longevidade do espírito.


Hoje, tão distantes deles, buscamos qualquer pessoa que possa (vamos dizer) substituí-los em nosso subconsciente, mas é pouco provável que consigamos, pois, ao falar do espírito, falam de nós, de maneira que seja fiel ao segredo do próprio espírito.


Nunca identificaremos alguém que um dia fale semelhante àqueles homens se um dia nos depararmos com um deles, jamais; somos materialistas demais, somos capitalistas até o topo, somos tapados em matéria de amor, verdade e justiça, assuntos que são a tônica dos grandes homens para direcionar a humanidade a uma reta divina, a uma reta na qual poucos entram, pois a realidade não os deixa nela se equilibrar. Por isso dizem os hindus que somos homens que vivem no Antacarana, ou, traduzindo ao nosso coloquial linguajar, seres que vivem no céu e no inferno, constantemente. Não entendendo, no entanto, céu como um paraíso, nem inferno, com um terreno cheio de diabinhos nos puxando para cima de um grande caldeira (pelo menos era assim que eu imaginava!), mas de maneira pessoal, como em situações em que ficamos dúbios, justamente porque o somos, e vai demorar para sair dessa situação; enfim, quando dúbios, entramos na atmosfera do que é bom e do que é mal à personalidade, levando a ranger os ossos, ou mesmo a psique, ou ao extremo de uma alegria que, ante nossa visão, parece-nos a felicidade irrestrita, ou, para ela (persona), o próprio céu.


Com essa "voluveidade" demonstrada, a personalidade, que atinge o céu e o inferno quase que sempre, busca, em seu intimo, seres que a façam elevar-se, seja no âmbito religioso, seja no âmbito frio de seu poço, ou seja, em qualquer pessoa. Esta última forma, infelizmente, é a que retrata atualmente jovens que se harmonizam com ídolos de madeira, cuja fama acaba tão rápido quanto troncos em fogo, como os grandes cantores, que, desde criança, revelam grandes filhos da música conteporânea, mas esquecem de traspassar uma personalidade dedicada a algo que valha a pena, como a disciplina, a moral, a ética, ainda que relativa... Esquecem-se de demonstra amor ao próximo, ainda que cantem em suas canções cheias de dança e crianças enfeitando palcos, ainda que, parados, são entrevistados dizendo “Eu amo vocês”... E ainda tem o engraçadinho que, nunca respeitou a ninguém e o demonstra de forma fria e irreverente dizendo “E vocês, crianças, não esqueçam de obedecer a seus pais...”, sem saber que suas vidas estão sendo imitadas mais que desenhos animados, e mais, não sabe ele que está exterminando uma geração com seus atos, com sua eloqüência ante as câmaras de TV.


O que nos faltam são heróis de verdade, não mau caráteres; heróis que pensam num todo de maneira a retratar em suas vidas seus objetivos, pois precisamos de referenciais, pois Cristo, Buda, Lao Tse, já o são em algum plano tão maiores que não conseguimos segui-los... É por isso que precisamos também de mestres, seres que estão ao nosso lado, nos dando chaves simbólicas a fim de encontrarmos Deus nas mínimas coisas, e por fim em nós mesmos, e zelar pelas convicções talhadas em cada experiência, no colher de cada fruto, nessa grande árvore que é a vida.


É por essa é por outras que devemos ser reais seres humanos no sentido mais natural da palavra, e sorrirmos quando necessário, chorar quando necessário, e amar de coração quando a vida assim nos der a palavra. Estaremos assim sendo seres fiéis aos grandes das épocas passadas, seremos em nosso nível caracois, mesmo que o rastro não seja tão grande quanto ao deles. Mas o que mais importa é que estamos no caminho correto.




sexta-feira, 26 de junho de 2009

O que é realmente BOM?

É uma pergunta que, se fizermos de maneira aleatória, sem consulta prévia a qualquer referencial, torna-se polêmica. Sim, é preciso um referencial, para tudo. Da hora em que se acorda – quando tateamos cobertores no escuro, chinelos no chão – até a hora de dormir, precisamos de algo que nos centralize e nos diga para onde estamos indo, ou que simplesmente nos conduza a alguma resposta viável – não baseada em argumentos frágeis, mas fortes e firmes, como tijolos das grandes pirâmides.

Mas, como diria nosso amigo Einstein, tudo é relativo! Essa relatividade também pode ser entendida de maneira errônea, dependendo de quem a interpreta. Atravessar uma parede é relativo? Sobreviver a uma queda de vinte andares, sem o mínimo de proteção é relativo? Maconha é bom? Não, realmente não.

Mas haverá aquele que sempre irá dizer “Eu sobrevivo a qualquer queda”; “Maconha é bom, nunca me fez mal” e daí nasce a apologia a qualquer coisa, apenas porque referencias baseados em experiências voltadas a si mesmo foram ‘transcendentes’, ‘incríveis’, ou que nunca os levou ao caixão...

Então temos que ter um referencial em tudo? Sim. Até os piores atos tem uma justificativa, a qual, por trás, nos mostra um referencial, ruim, mas não deixa de sê-lo, apesar do ato.

Mas a questão, em torno do que é Bom, estaria, de certa forma, a cair no ostracismo da relatividade, infelizmente, por mais que tentamos tirá-la de lá; contudo, vamos levar um pouco de nosso referencial ao texto.

Segundo a tradição – a que nos deixou legados do conhecimento humano, Bom é aquilo que serve a todos, e Mau o que seria de nossa personalidade, viciada em conceitos. Se qualquer ato, servir à humanidade, é Bom; caso contrário, não. Fácil, não? Não, não é. Sempre haverá aquele que terá como objetivo a personalidade e a verá como centro do Universo, levando seres, de maneira sofismática, a ver tudo com olhos relativos – é relativos! – pois tudo que vemos, tocamos, conceituamos, tem esse valor... É como se houvesse várias tonalidades daquilo que é bom.

Contudo, se tivermos uma visão, ainda que pessoal, mas que religue a elementos maiores que o próprio interesse, podemos chamá-lo de Bom. Fora isso, esquece.

Com tal conceito, podemos observar as artes, as religiões, a política – que não tem ido muito bem do bigode há séculos! – e nas pequenas decisões em nossas vidas.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A Serviço de Deus


O trabalho, o labor, o sacrifício... palavras estas que nos trazem já um certo desespero (pelo menos para alguns!) nos dão a ideia de cansaço físico, psicológico, mental.... O que, na realidade, nos afasta do seu real significado: estar a serviço do mistério divino, aquele com o qual nos deparamos todos os dias, empregados profissionalmente ou não.


Porém, se mantivermos o sentido atual, vinculado a salários, final de semana, haverá sempre uma repulsa, simplesmente porque há aqueles que nunca se sentem bem com o que ganham; e quando ganham, querem férias, além das normais já nos dadas graças ao calendário comemorativo em todos os meses.


Mas será o que nos tornou filhos dependentes do dinheiro, das férias, do conforto? isso nos daria uma boa aula de história sobre o comportarmento humano. Dar-nos-ia também um trabalho danado!... Como eu disse, o trabalho nos dá um sinal quase involuntário de cansaço. Mas isso pode mudar.


Vamos observar um pequeno ponto em nossas vidas...

Percebemos que muitos falam de astros que mexem com nossas vidas, que, ainda, planetas em formação 'x' atuam de forma indireta nos seres humanos; percebemos que a lua, quando em determinada forma, eleva ou declina em nós certas características (calma, não falo de lobisomens!), e poderia falar do meio ambiente que, quando sofre, sofremos também. E assim, por diante...


Voltemos ao trabalho.


Concordamos então que existe uma (re) ligação entre nós e o universo? concorda então que nossos atos estão intrisecamente presos ao gande uno? e por que o trabalho que fazemos estaria simplemente sendo fruto de algo somente profissional, ligado a salários, férias, etc. Nosso trabalho é muito maior que isso, ele nos religa às potencialiades divinas, pois, com certeza, somos divinos, desde o instante que nascemos e morrremos, porém disso nos esquecemos!


Então por que sempre que nos referimos a trabalho, pensamos que este só se dá no âmbito profissional, sabendo que todos os seres em nossa volta trabalham em suas funções dentro daquilo que foram vocacionados, tal qual o sol, as estrelas... Na realidade, nosso trabalho não tem nada a ver com profissão, esta simplesmente existe para a consecução de nosso bem-estar material (e às vezes, o social!), é só. Nosso real trabalho, aquele que nos faz um sol ou estrelas bem locados, ainda dele estamos distantes, mesmo porque não somos educados para tanto! Uma prova disso é nosso filho ou filha... Ao nascer, já dizemos a ele "será ministro!", "será presidente!", apenas porque nos mostrou uma característica racional baseada em algo parecido, semelhante a uma entidade... Pois conheço crianças que adoravam animais, e hoje sentem ojerija de tudo que balança o rabo... estranho não?


Não, não é estranho. Somos apenas precipitados, só isso. Teríamos que aprender com a natureza (como dizia Platão, como os Arquétipos), na qual tudo tem o seu lugar, a sua cor, vocacionados e direcionados pelo grande espírito divino. Não tenhamos pressa quando filhos ou filhas nos demonstam sinais de 'intelectualidade' ou mesmo 'iracionalidade' prematuros. O que nos cabe é somente levar a nós, pais, o segredo da grande educação natural na qual o trabalho depende de uma vocação interna em que quando baseada em princípios naturais é tão válida quanto a daquele que nascera repetindo várias vezes que seria presidente e o foi, mas sem algum merecimento, pois se esqueceu que não tinha vocação para tanto.


O trabalho é será uma forma sagrada de lidar com a natureza humana, seja onde estivermos. O sacrifício, de sacro-ofício, ofício sagrado, seria a entrega completa a uma tarefa totalmente voltada a Deus, de todo coração, com toda sua alma, e nesse labor modificando-se internamente tal qual um diamente se autolapidando.


Sejamos diamantes, não carvões!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

O Mistério da Experiência


Einsten dizia que, ao aceitar cada experiência como se em cada uma resguardasse o mistério, estáriamos entendendo um pouco a arte e a ciência. Mais que certo o cientista-filósofo; no entanto, por ser cientista, peca ao dizer que 'estaríamos entendendo um pouco a arte e a ciência', pois vou um pouco mais longe: estaríamos entendendo a Deus.


Àqueles que se comportam como meros expectadores de uma vida cheia de conflitos e guerras, esperando em seus assentos a resolução dos grandes conflitos internacionais, digo que o maior conflito está para se resolver na vida de cada um, de acordo com sua natureza e capacidade; os maiores conflitos são a prova macro de que determinados homens deixaram para trás situações que eles, em vida, deviam tê-las resolvido, no entando, como uma bola de neve, elas crescem e atigem milhares e milhões de inocentes que, ainda por resolver seus conflitos pessoais, tentam desvenciliar dos grandes, impostos pelos homens de hoje. Daí vem a máxima "Conhece-te a Ti Próprio e conhecerás a Deus e o Universo".


Mas... Como pensar em si mesmo se a familia morre à míngua às vezes de medo, às vezes de frio e fome? realmente o mundo fechou o cerco em sua capacidade de elevar o homem a seu lugar de origem, o seu próprio espírito -- ainda que recorram à igrajas, templos, etc, pois não sabem mais o que pedem (ou só pedem) em vez de agradecer a vida que Deus lhes deu.


Não há como saborear uma experiência própria sem mesmo ter medo do outro homem, que vive à espreita no portão, à noite, para a consecução de um assalto -- no qual se queira apenas um bocado de moeda, ou um sapato, um pouco de comida, sim, pois o homem que leva de outro homem bens que não lhes pertecem com certeza quer levar o que o outro come, bebe, veste... ganha... Mas o pior de tudo é quando em torno disso a vida se torna objeto de valor pequeno, pois se vai com aquele assalto em uma pequena reação...


Olhemos o Universo e façamos parte dele: elevemos nossas mentes à ponta de nossas almas e nos questionemos em relação a tudo, sem medo. Vamos descobrir que há contradições em determinados ensinamentos cotidianos, dos quais desde o dia em que nascemos somos alunos. Porém, ser alunos invuntários de mestres sofistas (querem sempre algo em troca), não vale à pena, não vale nem mesmo ter nascido, não fosse nosso questionamento. Quetionamentos inúteis do tipo "Se Deus é bom por que não salva os africanos?" -- Assim, ao olhar o grande céu que nos ilumina nos questionemos acerca dos conflitos terrenos, nos quais, até mesmo o mais nobre deve traspassar, e por quê; sabemos que não somos escolhidos por entidades, ou entidade, mas sim, mais sóbrios que muitos intelectuais que se entregam de bandeija a antropomorfia sem saber.


É o medo de atravessar o mistério, de desvendá-los à medida de nossas vidas, ir ao encontro daquela luz que há tanto vejo quando criança, mas que, conscientemente, agora, a vejo sem preconceitos e vou ao encontro dela, sem medo. Contudo, agora que temos consciência, é tão perigoso quando éramos meninos e tinhamos medo de dormir sozinhos; agora, estamos sozinhos, livres, no entanto, férteis de sabedoria, inclinados à espiritualdade, voltados a Deus da maneira mais correta possível e mais... Estamos a poucos passos de sermos homens, pois, se somos reais buscadores de nossas soluções, e de mistérios insondáveis, e sabemos que o universo é Uno, e temos em nós todo o Universo somos reais homens -- assim, vice-e-versa, por que temer, por que impor pedras desnecessárias em nossos caminhos?


A única necessidade do homem agora é entender que é responsável por seus atos, pois dentro do grande uno seus atos ricocheteiam quais bolas de tênis no paredão, quanto mais força externa, mas velocidade na volta; assim é Deus na lei da causualidade. Se estou pronto para receber meus atos e sua força, estou pronto para resolver o primeiro mistério divino, no qual, eu, também divino, transcedo na consecução daquele problema.


Quanto aos grandes conflitos, vejo que, se há possibilidades de dar água ao vizinho do lado, para mim, estou participando de maneira direta em sua resolução, tanto quanto os líderes mundiais em suas poltronas de veludo.






sábado, 20 de junho de 2009

Nos Olhos do Mundo


Meu filho Pedro Achilles (o primeiro foi ideia da mãe, o segundo por amor a história) vai completar um ano de nascimento. Tenho tentado, de todas as formas, ser um pai, nada mais. E acho que que venho conseguindo. Depois de várias derrapagens, gols perdidos (até penalts), acredito que agora, hoje, mesmo depois de tê-lo, há onze meses, sou um real pai.


Tal palavra (pai) não é apenas uma junção de três letras, nem mesmo um oscar da academia (seja de letras ou da própria vida), não, não é... É olhar para cima e tentar canalizar o que céu nos deixou como legado a fim de que possamos viver bem em todos os aspectos, seja como pai, seja como tios, irmãos, ou mesmo homens -- este último a cada dia mais dificil. Ser homem não é apenas dar o lugar na cadeira à esposa, fazer o filho sorrir, ou obedecer à mãe... Isso são coisas que basicamente nos ensinam desde pequeno. Ser homem é pensar no todo, estar em comunhão com pensamentos nobres, com atos éticos (quando estes se igualam aos divinos) e morais. Ser homem é enfrentar a realidade, mesmo que pertubadora, ainda que desgastante sob o ponto de vista físico, mas sempre em contato com o mais fiel ao ser que se esconde e ao passo se mostra na pureza de seus atos conscientes, pois não somos crianças.


Mas e ser pai? tal qual o homem que alimenta seu coração de atos nobres, o pai alimenta sua vida de responsabilidades e vivências éticas das quais se viverá a fim de que seu filho possa vizualisar nele o grande herói no qual será baseado e seguido. Não terá dúvida o pai de seus atos pois deles é que nascerá a consciência de seu filho, o qual espera um exemplo do momento que nasce até o dia em que voa ao mundo cheio de exemplos frios e amorais.


Se não houver um pai que lhe mostre a realidade de maneira ética, haverá bandidos que o farão, pois tais bandidos também têm uma ética voltada a um espelho voltado a uma organização inquebrantável, mas violenta e vil.


O pai, ainda que seja de corpo e alma, terá que mostrar o espírito ao filho. Um espírito heroico. Terá que mostrar a liberdade de seguir uma finalidade; terá que mostrar Deus em forma de potencialidades, representadas pelos deuses, tão naturais e visíveis quanto a palma de uma mão; mostrar ainda seu respeito às divindades, pois delas somos parte, inclusive somos um pouco divinos.


Pai não é apenas aquele que mostrará a face da vida, mas a face da morte, e dirá ao filho que uma é o espelho da outra, e que esta é ainda uma continuação da primeira, e vice-versa, de maneira que jamais cessará tal continuação, mesmo com todos os sentimentos religiosos de filhos escolhidos do Deus (antropo), do medo eterno, da dor eterna (inferno), da luz eterna (céu), da solidão mentirosa, da felidade em forma de atos...


Eu, como pai, hoje, terei meu papel escrito a partir de agora. Não vou titubear e conseguierei entender que, mais que mostrar a meu filho as coisas do mundo, pelos olhos do mundo, terei que entender que somos um, e que, à medida que o ensino, ensino a mim, muito mais.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Em busca de Algo


Quando nos sentamos e meditamos acerca de tudo que está a nossa volta (ainda se faz isso, não é?), nos direcionamos a pensamentos, às vezes, fúteis, presos ao dia a dia tão maluco.
Enfim, não sabemos o que pensar... Na realidade, temos poucos instrumentos para isso, ou quase nada. O que apredemos nada mais é que uma yoga mal feita na tentativa de igualar os chineses, japoneses (ao pessoal do oriente), etc, sempre fazendo o papel de ridículos de olhos fechados, pernas cruzadas, ou, até mesmo, de cabeça para baixo, deixando o sangue descer feito garrafa de vinho mal conservada... Qualquer médium (do bom) morreria de rir de nossas caras...

Mas, voltando, o que seria a reflexão? Com certeza, teríamos que entender a partir de critérios voltados a uma realidade mais séria, mais disciplinada, então o faremos com base em uma tradição milenar na qual se fazia reflexões baseadas em exercícios físicos do tipo rata-yoga, a fim de melhorar a mente, o corpo e a energia que por ele passa.

O ratayoga nada mais é que a simples forma de canalizar e transferir energias do corpo pelo corpo, levando o praticante a se sentir mais firme e cheio de energias no dia a dia. A yoga nada mais é que ação. A sabedoria oriental diria que seria todos os movimentos voltados ao ser, com a vontade. Nada de ficar parado, olhando para o escuro de seu cérebro.

Assim, e de outras formas, somos levados a acreditar em conceitos desvirtuados em nome de alguns que se dizem mestres e não são. Estudam como qualquer pessoa normal, trabalham como pessoas normais, ofendem como tais e são mestres? Não... Não... Mestres são seres especiais que elevam a alma da pessoa com chaves que nos dão para confrotar-nos conoscos e quiça com os outros e nunca ofendê-los, ou a si mesmo; porém, nascem mestres em cada esquina e não sabemos diferenciá-los, nem mesmo quando houver um verdadeiro em nosso caminho. Por quê?

A razão pela qual não encontramos é que não somos voltados ao ser (Ego), e sim a uma persona enraizada em educações frias e mal direcionadas. E com esses atributos vamos atrás de mestres.

Na realidade, se não temos mestres, nem mesmo a quem questionar acerca de nossas vidas (religiões, políticas, família...), teremos que buscar o tanto que for preciso, pois, um dia -- dentro de dessa busca -- alguém nos dirá "procura-me?", e estaremos em boas mãos.


Então, ao trabalhar nossos físicos, mentes e quem sabe a própria alma, teremos a certeza de que estaremos certos ou errados -- sempre com referenciais forte e firmes voltados ao último andar de nossa alma -- realizando nossa natureza qual um rio que se esvai em busca de um oceano.

RSF

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Uma Nova Profissão

Em meio a discursões acerca das profissões, falemos um pouco de nós, seres que nascemos sem elas, os quais vacacionamos além delas algo melhor e maior.
São importantes, nobres e nos trazem conforto no frigir dos ovos na hora do emprego, mas será que é só isso? Sim. Apenas nos sentimos donos delas, assim como donos de tudo apenas por tê-la em nossas possibilidades, e não mais que isso, dentro do nosso dia a dia.
Em pequeno, engatinhamos sobre o chão, pisamos nele, comemos (nem sempre) o que nele há, seja de pequenos vermes, seja de vermos pequenos, no entanto não somos dono dele -- e sabemos disso. Fazer do chão uma profissão é fazer do ar nossos filhos, portanto estamos errados.
Não se pode ver ou sentir dono de profissões, as quais são apenas complementos naturais do homem desde épocas remotas, mesmo assim não éramos voltados tanto a elas, pois sabíamos que eram apenas profissões, não mais que isso!
O jornalista, o advogado, o professor, o jurista sabem que suas vocações são canalizadas quando se formam, assim, precisam do chamado 'canudo' para exercer suas vocações. A questão é que nem todos, quase 99%, não possuem a vocação, e sim atributos de uma personalidade que é educada dentro desse parâmetros modernos nos quais fazem acreditar que somos muita coisa, menos nós mesmos.
Defender atributos é defender atributos, não a si. Defender atributos é defender ideias realizadas baseadas em circunstâncias mundias -- ainda assim não é a você que está se defendendo. Quando digo mundiais, quero dizer que somos educados por parâmetros que interessam ao mundo, não ao nosso mundo, esse aqui, dentro de nós, que nos chama e não o escutamos, e quando o escutamos perdemos o som da pequena voz de nosso ser em meio a vozes ridículas e frias, em torno de objetivos fúteis e ilários. Assim nascem os médicos, professores, jornalistas...
Escutemos nossos corações e sejamos adeptos à profissão que ele nos direcionar, o resto vem com o tempo.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

As Ações

Agir por agir, simplesmente por agir. Não saber para onde ir, e simplesmente ir.
Essa tem sido a nossa vida desde o dia em que o homem se tornou um dos maiores dominadores de uma grande falta de sintonia no mundo, a falta de harmonia espiritual com seus semelhantes. Ao dizer semelhantes, refiro-me a tudo que tem vida, pois não posso me restringir apenas ao próprio homem, que, fisicamente, possui trejeitos naturais do outro -- o que nos faz confusos, pois aprendemos que somente animais e homens e plantas possuem o dom da vida.

Um grande erro pensar assim. Se nos perguntarmos 'de onde vem a árvore?', 'de onde vem a pedra?', cairemos nas respostas 'da própria árvore, que um dia foi semente', e 'das pedras, que sempre foram pedras' ! -- então, perguntamo-nos 'de onde vem a vida?', 'da própria vida', respondo, e 'a vida, de onde veio?' -- '..da Grande e Majestosa Vida', responde, ou como diriam os mais rotuladores ' de Deus'! E assim por diante, infinitamente...

Mas, voltando, será que tudo tem um motivo, um motor? Claro que sim. A própria vida possui mais energia, quando se aproxima dela, quando a temos em nossas possibilidades, não como conceito, mas como prática...

Uma criança, por exemplo, esbanja vida, energia de graça, no início, e os mais velhos, não, sempre diminuindo a energia física e aumentando a espiritual. Por isso, ao termos em mão a própria vida, essa energia que sintoniza com a Grande e Majestosa Vida, não a esperdiçamos, têmo-la como uma canalização da Vida, que segue sempre, mas que se esvai, aos poucos, naturalmente, diante de nossos olhos, por mais que não queiramos, até que voltemos em forma de estrelas e compomos o céu dos amantes.

Assim, o grande motivo para canalizarmos e termos mais ação, no sentido de agir para o infinito, é sempre ser (ou pelo menos tentar ser) gêmeos da Grande Vida que tece em nossas veias, em nosso espaço, em nosso pequeno coração...

A Parte que nos Falta

"É ótimo ter dúvidas, mas é muito melhor respondê-las"  A sensação é de que todos te deixaram. Não há mais ninguém ao seu lado....