Um dia uma filósofa disse: temos que encontrar naquele cantinho da alma um lugarzinho feliz, onde sempre possamos nos refugiar e nos sentir bem. Acho primordial essa máxima, pois o que realmente precisamos é de um lugar interno, no qual, ao fechar os olhos, nos encontramos com nossa parte divina, aquela parte que nos revela a humanidade, como em uma oração.
Mas a filósofa, mais profundamente falando, nos convida a entender o mundo em que vivemos, de maneira a observá-lo e tentar localizar, por assim dizer, algo melhor do que aquele ao qual ela se referiu no inicio.
Hoje, cheios de lugares maravilhosos, o mundo nos leva a contemplar abrigos naturais, mas também abrigos feitos com a estética baseada no grande desejo do homem de descansar e viver bem, de acordo com parâmetros atuais – tecnológicos, psíquicos, amorosos... – enfim, de acordo com sua personalidade, a qual demonstra nuances.
No tecnológico, pode-se demonstrar um abrigo (uma casa, mansão...) voltado ao homem cansado: no bater às mãos, uma na outra, a luz se acende; um pequeno botão, ao lado da primeira parede, poderia acender ou apagar, mas este, ao girá-lo em sentido horário e anti-horário, nos faz ver uma luz amena ou mais forte, dependendo do movimento que se faz. Um controle remoto, em cima de uma pequena mesa inútil, vigiando uma televisão de setenta e duas polegadas, não serve apenas para ligar o aparelho, e sim ligar um aparelho de som, com seis caixas de dois metros embutidas nas paredes da casa, no qual se liga, também, o fogão à gás, lá na cozinha de cinquenta metros quadrados, onde quadros modernos, iguais aos da sala, predominam apenas para colorir o ambiente... E outras facilidades mais traduzem o conforto buscado pelo homem atual. Contudo só se esqueceu de que a luz também é artificial, e pode faltar em algumas horas, assim como a sua paciência para esperá-la. Mas não tenhamos pressa, há técnicos para tudo no mundo...!
No psicológico, o homem tem várias salas cheias esculturas sentido, como essas modernas que parecem mais uma rosa, parecem mais um jardim, parecem mais... Uma planta. Parecem, mas não são. Ainda nesse terreno, a sala do abrigo possui livros de psicólogos freudianos, além do mestre na arte da psicologia, Freud. A dono do abrigo fala muito, tem muitas respostas para tudo, mas tem muitos problemas de ordem psicológica, no trabalho, na família...
No amoroso, como todos aqueles que são apaixonados, seu abrigo mostra-se perfeito para morar, para viver, mas, como toda personalidade apaixonada, vai ao encontro da moda, do amor passageiro, da paixão. Na sala, há quadros de família, de filhos, cadeiras confortáveis, outras não; a vida do dono deste abrigo é tão volúvel quanto o vento que muda toda hora de direção.
Claro que há abrigos nos quais podemos sintetizar sempre a personalidade humana, a máscara grega, em que mudança é a palavra de ordem. Simplesmente para que se possa sentir-se bem, sempre em consonância conosco mesmo, seja baseada na moda, seja em nossos vícios, virtudes... Mas sempre levada a mostrar o que temos dentro: a vontade de estar bem com nossa alma.
Mas a filósofa, mais profundamente falando, nos convida a entender o mundo em que vivemos, de maneira a observá-lo e tentar localizar, por assim dizer, algo melhor do que aquele ao qual ela se referiu no inicio.
Hoje, cheios de lugares maravilhosos, o mundo nos leva a contemplar abrigos naturais, mas também abrigos feitos com a estética baseada no grande desejo do homem de descansar e viver bem, de acordo com parâmetros atuais – tecnológicos, psíquicos, amorosos... – enfim, de acordo com sua personalidade, a qual demonstra nuances.
No tecnológico, pode-se demonstrar um abrigo (uma casa, mansão...) voltado ao homem cansado: no bater às mãos, uma na outra, a luz se acende; um pequeno botão, ao lado da primeira parede, poderia acender ou apagar, mas este, ao girá-lo em sentido horário e anti-horário, nos faz ver uma luz amena ou mais forte, dependendo do movimento que se faz. Um controle remoto, em cima de uma pequena mesa inútil, vigiando uma televisão de setenta e duas polegadas, não serve apenas para ligar o aparelho, e sim ligar um aparelho de som, com seis caixas de dois metros embutidas nas paredes da casa, no qual se liga, também, o fogão à gás, lá na cozinha de cinquenta metros quadrados, onde quadros modernos, iguais aos da sala, predominam apenas para colorir o ambiente... E outras facilidades mais traduzem o conforto buscado pelo homem atual. Contudo só se esqueceu de que a luz também é artificial, e pode faltar em algumas horas, assim como a sua paciência para esperá-la. Mas não tenhamos pressa, há técnicos para tudo no mundo...!
No psicológico, o homem tem várias salas cheias esculturas sentido, como essas modernas que parecem mais uma rosa, parecem mais um jardim, parecem mais... Uma planta. Parecem, mas não são. Ainda nesse terreno, a sala do abrigo possui livros de psicólogos freudianos, além do mestre na arte da psicologia, Freud. A dono do abrigo fala muito, tem muitas respostas para tudo, mas tem muitos problemas de ordem psicológica, no trabalho, na família...
No amoroso, como todos aqueles que são apaixonados, seu abrigo mostra-se perfeito para morar, para viver, mas, como toda personalidade apaixonada, vai ao encontro da moda, do amor passageiro, da paixão. Na sala, há quadros de família, de filhos, cadeiras confortáveis, outras não; a vida do dono deste abrigo é tão volúvel quanto o vento que muda toda hora de direção.
Claro que há abrigos nos quais podemos sintetizar sempre a personalidade humana, a máscara grega, em que mudança é a palavra de ordem. Simplesmente para que se possa sentir-se bem, sempre em consonância conosco mesmo, seja baseada na moda, seja em nossos vícios, virtudes... Mas sempre levada a mostrar o que temos dentro: a vontade de estar bem com nossa alma.
E foi a partir daí que veio a necessidade de a autora (filósofa) levar-nos a refletir acerca do que temos em nós, sob esse manto chamado corpo, sob essa personalidade que nunca para de refletir sobre o que se guarda dentro dela mesma. É para isso que serve o racional: pensar, refletir, meditar acerca do que é elevado em nossas vidas. É com ele que se pode constatar que queremos algo melhor em todos os sentidos, mas algo que dure, que seja eterno.
Quando a autora nos fala de alma, fala-nos daquela parte que nela se guarda o melhor de nós, a parte que “pensa” no espírito – ou seja, em nós. Na alma há lugares em que a personalidade se fixa, e não consegue sair. São coisas da moda, da vida externa, dessas coisas que estamos cansados de falar, viver, sofrer, calar, apaixonar... De coisas que nos destroem, mas que são válidas, no entanto não é desses lugares que conseguimos filtrar o que é realmente necessário para entender o abrigo, o real abrigo, aquele para o qual devemos ir sempre que sentimos necessitados quando estamos desesperados e inclinados ao mal. A autora está falando de um lugar (apenas) onde se pode dormir e acordar em paz; onde flores podem ser vistas com olhos cerrados; onde o amor é real, a paz é real!
Todavia há caminhos que nos podem retirar desse grande abrigo que se resguarda em nossa alma. É o caminho da dúvida. Acreditar que esse abrigo existe é o primeiro caminho. Depois, buscá-lo na medida de suas necessidades internas e externas, pois sabemos que todos a temos... É só meditar envolto a músicas clássicas, a quadros e estátuas míticos; onde se possa sentir o silêncio.
Os abrigos naturais são necessários ao homem, no entanto também são passageiros, pois podem se perder em nossa consciência fria e problemática, por isso, desde já busquemos o que temos em nós, como forma de viver uma vida melhor, mesmo que seja tão difícil visualizar o abrigo dos sonhos. Mas como dizia outro grande filósofo “Se está em nosso caminho, está mais perto a cada passo”.
Filos.
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