Às vezes vejo na mídia milhares de pessoas defendendo a paz, caminhando quilômetros de distancia, gritando “queremos paz”; outras, “queremos Justiça”, “nossos direitos” – não estão errados. Além dessa linha, há os idealistas de plantão que se cadastram em sites de organizações não governamentais, e, no outro dia, tentando suicídio em nome de peixes, de mares poluídos, de caças predatórias – não estão errados.
Não estão errados, porém, ainda que sejam pessoas que se jogam em nome do bem possível, ainda que estejam sendo provavelmente heróis de uma grande causa, há de convir que há medidas menos extremas e simples que podem, antes da paz, antes dos peixes, dos mares, salvar o mundo: os gestos, as falas, pensamentos...
Hoje, com continentes falecendo em nome da debilidade humana, não podemos voltar e nos manter frios frente às consequências que nós próprios criamos, desde o dia em que somos seres ambulantes, crianças desnaturadas, sem pais. Seria, com certeza, dar cavalos-de-pau em navios. Então continuemos em nossa tentativa vã, mas sempre voltados a novas soluções, tais como...
Começar de novo, deixando os buracos antigos para trás. Assim como o nascimento de uma flor em meio a um cerrado, como o pingar de uma chuva, que mais tarde se transformará em uma grande cascata, numa grande cachoeira. Começar novamente, sim, desde o inicio, em meio a tiros de bazuca, a guerras desordenadas, criadas por interesses políticos. Não inventar, e sim recomeçar e tentar obedecer a leis que já existem, que nunca prestamos atenção pelo fato de olharmos o bastante nossos umbigos.
O sair pelo portão da casa, olhar o vizinho, tentar entendê-lo com o passar do tempo. Criar meios – pontes – de comunicação ainda que sejam com gestos, olhares, e, como um jardim que precisa ser regado, a água da bem-aventurança vem bem devagarinho. Mais tarde, a gentileza do aperto de mão, a conversa, e quem sabe uma cerveja...
Com o passar do tempo, a natureza se encarrega das gentilezas a que obedecemos, das formas éticas – tão em falta em nossos dias – da cortesia, que nos é inerente. Vamos deixar os “contudos” pra lá... Vamos dizer que, em meio às guerras, estamos vencendo, trazendo um ser ao nosso circulo, e, principalmente, quando estamos dispostos a ajudar. Sem medo de dizer “em que posso ajudar, amigo?”, ao precisar de nós. E, se não dispusermos de elementos práticos-concretos, que nos venha à alma o grande abraço, o aperto doído de mão, a piada refinada... Ou mesmo o ouvir.
A guerra lá fora é bem maior, mas, por falta de humanidade, de amor ao próximo, não há vencedores, por mais que queiramos. Teremos apenas ruínas e recomeços tristes se não tivermos em mão uma nova trilha, um novo mundo. Para isso é preciso que regamos uma nova paz, uma nova justiça, sem medo da verdade, do amor, o primeiro dos sentimentos.
Vamos defender os mares, os tubarões-voadores, os golfinhos; defendamos, mais, o meio que nos circunda, caso contrário, nada terá valia, nada sobreviverá, se não houver mais defensores de seres humanos.
Não estão errados, porém, ainda que sejam pessoas que se jogam em nome do bem possível, ainda que estejam sendo provavelmente heróis de uma grande causa, há de convir que há medidas menos extremas e simples que podem, antes da paz, antes dos peixes, dos mares, salvar o mundo: os gestos, as falas, pensamentos...
Hoje, com continentes falecendo em nome da debilidade humana, não podemos voltar e nos manter frios frente às consequências que nós próprios criamos, desde o dia em que somos seres ambulantes, crianças desnaturadas, sem pais. Seria, com certeza, dar cavalos-de-pau em navios. Então continuemos em nossa tentativa vã, mas sempre voltados a novas soluções, tais como...
Começar de novo, deixando os buracos antigos para trás. Assim como o nascimento de uma flor em meio a um cerrado, como o pingar de uma chuva, que mais tarde se transformará em uma grande cascata, numa grande cachoeira. Começar novamente, sim, desde o inicio, em meio a tiros de bazuca, a guerras desordenadas, criadas por interesses políticos. Não inventar, e sim recomeçar e tentar obedecer a leis que já existem, que nunca prestamos atenção pelo fato de olharmos o bastante nossos umbigos.
O sair pelo portão da casa, olhar o vizinho, tentar entendê-lo com o passar do tempo. Criar meios – pontes – de comunicação ainda que sejam com gestos, olhares, e, como um jardim que precisa ser regado, a água da bem-aventurança vem bem devagarinho. Mais tarde, a gentileza do aperto de mão, a conversa, e quem sabe uma cerveja...
Com o passar do tempo, a natureza se encarrega das gentilezas a que obedecemos, das formas éticas – tão em falta em nossos dias – da cortesia, que nos é inerente. Vamos deixar os “contudos” pra lá... Vamos dizer que, em meio às guerras, estamos vencendo, trazendo um ser ao nosso circulo, e, principalmente, quando estamos dispostos a ajudar. Sem medo de dizer “em que posso ajudar, amigo?”, ao precisar de nós. E, se não dispusermos de elementos práticos-concretos, que nos venha à alma o grande abraço, o aperto doído de mão, a piada refinada... Ou mesmo o ouvir.
A guerra lá fora é bem maior, mas, por falta de humanidade, de amor ao próximo, não há vencedores, por mais que queiramos. Teremos apenas ruínas e recomeços tristes se não tivermos em mão uma nova trilha, um novo mundo. Para isso é preciso que regamos uma nova paz, uma nova justiça, sem medo da verdade, do amor, o primeiro dos sentimentos.
Vamos defender os mares, os tubarões-voadores, os golfinhos; defendamos, mais, o meio que nos circunda, caso contrário, nada terá valia, nada sobreviverá, se não houver mais defensores de seres humanos.
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