Muitos se perguntam acerca do fim do mundo, já faz algumas décadas (ou séculos? Não sei...), mas nunca se perguntaram acerca de sua simbologia. Tudo isso nos remete a várias tradições, entre elas principal: a a Cristã, na qual a Bíblia e suas passagens “findomundescas” citam catástrofes de todos os níveis, e a principal, aquela em que os filhos dos homens morrem num grande dilúvio, graças à falta de compreensão humana e, ao mesmo tempo, à consequência de nosso egoísmo, violência, loucuras e tal -- sem ainda nos referir ao Apocalipse, que dita, com suas alegorias, um final ainda mais dantesco..
Noé
Noé, teria levado, numa grande Arca, a pedido da Divindade, os principais animais, em par, de maneira que todos, mais tarde, voltassem a viver em harmonia na terra, depois que as águas do grande dilúvio tivessem baixado, como se nada houvesse ocorrido.
Depois de mais de quarenta dias e noites debaixo da grande chuva, e em cima do grande mar que se fez, a arca parou. Noé, graças a Deus!, estacionou sua arca e se prontificou a dar frutos, em todos os sentidos à raça humana. “Crescei e multiplicai”, disse Deus, depois de ter Se arrependido com a Primeira criação Dele...
Grécia
Na Grécia antiga, houve mitos dentro dos quais se conta que os deuses resolveram acabar com o mundo, para isso, escolheram um casal, e por coincidência, pediram aos dois que levassem numa grande Arca animais em pares.
Em outras culturas, idem. Na Maia, na Asteca, na Hindu, houve sempre a destruição do mundo, a escolha, e a esperança de um novo. Nada diferente, apenas o perigo de seguir o mito literalmente...
Atlantes
Outra cultura, essa um tanto quanto mais misteriosa que as demais, foi a Atlante. Há mais de dez mil anos antes de Cristo, viviam em nosso continente criaturas imensas parecidíssimas com o homem. Tais criaturas teriam poderes desconhecidos por nós, como se fossem marcianos em terra. Tinham o poder da mente, eram hiperinteligentes, levitavam quando queriam, transpunham objetos de um lugar para o outro, sem falar no pode da telepatia (comunicação com outro por meio da mente), porém...
Com suas forças além-humanas, foram frios, irracionais, interesseiros, egoístas quando sua cultura, aparentemente, entrava em decadência. Nada diferente até aqui. O que os difere da nossa, além da força, foi a consequência que com ela geraram. Conseguiram, por mais difícil que seja de entender, dominar o núcleo da terra, fazendo com que desviasse seis graus de sua origem.
Se todos acompanharam a tsunami no Japão, sabem que, quando a terra deslocou meio grau do seu eixo, ondas imensas se fizeram e cidades se foram naquele país.... Na Atlântida, seis graus do eixo da terra equivaleram ao que chamamos de dilúvio terrestre. Continentes se deslocaram, afundaram, e civilizações se desfizeram, inclusive, a do povo atlante. O mito diluviano cristão pode ter vindo daí...
O Inicio de tudo
Muitos dizem que, a partir daí, sábios se deslocaram para diversas áreas do planeta em tom de refúgio. Alguns para os continentes Americano e Africano, o que explicaria monumentos históricos idênticos em várias partes do planeta sem ao menos várias delas se conhecerem em épocas nas quais foram construídos.
E tudo que temos em termos de filosofia demos graças a esses sábios que se salvaram. Contudo, não se sabe se foi assim, ou se também foi um grande mito para explicar o passado do homem, a destruição das raças, o levantar das civilizações... Enfim, temos apenas reverberações acerca de tudo, mas uma coisa é real:
O fim do mundo sempre existiu, de um modo ou de outro, e sempre se reergueu de outra maneira. Os Maias, como um grande povo que nunca errou em suas profecias, sabia que o mundo deles estava precisando se erguer, porque, mais uma vez, o grande povo, sem o respeito à tradição que lhes norteava, caiu.
Hoje, conhecem-se as civilizações antigas pelo fim, não pelo que foram no passado. E isso nos faz mais falhos em nossas concepções. Nada melhor então do que tentar entendê-las, procurar, em meios que as respeitem, o porquê que se foram, como se foram e por que tinham essa força em lidar com a espiritualidade do homem.
Temos mais. Temos que tirar essa mascara atual da dúvida e colocar a dos princípios que geraram a certeza de que estamos em decadência moral, ética, espiritual... Começar a entender que o mundo já está em seu fim, e que as grandes culturas, até mesmo a cristã, um dia, o profetizou, mas não literalmente, como nos filmes catástrofes, e sim dos princípios que nos norteiam como seres humanos.
Os Maias estavam certos em seu calendário, que dizia que o fim do mundo chegaria em 2012. Mas, para dizer a verdade, seus aspectos já vinham se mostrando, e com ele não apenas as catástrofes, mas no âmbito mais sutil: amor, justiça, beleza, bondade, etc, etc... Não nos deixando dúvidas se pararmos para refletir.
Assim, sempre teremos que acreditar quando mitos semelhantes ao das “arcas”, mas da vinda dos messias, de novas raças, vierem como realidades, pois o que precisamos é de um choque cuja voltagem nos acorde para outra realidade, a de que precisamos sair desse mar de crueldade, de frialdades, e nos inclinarmos para fora da grande janela, jogar a pomba branca da paz e, se ela vier com um galinho de esperança em seu bico, pousar em nossas mãos, podemos sim construir um novo mundo.
Feliz 2012.
(vamos começar de novo)