sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A História de um Jovem Leão (II)



E na flor de uma adolescência tardia, o grande jovem, hoje, tão desesperado por entender a vida, vai ao encontro de seus sonhos nas mínimas coisas, e delas retira ainda mais a simplicidade, que tanto regeu e rege sua vida – segundo ele, graças à mãe.

Para, mim, no entanto, nada melhor do que dizer que o que ele é hoje pode ser um perigo a ele e ao mesmo tempo uma vitória antes de entrar na batalha, pois suas características de um grande jovem, hoje, vão além do necessário à sociedade, elas se encaixam no perfil das qualidades em falta na grande juventude que se arrasta ao mal do mundo... A desobediência, a falta de caminho, a falta de atitude frente ao mal, e a falta de heróis nos quais poderiam se basear e viver.

O jovem obedece aos mais velhos, tem um caminho, enfrenta o mal semelhante a um príncipe ao se deparar com um dragão, e tem um herói guardado no âmago de sua alma. Poucos possuem esse brilho oculto advindos de uma educação que, segundo constato, poderia ter sido completamente diferente...

E se um dia for diferente, que seja tão melhor quanto ao que transparece hoje: um menino que, embora sofrera tantas injustiças, conseguiu ser forte, virar homem, e sobreviver à falta de amor do pai, o qual foi suprido pela grandiosa mãe. 

O professor de arranhar violão


... E como um vulcão a explodir em ideais, que é, o jovem, depois de experimentar leituras acerca de religiões, políticas, e filosofia,  e encontrar amigos, tios e cunhados que lhe dão apoio em seu caminho rumo ao conhecimento de si próprio, tem uma grande desavença com o seu professor de violão.

Na grande desavença, que poderia separar a grande amizade ou engolir um grande sabão de um professor que não conhecera a trajetória do rapaz, ele, o jovem preferiu a separação, pois sabia que, ali, tinha a sua chance de se mostrar forte ante a todos, ante a ele mesmo, e, quem sabe, demonstrar um pouco de sabedoria aos seus aliados.

O assunto em debate era religião (olha só o assunto!), e os dois estavam juntos, em um pequeno encontro de família, até que todos estavam de saída, mas os dois não. Sérios, friamente a observar um e outro, discutiam baixinho, como se nada houvesse. Assim, após a saída de todos, levantaram-se e iniciou-se a discussão, na qual apenas um falava mais alto, o professor (bêbado), cheio de experiências de vida, de relacionamentos, de sociabilidade... Ao contrário do nosso personagem, que ainda esperava tudo isso e mais algo para erguer-se ante a todos...

E conseguiu! Sua voz alterou-se, seus modos foram claros, diretos, e não deixara se intimidar. Os tons, segundo ouvintes, foram certeiros, assim como flechas indígenas na selva, ou como lanças espartanas no inimigo!

Ele estava nascendo novamente! Adquirindo forças! Ele realmente estava preparado para ser homem houvesse o que houvesse! Ele havia matado mais um dragão.


Voltamos no próximo texto.

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