Em meio a dragões que nasceram
Como sóis salientes no espaço,
Minhas dores transpareceram,
Fiquei sem brio. Opaco.
Rajadas de fogo,
Tais quais vulcões do futuro,
Vieram em minha alma,
Tornei-me mais que impuro.
Meu corpo cansado,
Preso ao chão de meu Deus,
Refletia o que havia
Com o pequeno filho meu.
Me aprisionei entre o céu e a
terra,
Nos quais em outrora,
Em súbitas horas,
Construí uma quimera do agora.
Não era o fim ou inicio,
Era em mim um rei patrício,
Destronado de seu reino,
Eram reais criaturas,
Nas escuras,
Em músicas obscuras,
Calando-me em meu leito.
Fui destruído, e minha alma,
não.
Adestrada pelo espírito em ser
forte,
Batalhou rumo ao norte,
E graças à divina sorte,
Venceu,
Elevei-me até os montes de minha
janela,
E dela pude contemplar Deus,
Que sorria em pardais ligeiros,
Vestidos de simbólicos
guerreiros,
Em nome do filho meu.
Não deixei que relampejasse...
Nem mesmo chovesse,
Acendi as luzes da casa,
Cantarolei com lágrimas à
frente,
Vesti-me como escudeiro,
Apenas para vê-lo sorridente...
O pequeno se levantou,
Partiu para a vida,
Como belo em guaridas,
E se fortaleceu.
Em pequenas iniciações ele
renasce,
Se fortalece, cresce, aparece,
Brilha como o sol
E não desvanece.
Seu nome é Achilles,
Guerreiro perfeito,
Pelos deuses eleito
O melhor dos teus.
Feliz Natal!
Nenhum comentário:
Postar um comentário