Quando preso a algemas internas das quais o homem não sabe sair, quando sua psique louca e desvairada se insinua com o corpo e o deixa fora de si; quando suas mãos tremem, sua mente enlouquece, paralisa-se, estratifica-se ao ponto de estrangular-se quase que por literalmente... O amor não tem como frear.
Não é mera lucubração ou mesmo apoteose ao estado insano do homem, mas uma parte dele, da qual só se consegue desvencilhar quando morto... Mesmo porque todos passam por isso (os homens), e eu passei. E explicar isso é tomar conta de um um universo de palavras sobre as quais não se tem poder, e por isso explicam por meio de metáforas, símbolos e mitos, os quais, mais enviesados de formas mais retrancadas, nos traduzem, as vezes, o que queremos -- porém, só eles sabem o que realmente são.
No caso do Amor humano, ainda que tentam elevá-lo ao mais alto dos sentimentos, estão sempre a falar de interesses nossos, de maneira genérica ou não, o que nos faz mais ignorantes, pois não buscamos apesar de tudo a verdade da questão...
Não me digam que estou certo ou errado, simplesmente porque estamos à beira de opiniões, e cada uma sobrevoa uma verdade (interesseira), querendo ou não, a depender da pessoa, da religião, da política em si, a cair, assim, no mesmo conceito do amor, que não é Amor.
Sabemos disso -- ou pelo menos, eu sei. Cria-se de tudo para chamar a atenção, até mesmo novas formas de música, palavras, métodos infalíveis, com vistas a chamar o próximo, deixá-lo a par do que somos (ou pretendemos ser), queremos ser, e o que ainda não somos. É uma forma moderna de subir a torre de marfim, chorar e traduzir nossos atos da melhor maneira possível em algo relevante.
Não me perguntem para onde vamos, então, com tudo isso, mas é belo por excelência... Essa tentativa vã de demonstrar, por meio de ferramentas loucas, o que queremos -- seja no campo emocional ou físico. O espiritual não se mostra. Se esconde. Não se revela... E por isso, buscamos de maneira mais oculta, e não mesmo interessante, pois é com maestria que nos aparecem palavras novas, pensamentos, articulações psicológicas, enfim, tudo funciona como martelos em pregos.
Por isso, não podemos tratar o amor como uma caixa de ferramentas, a própria! Abri-lo, e trazer à tona meios interesseiros, às vezes, com a mente voltada ao feio, ao separativo, à dor, ao que nos revela terrível, é tão perigoso quanto compreender um mito (a real caixa universal) e dizer o que pensamos acerca do que precisamos... (tenhamos paciência).
Creiamos nos símbolos que nos resguardam, lá dentro de nossa alma. Elevemos qualquer pensamento, seja ele qual for, ao que a Vontade quer, porque somente ela nos tira da dor, das violência, e nos esclarece conceitos apagados, adulterados, e nos revela a Verdade sobre o Amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário