Nasci sob o signo de capricórnio. Isso quer dizer que sou passivo, pacifico, nervoso, desconfiado; um grande colega profissional... E tenho também, além de todos esses quesitos, muitos defeitos, claro, entre eles o físico, o qual é incontornável...
Por que eu disse incontornável? Simplesmente porque há coisas contornáveis, ou seja, aquilo que pode voltar a ser o que era antes, isto é, bom ou mal. No nosso caso – claro que estou falando de uma personalidade, que, em devaneios psicológicos, e, às vezes, sociais, religiosos, familiares, torna-se o que não é.
Nos teatros gregos, lá no início, um mesmo personagem atuava muitas vezes dentro de uma mesma peça, trocando apenas a máscara. O que queriam dizer com isso? Dizer que a Vida é uma, uma potencialidade irrestrita, sem limites, para ser mais claro – não apenas humano, mas em todos os aspectos, os quais precisam estruturar-se, às vezes, partículas, outras vezes em grandes corpos (estruturas físicas), sejam ósseos ou não, porém, não por muito tempo. Tais estruturas em nosso caso podem ser chamadas de máscaras.
Dentro do nosso ponto de vista, hoje, seria entender que somos dotados de máscaras de uma personalidade, que sob a qual vive o que realmente somos – o próprio ser. Seríamos o que subjaz a tudo que pensamos, fazemos, clamamos, vivemos; seríamos mais aquilo do que desejamos, até mesmo o que nosso próprio signo designa, pois ele está revestindo, ou melhor, caracterizando um determinado aspecto de uma personalidade em formação.
Os egípcios lidavam com esses aspectos de maneira que pudessem intuir em vida todas as experiências presentes e passadas e canaliza-las para o ser, quer isso dizer que todas as energias eram voltadas ao sagrado, externamente aos deuses, da maneira mais simbólica possível – para entender melhor, os egípcios sabiam que a própria natureza tinha sua máscara, e que tudo era nada mais que ilusão, ao passo que, por detrás dela, existia o grande ser, o grande mistério, era simbolizado em forma de manifestações – por isso, os deuses.
Em nosso meio, teatros se mostram com resquícios de uma civilização que nos deixou um legado incontornável, a máscara que se desfaz no camarim, a máscara que se desfaz no grande teatro da vida de cada um, do qual apenas um pouco da máscara conseguimos tirar quando estamos em casa, brincando com nossos filhos, sorrindo com nossa família, nos revelando um lado passivo às vezes agressivo de ser – isso quer dizer que, ao pensar que estamos nos desfazendo de uma máscara, estamos nos vestindo de outra...
Tais máscaras são necessárias, no entanto, já que não sabemos lidar com o que realmente somos. Só não podemos dizer que somos cada uma delas, pois é buscar ser um personagem não o ator em uma grande peça teatral – que é o mundo (ou o próprio universo). Assim incorremos em erros quando dizemos, “sou bruto mesmo e não abro mão”; ou “sou incapaz e nunca conseguirei resolver nada” – são afirmações que podem com o tempo ser mudadas. Prova disso são depoimentos de pessoas que se entregam à merce de pastores, padres e deixam de ser incapazes ou mesmo brutos.
Todavia podemos afirmar que somos tudo e ao mesmo tempo nada daquilo que se relatou até agora, pois, quando nos referimos à personalidade, estamos falando de algo que, para nós, é tentar entender uma minicaverna na qual moramos desde pequeno e que só sabíamos disso depois que dela saímos por um breve tempo. Sair um pouco dessa minicaverna, relatá-la internamente, entendê-la, saber que ela tem seus desejos, e que não vive sem você é um passo quase transcendente, pois teríamos que fazer isso em forma de um exercício constante, pelo qual saberíamos nos entender um pouco, sabendo que tudo por que passamos nada mais é que devaneios de uma personalidade mal entendida. Seria o primeiro passo para uma grande jornada rumo ao desconhecido – nós mesmos. Por isso é que Platão nos diz “Conheça a Ti mesmo e conhecerás o universo” – quer dizer, na própria prática diária do conhecer a si mesmo, conhecemos um pouco de nós, essa gota no grande oceano, o qual está em nós e nós nele.
Fazer com que todos aspectos de nossa personalidade trabalhe em função daquilo que somos é necessário, mesmo por que tudo precisa de um referencial, até mesmo o filho que nasce na busca de um herói. E nessa busca eterna de um ator que possa ser o grande manipulador de nossos desejos, legados, vem-nos a luminosidade, pois já na busca pelo que somos nosso caminho se torna mais belo e verdadeiro, sem máscaras.
Por que eu disse incontornável? Simplesmente porque há coisas contornáveis, ou seja, aquilo que pode voltar a ser o que era antes, isto é, bom ou mal. No nosso caso – claro que estou falando de uma personalidade, que, em devaneios psicológicos, e, às vezes, sociais, religiosos, familiares, torna-se o que não é.
Nos teatros gregos, lá no início, um mesmo personagem atuava muitas vezes dentro de uma mesma peça, trocando apenas a máscara. O que queriam dizer com isso? Dizer que a Vida é uma, uma potencialidade irrestrita, sem limites, para ser mais claro – não apenas humano, mas em todos os aspectos, os quais precisam estruturar-se, às vezes, partículas, outras vezes em grandes corpos (estruturas físicas), sejam ósseos ou não, porém, não por muito tempo. Tais estruturas em nosso caso podem ser chamadas de máscaras.
Dentro do nosso ponto de vista, hoje, seria entender que somos dotados de máscaras de uma personalidade, que sob a qual vive o que realmente somos – o próprio ser. Seríamos o que subjaz a tudo que pensamos, fazemos, clamamos, vivemos; seríamos mais aquilo do que desejamos, até mesmo o que nosso próprio signo designa, pois ele está revestindo, ou melhor, caracterizando um determinado aspecto de uma personalidade em formação.
Os egípcios lidavam com esses aspectos de maneira que pudessem intuir em vida todas as experiências presentes e passadas e canaliza-las para o ser, quer isso dizer que todas as energias eram voltadas ao sagrado, externamente aos deuses, da maneira mais simbólica possível – para entender melhor, os egípcios sabiam que a própria natureza tinha sua máscara, e que tudo era nada mais que ilusão, ao passo que, por detrás dela, existia o grande ser, o grande mistério, era simbolizado em forma de manifestações – por isso, os deuses.
Em nosso meio, teatros se mostram com resquícios de uma civilização que nos deixou um legado incontornável, a máscara que se desfaz no camarim, a máscara que se desfaz no grande teatro da vida de cada um, do qual apenas um pouco da máscara conseguimos tirar quando estamos em casa, brincando com nossos filhos, sorrindo com nossa família, nos revelando um lado passivo às vezes agressivo de ser – isso quer dizer que, ao pensar que estamos nos desfazendo de uma máscara, estamos nos vestindo de outra...
Tais máscaras são necessárias, no entanto, já que não sabemos lidar com o que realmente somos. Só não podemos dizer que somos cada uma delas, pois é buscar ser um personagem não o ator em uma grande peça teatral – que é o mundo (ou o próprio universo). Assim incorremos em erros quando dizemos, “sou bruto mesmo e não abro mão”; ou “sou incapaz e nunca conseguirei resolver nada” – são afirmações que podem com o tempo ser mudadas. Prova disso são depoimentos de pessoas que se entregam à merce de pastores, padres e deixam de ser incapazes ou mesmo brutos.
Todavia podemos afirmar que somos tudo e ao mesmo tempo nada daquilo que se relatou até agora, pois, quando nos referimos à personalidade, estamos falando de algo que, para nós, é tentar entender uma minicaverna na qual moramos desde pequeno e que só sabíamos disso depois que dela saímos por um breve tempo. Sair um pouco dessa minicaverna, relatá-la internamente, entendê-la, saber que ela tem seus desejos, e que não vive sem você é um passo quase transcendente, pois teríamos que fazer isso em forma de um exercício constante, pelo qual saberíamos nos entender um pouco, sabendo que tudo por que passamos nada mais é que devaneios de uma personalidade mal entendida. Seria o primeiro passo para uma grande jornada rumo ao desconhecido – nós mesmos. Por isso é que Platão nos diz “Conheça a Ti mesmo e conhecerás o universo” – quer dizer, na própria prática diária do conhecer a si mesmo, conhecemos um pouco de nós, essa gota no grande oceano, o qual está em nós e nós nele.
Fazer com que todos aspectos de nossa personalidade trabalhe em função daquilo que somos é necessário, mesmo por que tudo precisa de um referencial, até mesmo o filho que nasce na busca de um herói. E nessa busca eterna de um ator que possa ser o grande manipulador de nossos desejos, legados, vem-nos a luminosidade, pois já na busca pelo que somos nosso caminho se torna mais belo e verdadeiro, sem máscaras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário