Há elementos na natureza nos quais se basearam os antigos para tentar demonstrar o comportamento instintivo do homem. Não precisa ir muito longe para saber que o fogo é o grande elemento que demonstra com exatidão o desejo, a vontade, a inclinação para o alto, e muito mais.
O fogo, também, como todos os elementos da natureza, refletia (e reflete), simbolicamente, a espiritualidade, mas também a força imortal de conseguir, lutar, crescer, desenvolver e evoluir de nossa raça; porém, o mais conhecido simbolismo dele é o desejo – o motivo, a vontade, ainda que passageira, de ter... É a vontade da personalidade, voltada ao interesse do homem...
O fogo, princípio ígneo, como também é conhecido pela tradição, é tão misterioso que desenvolve no homem um olhar fértil de reminiscências, nas quais culturas ainda mais tradicionais dele viveram, e o redescobriram. Pois não é apenas um processo químico que o alimenta, mas outros elementos que possuem a homogeneidade a fim de que as labaredas apareçam e transformem o ambiente com sua luz e força.
O fogo não apenas o ser necessário ao frio, à alimentação, mas a combinação de tudo que é necessário ao homem e a todos os seres vivos. As histórias de guerreiros sempre eram contadas à margem de uma fogueira, sempre o observando queimar o que se passara e ao mesmo tempo transformando o presente em algo elevado; extinguindo um passado vitorioso e criando um maior, até as estrelas, junto com sua fumaça...
Hoje, no Brasil, temos a fogueira, que alimenta a sensação das festas juninas; mas a maioria ainda não sabe o sentido daquela que arde, enquanto todos se falam e se enamoram junto dela. A fogueira, antes de Cristo, era o centro das festas religiosas, pois dava o sinal de que a colheita tinha sido fértil, que as plantações dariam mais e mais frutos; que a esperança de chuva era concreta. Ali, em meio ao fogo, subia contos de heróis, de pai para filho, de avô para pai, de homem para homem. Naquela festa onde se olhava atento o fogo, sacerdotes meditavam, sacerdotisas clamavam ao deus-fogo a fertilidade e o perdão aos homens, fossem quais fossem; assim era na antiguidade, em qualquer nação civilizada. Daí, nasceu a festa Junina – de Juno, deus da juventude...
Atualmente, olhamos o fogo com desconfiança, ou cheios de medo. O fogo pode se mal, se usado com ignorância, assim como todo elemento da natureza, até mesmo a água; contudo, o fogo esquenta, arde, dói na pele e isso nos transforma em meros seres distantes de seu sentido simbólico. Mas nos esquecemos de que desse elemento nos aproxima do carinho do outro, da conversa em grupo, do fascínio de suas chamas a queimar a madeira -- outro elemento que merece respeito, pois simboliza a persona do homem, a qual passa, se vai às estrelas depois que partimos.
Contudo, a cada dia, a cada ano, perdemos o brio desse elemento que nos eleva, mas que o transformamos em desejos relativos, tão relativos, que se apagam tão rápido quanto palhas secas. É o desejo de viver de qualquer maneira, sem direção; desobedecendo o grande fogo Universal, que alimenta eternamente as estrelas, os cometas, as luas, os sóis, e tudo enfim, de maneira que também somos alimentados. Assim os egípcios viam o sol, como um ser que não só nos iluminava, mas que a sua idéia era bem maior – ou melhor – tão maior quanto qualquer ser. Esse era o sol deles.
Na Grécia Antiga, os lares eram compostos por uma pequena chama que iluminava o centro da sala. Tal chama era uma pequena cópia do que havia na praça central, a representar a maior delas, a do Universo. Os gregos acreditavam que o fogo era também um dos elementos que compuseram o Uno, daí o respeito a Vulcano, o deus do fogo, o qual representava o trabalho do homem, em todos os seus sentidos.
Assim, não só na Grécia, como também em várias outras culturas, o fogo era visto como o símbolo maior do universo. E hoje, graças a esse passado, estamos voltando a respeitá-lo como tal.
RegisFilos
O fogo, também, como todos os elementos da natureza, refletia (e reflete), simbolicamente, a espiritualidade, mas também a força imortal de conseguir, lutar, crescer, desenvolver e evoluir de nossa raça; porém, o mais conhecido simbolismo dele é o desejo – o motivo, a vontade, ainda que passageira, de ter... É a vontade da personalidade, voltada ao interesse do homem...
O fogo, princípio ígneo, como também é conhecido pela tradição, é tão misterioso que desenvolve no homem um olhar fértil de reminiscências, nas quais culturas ainda mais tradicionais dele viveram, e o redescobriram. Pois não é apenas um processo químico que o alimenta, mas outros elementos que possuem a homogeneidade a fim de que as labaredas apareçam e transformem o ambiente com sua luz e força.
O fogo não apenas o ser necessário ao frio, à alimentação, mas a combinação de tudo que é necessário ao homem e a todos os seres vivos. As histórias de guerreiros sempre eram contadas à margem de uma fogueira, sempre o observando queimar o que se passara e ao mesmo tempo transformando o presente em algo elevado; extinguindo um passado vitorioso e criando um maior, até as estrelas, junto com sua fumaça...
Hoje, no Brasil, temos a fogueira, que alimenta a sensação das festas juninas; mas a maioria ainda não sabe o sentido daquela que arde, enquanto todos se falam e se enamoram junto dela. A fogueira, antes de Cristo, era o centro das festas religiosas, pois dava o sinal de que a colheita tinha sido fértil, que as plantações dariam mais e mais frutos; que a esperança de chuva era concreta. Ali, em meio ao fogo, subia contos de heróis, de pai para filho, de avô para pai, de homem para homem. Naquela festa onde se olhava atento o fogo, sacerdotes meditavam, sacerdotisas clamavam ao deus-fogo a fertilidade e o perdão aos homens, fossem quais fossem; assim era na antiguidade, em qualquer nação civilizada. Daí, nasceu a festa Junina – de Juno, deus da juventude...
Atualmente, olhamos o fogo com desconfiança, ou cheios de medo. O fogo pode se mal, se usado com ignorância, assim como todo elemento da natureza, até mesmo a água; contudo, o fogo esquenta, arde, dói na pele e isso nos transforma em meros seres distantes de seu sentido simbólico. Mas nos esquecemos de que desse elemento nos aproxima do carinho do outro, da conversa em grupo, do fascínio de suas chamas a queimar a madeira -- outro elemento que merece respeito, pois simboliza a persona do homem, a qual passa, se vai às estrelas depois que partimos.
Contudo, a cada dia, a cada ano, perdemos o brio desse elemento que nos eleva, mas que o transformamos em desejos relativos, tão relativos, que se apagam tão rápido quanto palhas secas. É o desejo de viver de qualquer maneira, sem direção; desobedecendo o grande fogo Universal, que alimenta eternamente as estrelas, os cometas, as luas, os sóis, e tudo enfim, de maneira que também somos alimentados. Assim os egípcios viam o sol, como um ser que não só nos iluminava, mas que a sua idéia era bem maior – ou melhor – tão maior quanto qualquer ser. Esse era o sol deles.
Na Grécia Antiga, os lares eram compostos por uma pequena chama que iluminava o centro da sala. Tal chama era uma pequena cópia do que havia na praça central, a representar a maior delas, a do Universo. Os gregos acreditavam que o fogo era também um dos elementos que compuseram o Uno, daí o respeito a Vulcano, o deus do fogo, o qual representava o trabalho do homem, em todos os seus sentidos.
Assim, não só na Grécia, como também em várias outras culturas, o fogo era visto como o símbolo maior do universo. E hoje, graças a esse passado, estamos voltando a respeitá-lo como tal.
RegisFilos