quarta-feira, 2 de junho de 2010

Contraponto Humano II


O COMPORTAMENTO juvenil transgride sim. Há uma lei, assim como em todas as esferas da vida – trânsito, campo, casa, família, trabalho...— em que a ascensão e queda, infelizmente, dependem do ser humano. Alguns defendem que seja normal. Concordo, mas que façamos o possível para que não caia tanto, se não vamos presenciar atos – se já não estamos presenciando atos – inomináveis.

Por isso....

Nada mais belo que sentir a simplicidade de um namoro no qual as partes se conheçam de forma simples, com as regras naturais de uma tradição que buscou o belo, o justo e o verdadeiro comportamento humano. Nada melhor que tentar o respeito mútuo, a partir de um ideal que brilha incessante nos olhos e nas estrelas que nos guiam.

Não podemos nos deixar levar por uma moda que nos leva a nos igualar a animais no cio, ou pelo menos nossos filhos. Vamos tentar nos igualar a comportamentos parnasianos, aqueles que um dia deveras nos influenciaram no passado, cheios de riquezas nos olhos da dama, do cavalheiro, cujo heroísmo era levar à guerra o lenço da amada.

O homem, enamorado daquele amor grandioso, não pedia nada, apenas que aquela mulher fosse o par de asas que um dia buscara para a compleição de suas batalhas internas, pois ele precisava, urgentemente, tê-la em seu coração... Por isso, o lenço.

Não havia o sentimento jovem pela mulher, pelo menos o instintivo, mas do homem que crescera e amadurecera seus sentimentos em relação ao sexo oposto. Em algumas tribos indígenas, porém, simbolicamente, o casamento de crianças – assim como na Índia atual --, era aceito dentro daqueles preceitos, e visto como normal.


No entanto, não podemos colocar na balança preceitos simbólicos e levá-los como desculpas para a nossa ignorância comportamental. Eles, os índios, nesse sentido, não são o que pensamos, muito pelo contrário, são seres que traduzem uma cultura de maneira que só eles podem compreender, diferente de nós, que tentamos transformar em cultura o bestialismo humano...

Então, que sigamos a clareza da vida, e nos empenhamos em promovê-la, no sentido mais humano possível, pois é o que precisamos. Nela, há a disciplina, a Ordem, o Amor, não o amor que restringe, mas o que nos eleva a alma, que traspassa essa realidade bestial, onde não valores, não há o que seguir, mas obstruir.

O homem não era somente o ser físico, sem pensamento, bruto, mas o sacerdote que cultuava a mulher e a protegia. A mulher não era apenas a dona de casa, a que cuidava da cria, mas que o fazia em nome de uma divindade, aquela que dizia que somos parte dela, e temo-la em nós. E os dois não transgrediam a Regra, a deusa, mas se dedicavam a ordem que vinha dos céus.







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"É ótimo ter dúvidas, mas é muito melhor respondê-las"  A sensação é de que todos te deixaram. Não há mais ninguém ao seu lado....