sexta-feira, 4 de março de 2016

Liberdade, Igualdade e Fraternidade

Filosofia










Em um país tomado pela força da Necessidade (deusa), no qual miseráveis que se autoproclamavam burgueses (pois a palavra burgo nada mais era que a representação de uma classe minoritária, pobre, sem direitos), ideais foram plasmados em atos que jamais a humanidade esqueceria, nos quais a erupção se fazia em movimentos toscos, mas que, mais tarde, abrir-se-ia a maior cratera para o inicio do maior terremoto revolucionário que se teve história.


Liberté, Egalité, Fraternité.


Depois da grande Revolução Francesa, movida pelos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, tivemos que repensar o que seria esse dilema forte que moveu não somente uma geração, mas várias. Princípios calculados politicamente voltados a uma possível Democracia (social), sistema dúbio no qual tal dilema tornar-se-ia apenas um vinculo entre o homem e a utopia de suas consecuções.


A igualdade, como poderíamos conjecturar, tão bela quanto impossível entre humanos e seres em geral, seria a primeira força a desabar em um sistema falho, mesmo porque não há igualdade nem mesmo em tratamentos, em oportunidades, muito menos em educação... Igualdade somente em termos filosóficos, dos quais apenas um aprofundamento da questão, em uma busca intrínseca, baseada em princípios mais que humanos, quase divinos, poderia dela se retirar o aprendizado acerca de tal valor.


Liberdade... sem este valor, somos apenas teóricos sonhadores, heróis sem espadas, sem ideologias. Mesmo assim, não entendemos o porquê de um sistema levantar uma bandeira tão poderosa se este nem mesmo entende o significado de liberdade.


Para entender, temos que nos desfazer dos sistemas, observar mais o que somos e não deter nossos ideais quando voltados a esse princípio. Não se pode entender liberdade, igualdade sem que tenhamos uma visão filosófica da vida. Os sistemas não admitem essa visão. Tais tomam a liberdade, criando a própria. Nesta, pode-se fazer conjecturas naturais do ponto de vista partidário, social, pessoal e politico. A real liberdade não precisa disso.


A fraternidade, contudo, em meio às igualdades e liberdades entre aspas, surge como uma breve esperança a partir de pensamentos, atos práticos nos quais somente passos meramente humanos são dados junto a outro ser. Não é nada político-partidário, social, religioso no sentido rotular na questão, no qual faltam amor, e sobram interesses.


Em liberdade, Igualdade e Fraternidade, há um soar utópico; mas uma utopia necessária, na qual somente nós, humanos, podemos rastrear e quem sabe sentir o aroma, um dia. Não perdemos, para isso, o foco, aquela pequena luz que fria surge e depois se torna quente aos olhos, ao corpo, como um pequeno vagalume que se encontrou com o sol. Não podemos no entanto, nos deixar cegar por essa luz: a luz do vaidosismo, do egocentrismo, do aplauso, da inteligência radical, da paixão reta.


Tais valores, que foram a bandeira de uma grande revolução, que abrem uma constituição ainda hoje, podem ser nossa bandeira.

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