Em um país tomado pela força da
Necessidade (deusa), no qual miseráveis que se autoproclamavam burgueses (pois
a palavra burgo nada mais era que a representação de uma classe minoritária,
pobre, sem direitos), ideais
foram plasmados em atos que jamais a humanidade esqueceria, nos quais a erupção se fazia
em movimentos toscos, mas que, mais tarde, abrir-se-ia a maior cratera para o
inicio do maior terremoto revolucionário que se teve história.
Liberté, Egalité, Fraternité.
Depois da grande Revolução Francesa,
movida pelos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, tivemos que
repensar o que seria esse dilema forte que moveu não somente uma geração, mas
várias. Princípios calculados politicamente voltados a uma possível Democracia
(social), sistema dúbio no qual tal dilema tornar-se-ia apenas um vinculo entre
o homem e a utopia de suas consecuções.
A igualdade, como poderíamos conjecturar,
tão bela quanto impossível entre humanos e seres em geral, seria a primeira
força a desabar em um sistema falho, mesmo porque não há igualdade nem mesmo em
tratamentos, em oportunidades, muito menos em educação... Igualdade somente em
termos filosóficos, dos quais apenas um aprofundamento da questão, em uma busca
intrínseca, baseada em princípios mais que humanos, quase divinos, poderia dela
se retirar o aprendizado acerca de tal valor.
Liberdade... sem este valor,
somos apenas teóricos sonhadores, heróis sem espadas, sem ideologias. Mesmo
assim, não entendemos o porquê de um sistema levantar uma bandeira tão poderosa
se este nem mesmo entende o significado de liberdade.
Para entender, temos que nos
desfazer dos sistemas, observar mais o que somos e não deter nossos ideais
quando voltados a esse princípio. Não se pode entender liberdade, igualdade sem
que tenhamos uma visão filosófica da vida. Os sistemas não admitem essa visão.
Tais tomam a liberdade, criando a própria. Nesta, pode-se fazer conjecturas
naturais do ponto de vista partidário, social, pessoal e politico. A real
liberdade não precisa disso.
A fraternidade, contudo, em meio
às igualdades e liberdades entre aspas, surge como uma breve esperança a partir
de pensamentos, atos práticos nos quais somente passos meramente humanos são
dados junto a outro ser. Não é nada político-partidário, social, religioso no
sentido rotular na questão, no qual faltam amor, e sobram interesses.
Em liberdade, Igualdade e
Fraternidade, há um soar utópico; mas uma utopia necessária, na qual somente
nós, humanos, podemos rastrear e quem sabe sentir o aroma, um dia. Não
perdemos, para isso, o foco, aquela pequena luz que fria surge e depois se
torna quente aos olhos, ao corpo, como um pequeno vagalume que se encontrou com
o sol. Não podemos no entanto, nos deixar cegar por essa luz: a luz do vaidosismo,
do egocentrismo, do aplauso, da inteligência radical, da paixão reta.
Tais valores, que foram a bandeira
de uma grande revolução, que abrem uma constituição ainda hoje, podem ser nossa
bandeira.
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