terça-feira, 6 de junho de 2017

Pássaros Sem Ninho, a volta



Em nome de dois destinos, assim, o homem transita na terra, coligada às grandes terras, à galáxia inteira e ao infinito: a  felicidade e a liberdade. Grandes autores, como Platão, Aristóteles, Sêneca, Plotino, se lançaram como versos em poesia para nos trazer significados tão simples e ao mesmo tempo tão complexos de realizar. O porquê disso, sabemos, nada mais é que nossa ainda mais complexa  personalidade, na qual pairam a vaidade, o egocentrismo, e seus subelementos (hipocrisia, interesse, etc), os quais são tão fortes quanto os elementos que os geram. 

Nosso ideal de felicidade e liberdade, no entanto, se torna um tanto quanto distante quando irrelevamos o refreio desses elementos e subelementos, mesmo porque tudo que nos implica sair de nosso meio no qual está nossa zona de conforto – ainda que relativa --, além de nos desestabilizar fisicamente, emocionalmente e ou psicologicamente, nos faz crer que somos únicos e especiais aquém das estrelas. Chega a ser incoerente ante ao que pretendemos.

Refrear significa parar, não continuar com algo ou alguma coisa; deixar de mão, coisa que a indivíduos tais como Platão, filósofo grego, não era possível, e por isso, pela busca irrefreável à felicidade e à liberdade, se tornou um dos maiores filósofos já citados desde sua época até nossos dias. Não menos do que ele, temos Aristóteles, que fora um tanto quanto mais midiático, relativo, palpável, e por isso mais próximo da ciência, das sociedades, deu passos realmente muito grandes em prol da felicidade e da liberdade ao mundo. Contudo, por ser tão palpável, tão concreto quanto seu mestre, Platão, se tornou obsoleto e esquecível em vários quesitos, e um deles foi a busca pelos ideais semânticos humanos, os quais estavam sempre em pauta na vida do autor de A República.


Após eles, aos tradicionais filósofos referidos, muitos se jogaram na mesma neblina, e viram, por meio de seus símbolos mais modernos, não mais com a profundidade de antes, meios para  a consecução da felicidade e da liberdade. E isso nos foi dado de forma apaixonante por vários modernistas, que, salientando, de acordo com sua visão, nos transpassou o que muitos queriam ouvir ou melhor sentir, que era o poder da libertação (diferente de liberdade aos tradicionais), da renovação, da nova política aos governados (aqui já contaminado por Aristóteles), da nova submissão aos homens de poder, enfim... Uma felicidade e Liberdade tão fora de compasso quanto o próprio homem.


Voltamos depois.

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