Em nome de dois destinos, assim, o homem transita na terra,
coligada às grandes terras, à galáxia inteira e ao infinito: a
felicidade e a liberdade. Grandes
autores, como Platão, Aristóteles, Sêneca, Plotino, se lançaram como versos em
poesia para nos trazer significados tão simples e ao mesmo tempo tão complexos
de realizar. O porquê disso, sabemos, nada mais é que nossa ainda mais complexa
personalidade, na qual pairam a vaidade, o egocentrismo, e seus
subelementos (hipocrisia, interesse, etc), os quais são tão fortes quanto os
elementos que os geram.
Nosso ideal de felicidade e liberdade,
no entanto, se torna um tanto quanto distante quando irrelevamos o refreio
desses elementos e subelementos, mesmo porque tudo que nos implica sair de
nosso meio no qual está nossa zona de conforto – ainda que relativa --, além de
nos desestabilizar fisicamente, emocionalmente e ou psicologicamente, nos faz
crer que somos únicos e especiais aquém das estrelas. Chega a ser incoerente
ante ao que pretendemos.
Refrear significa parar, não continuar com algo ou alguma coisa;
deixar de mão, coisa que a indivíduos tais como Platão, filósofo grego, não era
possível, e por isso, pela busca irrefreável à felicidade e à liberdade, se
tornou um dos maiores filósofos já citados desde sua época até nossos dias. Não
menos do que ele, temos Aristóteles, que fora um tanto quanto mais midiático, relativo, palpável, e por
isso mais próximo da ciência, das sociedades, deu passos realmente muito
grandes em prol da felicidade e da liberdade ao mundo. Contudo, por ser tão palpável,
tão concreto quanto seu mestre, Platão, se tornou obsoleto e esquecível em
vários quesitos, e um deles foi a busca pelos ideais semânticos humanos, os
quais estavam sempre em pauta na vida do autor de A República.
Após eles, aos tradicionais filósofos referidos, muitos se jogaram
na mesma neblina, e viram, por meio de seus símbolos mais modernos, não mais
com a profundidade de antes, meios para
a consecução da felicidade e da liberdade. E isso nos foi dado de forma
apaixonante por vários modernistas, que, salientando, de acordo com sua visão, nos
transpassou o que muitos queriam ouvir ou melhor sentir, que era o poder da
libertação (diferente de liberdade aos tradicionais), da renovação, da nova
política aos governados (aqui já contaminado por Aristóteles), da nova
submissão aos homens de poder, enfim... Uma felicidade e Liberdade tão fora de
compasso quanto o próprio homem.
Voltamos depois.
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