Não posso deixar que o pássaro voe sem mim
Que as árvores nasçam e deem frutos, sem mim.
Não posso deixar que as águas se turvem ante às pedras,
Que tais pedras não descansem, sem mim.
Não posso encostar a cabeça nas folhas secas,
Dormir ao som da lua,
Acordar ante ao majestoso esférico,
Estratosférico sagrado sol,
Sem que haja amor ao redor, sem mim
Não posso deixar o verde da planta ir embora,
Dando lugar à seca sabedoria antes de mim,
Do alaranjado alvorada na aurora,
Vou me embora, ah se vou, sem ti
Não há nada que passe sem mim,
Sem o crivo da minha alma,
Dos desejos livres do afeto,
Pois não há nada sem mim.
Se o corpo delgado daquele ser se vai
Enrustido nas penas esbranquiçadas,
Macias e ao passo assoladas,
Não há leveza nele sem mim...
Se leva o capim ao filho,
Dribla o cão a pegar o milho,
Desfaz a rota a enganar o humano,
Insano, devia sorrir pra mim...
Não posso deixa-lo partir.
Seus meigos olhos de ave,
Alusivos ao amor do mundo,
Me faz vagabundo, mas não imundo,
Pois minha alma limpa se desfez do mal
Até aqui.
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