quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

O Infinito reticente de uma semântica incontida...




...Nas reticências que iniciam esse pensamento, há uma mensagem subliminar, a de que iniciamos, sempre, por meio de um corpo, uma semântica, seja ela qual for, que se encaixa nele -- nesse corpo -- sempre tentando traduzir, entrelinhas, o que o passado nos traz. E nessas palavras, nas quais resguardo um segredo, penso que há mais semânticas nelas do que em toda minha pobre vida...

E quando termino nas reticências, com um outro pensamento, sugiro que há um infinito de possibilidades que nos surge em tentar adivinhar o que vem pela frente.., E mais reticências se fazem em nome de questionamentos, em nome do que jamais cessará, que é o nosso mistério em relação ao que é o infinito -- que é o espaço-tempo cheio de um energia cósmica, mística, mas ao mesmo tempo tão natural quanto o ar que se respira.

As reticências são limitadas, no entanto, quando o poder do pensamento relativo e racional se faz. Ou quando o próprio ser humano se engana ou, como diriam os mais sábios, se apegam a ignorância... Nela, quando de maneira dúbia, se expressa, ou tenta se traduzir em meio a mais pensamentos, incrementos, sentimos que a reticência pode voltar, e nos fazer entender que ela, a ignorância, nada mais é que uma beleza de várias cores, das quais o sábio, em sua ignorância, diz preferi-la, amá-la, pois sabe que jamais terá o conhecimento eterno...

Nós, em nossa reticente ignorância, acreditamos que somos professores em tudo que fazemos, mesmo com a decrépita persona vaidosa e relativa, teórica e obtusa em seu jeito de ser e existir. Nos parece, assim, que a reticência, em nome da deusa Necessidade, irá existir plena em tudo que achamos transcender, pois não transcendemos, retroagimos, em nome de interesses que poderiam chegar aos céus, mas preferem beijar as raízes da deusa Nefthel, de onde nascera a palavra Hell, inferno, no qual nem mesmo o mais assombroso dos pensamentos consegue se ouvir...

As reticências jamais se extinguirão, pois iniciam uma busca e não conseguem terminá-la, ensinam no inicio e podem morrer sem aprender nada no final. É o Universo, sem inicio, sem fim, no qual estrelas nascem e morrem, energias são repassadas uma às outras, como irmãs heroínas com finalidade de transpassar o que de bom tem a outra que nasce, mas que não aprendera lidar com o que recebera, pois seria nova demais..

O infinito, filho dos das deusas que burlam o universo, vívidas no passado, mas mortas no presente, persiste em existir em forma de mensagens, não tão claras, mas que nos fazem repensar o que somos, o que fazemos e porquê. Nos ensinam que nosso trabalho, a depender do que fazemos, pode ter reflexos tão infinitos quanto o próprio deus. 

E hoje, nesse mergulho infinito de Brahma, nas linhas imaginárias do Darma, nessas formas e forças que se comungam em nome do Nada, penso em Maia, a mãe que de longe nos vê, nos protege e ao passo nos torna crianças que nascem e morrem, que nascem....

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