quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Solidão da Matéria

Um átomo que atinge seu apogeu de forma concreta dentro do espaço não possui a vontade, nem delibera a favor ou contra aquilo que encontra pela frente, simplesmente nasce, se expande e se transforma, assim como tudo que é matéria. Uma estrela é uma estrela, por exemplo, mas a depender das circunstâncias podemos chamá-la de átomo, dentro de um infinito que cresce e evolui. Até mesmo o nosso Sistema Solar pode ser chamado de átomo.

A questão é que somos humanos, somos dotados da capacidade de sair de nossa condição de átomo, reduzidos pelo nevoeiro da ignorância e crescer, aparecer, tomar lugar em nosso tempo. Podemos ser a estrela real que brilha mais que outras ou mesmo a pequena brilhante que desaparece entre outras. Podemos ser o que queremos.

Contudo, o que nos inclina a ser o que não somos é a vaidade e a vontade mal direcionada. Assim nos perdemos em torno de espaços dentro dos quais não nascemos para crescer ou nele morrer. Somos humanos, e isso basta. Não precisamos querer ser o que não somos, buscar referenciais aleatórios somente porque querem que o façamos. Nietzsche dizia que precisamos nos olhar ao espelho interno e encontrar o deus que nos torna livres do deus inventado. Creio nisso também.

Entretanto,  o deus que criaram ainda é mais forte que nossa vontade que se educou pelos vigias de uma imensa igreja, que não nos deixa sair dela tão fácil. A própria Bíblia diz Deus está em todos os templos! Haja vista que a palavra templos, aqui, se refere a nós, não ao externo, frio, decalcado e mentiroso, criado pela imaginação do homem moderno, o qual estanca os valores do passado, quando esquece que os templos clássicos eram tão sagrados quanto os de hoje, pois eram voltados à Natureza Cósmica, não ao homem e seus interesses.

Não precisamos refletir muito acerca do que vemos nos espelho -- senão cairemos em prantos! -- mas no que se resguarda dentro de nós, no real espaço que foi feito para orar, buscar e sintetizar o que podemos fazer daqui pra frente. Assim... A matéria se vê solitária e vai fazer o possível, em sinal de birras, para tirar-nos do sério, da realidade que nos aguarda há milênios.

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Futuro pra quê?

Uma pessoa muito especial um dia me disse, "A felicidade é como uma plantinha que, regada todos os dias, podada, cuidada, tem-se a certeza de que crescerá linda". Depois de pensar nisso -- e não sendo xiita na obediência dessa máxima, mesmo porque ninguém o consegue -- vi que a realidade desse grande dizer pode ser embutido em tudo que quisermos, até mesmo ao futuro. 

Se podemos plantar, literalmente uma plantinha com cuidado, regando-a e alimentando-a com seu elemento preferido, que é a água, podemos fazê-lo com a mesma substância que nos alimenta, que nos carrega sempre que a clamamos: a esperança de um futuro melhor.

Mas, sabe, fico a pensar nessa máxima não somente em replantar simbolicamente nosso mundo, não somente individual, como também coletivo, mas principalmente naqueles que simplesmente não regam suas vidas, não as movimentam, e mesmo assim querem um futuro. Há aqueles que nem mesmo sabem regar suas vidas ou o fazem de maneira complemente errônea (quem sou eu pra dizer isso?), e ainda sim querem não apenas que suas vidas tenham um futuro,  ou mesmo uma árvore sequoia em sua floresta.

Ledo engano.
Um futuro deve ser visto com os pés no chão. Não somente pensando ou extraviando pensamentos como cometas que passam ao lado de planetas desorbitados. Somos mais que isso. Quando nos propomos algo que nos faça levantar do sofá ou mesmo parar as guerras que estão se iniciando, queremos e fazemos. E isso, sem precisar de videntes. Deixemos de lado um futuro de perspectivas, e nada de práticas; vamos pensar no agora, naquela planta que necessita de alimento, da criança que morre nos lixos ao lado de casa; vamos aparar a grama, tapar as frestas nas quais as goteiras se infiltram e fazem a festa; vamos deixar de mão essa política e praticar a nossa, que é ajudar o próximo!

Pensar no futuro, pra quê? para ficar refletindo sobre o mundo, sobre a política, nas sociedades, na vida, enfim, em Deus, que nos pede e implora movimentos em favor de um mundo que desfalece todos os dias em nome do mal -- qual a diferença?. Ou seja, se não olharmos para aquilo que está ao nosso lado, ou embaixo dos nossos pés, futuro não há. E se há, não fomos nós que o plantamos.


sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Não Fui Eu !

Não adianta mesmo. Nem diante das provas cabais que nos culpam claramente pelo que fizemos, não somos sinceros em dizer... "Fui eu". Sempre encontramos alguém ou alguma coisa para levar a culpa, seja da casca de banana encontrada na porta, que foi objeto de queda do pai ou da mãe, do irmão ou sobrinho; seja do carro que estava na nossa frente, e quando freou teve a lataria amassada; e mais, do cofrinho nosso de cada dia, no qual tínhamos economizado desde sempre, mas agora não tem nem mesmo aquela moeda de vinte e cinco centavos, que com outra daria os famigerados cinquenta! E assim por diante...

Em cenários maiores, também nos desviamos de tudo, o que nos demonstra a falta de maturidade e respeito que tanto recebemos desde pequeno, mas que, graças ao modo como tratamos e cultivamos nossos legados, negamos até mesmo o nome de batismo, se a coisa nos cai como avalanche.

Isso tudo parece ser parte de um teatro no qual nascemos com valores os quais determinamos com o intuito de nortear nossos princípios, fortalecê-los, e trazer à tona, na prática, o que precisamos demonstrar a futuras gerações -- mas falhamos. Na hora agá, sentimos medo, pavor, terror e todas as coisas inerentes ao homem, que um dia fugiu da realidade e não volta mais.

Hoje, no campo político, ao contrário do passado no qual nos mostrou somente homens valorosos, do quais até então com eles aprendemos em livros de filosofia, história entre outros, o que passeia em nossa mente é o que temos de pior quando pronunciamos a palavra Política, pois nos traz lembranças revitalizadas de uma modernidade na qual se aprendeu a não se responsabilizar pelo que se faz nesse campo. Ouve-se desde 1960 parlamentares a dizer "não tenho nada com isso", "Não fui eu, e pretendo mostrar isso nos autos, depois de lê-los!" -- por mais claro que sua culpa seja clara quanto um riacho não descoberto! E a mais interessante é a "É do meu amigo... Não é meu".

No campo político é drástico nos acostumar, mas há um, no religioso, que, sempre, pronunciamos e não abrimos mão... é a "É coisa do inimigo!!" -- inimigo leia-se o anjo caído, o Diadorim, o demônio não socrático, o Coisa Ruim, etc. Em todas as vezes que se é pronunciado por alguém que se encontra em terreno sutil, como o do religioso, como eu disse, pode crer que é alguém tentando se desviar de sua culpa, e colocar culpa do outro...

Irrelevando tais agruras psicológicas e mentais, passamos a perceber que um dia tudo cansa, e que um dia temos que nos dizer a nós mesmos que somos o culpado por outras agruras, a do meio ambiente, da  educação, da má política, da má religião, da extinção dos belos animais, da má compreensão do próprio parceiro e ou parceira, dos filhos, da família e por fim de nós mesmos. O primeiro passo é descobrir que pelo simples gesto do pensar já somos responsáveis pelo céu e pelo inferno que nos ronda.



Abraços, parceiros.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Humanos Complicados !

Conversa vai, conversa vem, e a gente sempre termina com a frase ser humano é complicado! já percebeu? isso é porque a gente chega a um ponto da conversa que estamos chegando perto de falar um pouco de nós, mas não continuamos o diálogo, encerrando tudo ou inciando outro, do tipo, carros, mulheres, jogo de futebol, enfim, o que interessa aos mais baixos instintos...

Mas eu sempre continuo. Quando se trata de ser humano, acredito que somos meros fugitivos de resoluções que nos abarca, que nos responsabilizam. Se conversamos acerca de política, estaremos lá, falando do infeliz que rouba o dinheiro público ou sendo julgado pelo que fez ou não fez; no futebol, idem, porque há sempre alguém que não gosta de tal time ou de jogador, que traiu seu time e foi para outro. Não tem como fugir. Toda conversa será em torno de seres humanos, que fizeram algo que amamos ou odiamos, e então qual o motivo de não falarmos de nós mesmos, no sentido interno, melhor, com vistas a melhorar o que somos ou de nossas pretensões? por que não?

Temos que deixar o ego de lado. O egoísmo destrói perspectivas. Se ele (o receptor) fala dele mesmo, temos que ouvir, dar conselhos, dar soluções baseadas em nossas experiências ou, se não, de pessoas que são organizadas internamente, pois se mostram externamente com características explícitas. Se o fazermos a espera de falar de nós mesmos, como uma criança que quer falar mais e mostrar mais brinquedos, estaremos mostrando o que não interessa a outra parte, que, de nós, espera maturidade, crescimento, força, coragem para ouvi-la, e principalmente sinceridade.

A complexidade humana começa quando deixamos de lado o que somos e buscamos o que não somos. Fazendo uma analogia simples, posso dizer que a fuga de si mesmo é como começar a fazer o almoço sem perceber que a louça está suja. Temos que lavar a louça, pois nela comemos. Iniciar um processo de autoconhecimento para que não fujamos mais dos diálogos que se assemelham a nós, os quais são fundamentais para seguir em frente, seja em qualquer lugar, pessoa, sociedade, mundo... É um caminho natural e evolutivo.


quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Justiça Invisível

Sabemos que a Justiça é invisível e que todo ponto de vista baseado em justiças relativas nada mais é que uma opinião baseada em premissas necessárias a quem a defende. Ou seja, sabe-se, de pronto, que não a temos, mas reverberamos acerca dela, nos propomos a falar sobre ela, mas estamos longe em entendê-la, por isso, nossas  palavras vãs quanto ao assunto Justiça.

Todavia, é preciso que busquemos referenciais fortes quanto ao que salientamos nesse caso. Porque nada mais sonoro do que frases do tipo "Acho isso uma injustiça", "Quero meus direitos", enfim, de modo que não nos sintamos afastados do real significado desse ser chamado Justiça.

Platão (filósofo grego) faz uma bela abordagem em seu livro A República, no qual, na boca de seu mestre Sócrates, com lastro em vários outros conceitos tradicionais, chama de Justiça a natureza como um todo e seu papel junto aos seres, sejam humanos ou não. Para o grego, Justiça seria cada um exercer ser papel no universo, sempre, de acordo com sua natureza e ou capacidade junto às circunstâncias nas quais é ou foi proposto, assim como o sol, a sombra, a terra, e passando para os personagens de sua Filos Cidade, do guardião ao sapateiro, da cadeira à cama.

Se observarmos bem, não é tão simples entender tal conceito, mesmo porque, saliento, temos a mania de relativizar tudo da maneira que nos convém. Nossa mente, na qual se infiltram definições a cada segundo, é preparada para olhar para fora, não para dentro; preparada para cometer gafes, duvidar, alegar, racionalizar em nome do egoísmo, etc. Nada melhor do que partirmos do ponto filosófico, com a consciência centralizada em descobrir rumos diferentes, sem que sejam os nossos, porque podemos cair no ostracismo, no frio mundo da pedra que não se move.

E para não cair nesse erro, na tentativa de nos trazer à tona valores nos quais mergulhamos diariamente sem nos afundar, Platão nos traz racionalmente, como um ser normal (que não é), entre eles, o real valor do ser Justiça -- pelo menos concordo -- quando ele parte do simples ao complexo, ou seja, da ponta de uma célula humana à alma que se instalou em nosso corpo, há milhares de anos...

Platão diz que não devemos confundir justiças relativas (ele diz isso o tempo todo) com a Justiça que nos transcende; a olhar para horizontes, para o universo, perceber o papel de cada esfera, e antes disso de cada molécula fria, de cada átomo a ser formar concreto, até a formação da vida organizada no micro e no macro universo, não enxergar como casual, nem mesmo distante -- o que nos atrapalha a compreensão na maioria da vezes dos reais valores humanos e universais. Cita mitos fantásticos como o de Er e de Gizes, nos quais devemos, antes de tudo, praticar o que é justo sem que haja necessariamente seres a nossa volta.

Dar a cada um o que lhe é necessário de acordo com sua natureza e capacidade hoje em dia não é fácil, mesmo porque somos obrigados a nos desviar do que somos, para suprir necessidades básicas que nos insistem bater à porta todos os dias. Mas Platão, com seu mundo, nos deu a porta e a chave para perceber que somos justos sim, mas para isso é preciso que tenhamos que olhar para dentro com vistas a descobrir o sentido de nossa alma.




Abraços, mestres;

sábado, 13 de janeiro de 2018

Cinquenta Tons de Vida






Não tive amor ao desamor,
nem mesmo ao ódio humano,
como príncipe do mal
que rasteja pelo abandono insano.

Nunca morri pela vida,
apenas vivi dela,
como vivem os girassois
à procura da donzela;

Sempre joguei à terra
em nome dos mares de paz,
ao pensar a frágil beleza,
ao sonhar um mundo a mais.

Nem em redes me deitei,
ou melhores comidas comi,
ou belas curvas caí,
fui apenas mero filhos do Te Vi.

Em outrora redes pensei em deitar,
pois chorei pelo não descanso,
que hoje penso e repeso manso,
quando em minha cama cantar;

Deus é testemunha do Nada mim.
dos poucos caminhos líricos,
dos falhos galhos de que ontem,
em pés de goiaba, não subi.

Testemunha dos reflexivos amigos,
dos quais nada aprendi,
das Dores paixões bobas,
Nas quais até hoje morri.

Nada vale o verbo, assim sinto,
se da sua semântica, rica e tântrica,
Se apenas labirintos vi;

Mas minha velha infância se foi,
e nela, verbos e pronomes,
quando me tornei homem,
se foram, ao som do não mar.

Hoje,  se fosse morrer,
seria apenas um adeus,
nada mais seria, um dia,
se não fosse o filho meu.

Nele me encontro divino,
como sacerdotes sério,
ao fim da assembleia,
a bater o nobre sino.

Dele aprendo o que não sou,
nem mesmo o que eu poderia,
pois lua e sois nele nasceram,
e eu me esquento nele com alegria,

Em pequeno vivia de sonhos,
e em meu filho, nele, vivo,
como criança farta de amor,
ante ao que chamam alivio.

Antes, em minhas paixões,
trovoadas e trovões em mim batiam,
hoje, sem dor e puro de novo,
pulo até no mar bravio...

Falar da morte se posso viver,
cantar em silêncio, se posso gritar.
Amar o externo, se posso amar
O que em vida fui, não serei mais.

Olhar para trás em nome do homem,
que acorda no fel,
Prefiro cantar como pássaros meus,
Tão eternos quanto prantos seus,

foi belo, magnifico, foi humano,
outras vezes fora triste,
sem sentido, desumano.

O sentido começa a cada janela,
A cada porta que se abre em mim,
pois tenho mais vida,
tenho mais que cinquenta anos
enfim.



QUE DEUS ME ABENÇOE

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Anjos na Terra

Batalha de Achilles
     Epílogo







Em meio a tudo isso, percebi que uma singularidade estava se formando em minha mente: um padrão meio terrível de crianças gritando por onde quer que eu passasse. Desde os primeiros dias da virose, até o último dia na UTI, em razão do frio problema, anjos gritavam, corriam, sumiam nos corredores do hospital. Voavam baixo! Era encantador, e ao mesmo tempo aterrador. Suas vozes finas, outras rôcas, de tanto pedir aos médicos para não tocá-las com suas agulhas; mais algumas, enganadas por necessidade pelos pais, não sabiam se choravam ou corriam, torturadas pelo mesmo desenho na tevê dos recintos especiais.

Ali, descobri pequenos anjos com problemas os quais só posso admitir que eram ´cármicos', em razão de não terem o porquê de não ter uma explicação médica-científica para que tivessem aquilo que chamamos doença do nada, ou mesmo biológica ("normal"). Crianças com sintomas de apendicite, dores no coração, infartos, entre outros. Eu me entregaria a primeira igreja se não tivesse feito a matéria Filosofia de forma aprofundada...

Meu filho, infelizmente, depois que se prostrou naquela mesa de procedimentos, na qual crianças com risco de morte passaram, também estava entre os seres os quais pude perceber tinham a mesma razão, ou melhor, explicação por ter tido aquele rompimento... 

Depois de uma hora e meia -- em meio a choros meus e rezas de minha esposa e família, que estavam ali prostrados junto a mim -- o médico nos disse que o que fez com que Pedro tivesse o AVC foi a má formação interna de veias no cérebro, a qual já havia desde seu nascimento, descoberta agora, depois de nove anos, e que rompeu-se nesse mesmo tempo. Meu coração perdeu o rumo, e o da minha esposa saiu pela boca.

O doutor -- mais sério que agentes da Polícia Federal -- nos explicou, por a mais b, desenhando na mesa, nos mostrando em seu celular, que nosso filho já tinha passado pelo pior. Quer dizer, já não havia mais riscos, o que descartava qualquer insinuação nossa em relação à sua vida mais na frente. Foi o que nos deixou claro.

Depois de passados mais de quinze dias no tratamento intensivo, cheio de dores na cabeça, regado a remédios fortíssimos, cuidados por enfermeiras excelentes, por profissionais incríveis -- especialistas em fonoaudiologia, terapia e terapia ocupacional. Depois de ficarmos atentos a todos os seus momentos mais difíceis, não apenas o dele, mas ao nosso também; depois de repetirmos, todos os dias a todos os colegas e amigos o seu estado de recuperação junto àquela instituição fantástica; depois de tanto escutar a respeito de dores, de doenças, de sobrevidas, de vidas, de passar por um sentimento que nem mesmo adolescentes suportariam... Pedro voltou para casa.

E aqui, eu gostaria de agradecer a todos os crentes e não crentes. aos meus amigos filósofos ou não, aos seres que já andam em sentido celeste pelas orações e apego à causa que se desfizera (ou está para se desfazer) com o tempo, e dizer que somos Um em todos os sentidos, e que nesse sentido a essência humana foi por mim descoberta, e dei o nome a ela de Deus. 






QUE TENHAMOS UM ANO CHEIO DE FLORES COM MENOS ESPINHOS.

A Parte que nos Falta

"É ótimo ter dúvidas, mas é muito melhor respondê-las"  A sensação é de que todos te deixaram. Não há mais ninguém ao seu lado....