segunda-feira, 19 de julho de 2010

Alegria, Felicidade, Bons momentos...

Muitos dizem que a felicidade não existe e que somente os ricos a possuem. A experiência comprova que todos possuem a felicidade, seja de bons momentos, seja de alegria... Até mesmo o amor em suas devidas proporções é aceito.

Hoje, mais do que nunca, aprendi que alegria pode ser os bons momentos e vive-versa, mas que em sua maior intensidade pode ser chamada de felicidade. Muitos filósofos discordariam de mim, pois há relatos de Aristoteles, Platão, Plotino, Sócrates e muitos outros que traduzem felicidade como uma condição além-humana, para não dizer difícil de obter. "Só o homem virtuoso é feliz", dizia Platão. Virtuoso significaria o próprio homem no processo de autoconhecimento bem acelerado.

Felicidade seria, ainda, ao ver dos grandes dos passado, uma forma arquetípica pela qual somente os sábios “tem direito” de passar, pois já estão (e são) realizados espiritualmente. E o exemplo de Platão, no Amor, quando o homem se encontra no nows, ou seja, espírito em si, no qual reside a felicidade, a justiça a bondade... De maneira que o homem comum jamais o poderia obter se não se realizasse da mesma forma, ou seja, espiritualmente...

A discordância ao filósofo vem daí. Porque, em nossas possibilidades, encontramos o nows não de maneira real, filosófica, concreta, mas, sim, em nosso nível, digo eu. E não precisa ser o nows (o ápice da alma), mas nas pequenas coisas, ou nas grandes coisas, seja lá como queira o homem comum; quer dizer... que seja uma realização prática baseada em algo simples e sincero.

Não precisamos olhar sempre para cima – pelo menos nesse caso – para conceituar felicidade. Saber lidar com esse sentimento é a realidade nossa de cada dia, sendo ou não temporal. O que mais importa é que a lágrima não seja vã; aquela lagrima que se esvai no corpo suado de tanto trabalho, aquele sorriso fértil que contagia cada ser humano quando em nosso rosto se olha; o que vale, em nossa realidade, é sentir aquele degrau puro, sem falsidades, com amor e muita dedicação, cheio de idealismos.

Os bons momentos são sim um pouco dessa felicidade. São formas naturais, ainda que pequenas, de viver com os amigos, com a família, com o filho em particular, ou mesmo com um grupo que tem o mesmo idealismo – partidário ou não – que tenha o gosto de sorrir e seguir em frente em nome de algo maior que si. Pois o que mais há nesse mundo é o egoísmo – esse ser que resvala em nossas almas em forma de alegria, que não e.

A felicidade não e um bicho de sete cabeças, nem de oito nove ou dez. Mas quantas cabeças que queremos que tenha. Por mim, ela só tem uma. Não acredito que somente os sábios têm esse prazer humano. Não acredito que somente espiritualmente a tenhamos.

O nosso físico, quando cansado, quase morto, sabe que não está, pois e só resolver determinadas particularidades de nível psicológico que ele vota a sua forma, tão feliz quanto antes.

O psicológico, ao encontrar algo tão maior que a mente pode compreender, sente-se feliz. Pois revela a ansiedade desfeita, a expectativa, o temor, e até mesmo a dor premeditada no seu mais ínfimo início.

O espiritual, ainda que tentemos filosofar sobre ele, não conseguimos, portanto, logo que temos um desses elementos saciados, além do próprio astral, tudo nos remete a um estado quase – eu disse quase – que espiritual.

Hoje, como somos individualistas, materialistas, a correr atrás do capital – seja ele nosso ou não – o que nos resta e definir felicidade de acordo com os nossos parâmetros.

Mas, por favor, não deixemos vulgarizar tal conceito apenas porque o individualizamos. Se a temos um dia, que seja de forma bela, sem preconceitos, sem discriminação, ou mesmo sem interesse, pois, se vamos reconceituar algo como felicidade, o façamos de maneira que seja como que apagar um quadro e começar com uma letra mais bela ainda...


Regis

Um comentário:

A Parte que nos Falta

"É ótimo ter dúvidas, mas é muito melhor respondê-las"  A sensação é de que todos te deixaram. Não há mais ninguém ao seu lado....