O MENINO QUE BEIJAVA A MÃE
Eben E. Rexforf
Na varanda do sol ela se sentava
Enquanto a rua eu descia
A prata dos cabelos emoldurava
Como um buquê a face macia
E de um jardim logo me lembro
Onde apesar da neve, do frio gelado,
Do clima cortante de novembro
Cresce tardio o lírio perfumado.
Atrás de mim, um passo ecoou
E o som de um risco cortante,
Sabia que o coração onde brotou
Seria meu apoio reconfortante
Nas horas de atribulação;
Esperançoso, forte e valente;
Pode-se contar com esse coração.
Quando não se está contente.
Virei-me ao ouvir o portão
E encontrei seu já másculo olhar;
Esse rosto me dá a mesma emoção
De um livro agradável de folhear;
Mostra um propósito vivo.
Brava e ousada determinação ---
A promessa desse rosto altivo,
Deus permita a realização.
Ele subiu o caminho cantando,
Em boas vindas, mudas como prece,
Vi os olhos da mulher brilhando,
Como a luz do sol os céus aquece.
"Voltei, mãe querida".
Exclamou, e curvou-se para beijar
A face amada, já erguida,
Para o que outras mães não têm que a esperar.
Basta ter um menino assim ao lado.
Afirmo que é oura verdade ---
Um rapaz pela mãe apaixonado
cresce um herói de qualidade.
Os maiores corações são os que amam.
Desde o início do mundo.
E o menino que a mãe beijava
É um homem mais profundo.
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