sexta-feira, 12 de maio de 2017

Enquanto o outro não chega...

Olhar ao céu, perceber o sol. Temos que voltar a ser humanos.


Fica mais fácil  de perceber que o outro possui defeitos, mas isso não nos faz melhores do que ele. É provável que aquele tenha a mesma visão em relação a nós -- mesmo porque ele é humano, tem seus pontos de vista, opiniões, enfim, tentando buscar o que nele não há para que, depois, possa nos jogar na cara o que somos e o que não somos, baseado naquilo que observou em nós... E nós a ele.

É um jogo relativista, dentro do qual nos esquecemos de tudo, ou seja, que possuímos defeitos, problemas, e que, por isso, às vezes, iniciamos conflitos intermináveis. É um show de egoísmos! Entretanto, mais tarde, percebemos que estamos errados e refletimos acerca do que somos, e friamente sentimos a vontade mudar, mas não mudamos, simplesmente porque nossa educação milenar nos fez esperar ajudas externas, como amigos próximos, irmãos, mães, pais, Deus, enfim... Nada que não possa ser censurado, nem inibido, mas é preciso saber se livrar das algemas sozinhos, às vezes.

O medo nos toma.

Mesmo com todas as armas que nos deram, das portas que nos abrem diariamente, temos medo. É natural. Dar passos em direção "ao desconhecido", a nós mesmos, é pisar em terreno tão misterioso quanto à face de um Deus pessoal que tantos querem ver. A fuga, entretanto, não é a melhor escolha, a vontade de culpar o próximo, ou culpar entidades milenares reinventadas somente para receber o lixo psicológico humano, não é válido.Nem mesmo há dois mil anos faziam isso... Pois sabiam que os deuses, não inventados, mas rotulados por uma necessidade cultural, nãos se "metiam" em nossas vidas, e se o faziam, nada mais era que a própria consequência dos atos humanos em forma de ônus se derramando em cabeças que "desobedeciam" as leis universais...

Lei Natural

Nosso mal, o mal real de hoje, se exprime em uma forma totalitária humana em acreditar que o próprio ser que nasce é melhor do que aquele que morre, ou melhor do que o animal que anda de quatro. Melhor do que aquela pedra que cai das montanhas, do que a lei da gravidade, das estrelas, de tudo.

A hipocrisia se revela quando olhamos ao chão folhas caídas sem nossa "autorização", quando nascem estrelas, quando o sol nasce e se põe... Quando abelhas ironizam um ataque "por nada" em nossas cabeças. As leis são inatas, vieram antes de tudo, até mesmo do próprio homem, que tenta recriar um modo de realizar uma estratégia em prol de si mesmo, e ser dono do própria lei.

Assim... Tenta pular dos muros sem se machucar, pular de paraquedas o abrindo a poucos minutos do chão, andar em cordas perto do último andar dos prédios, sem a mínima proteção. O confronto com as leis naturais continua antes mesmo da morte que o comprime da parede. Ele não quer morrer.

A realidade é que nada o desafia, e sim ele o faz. A natureza nos ensina caminhos, nos dá espelhos nos quais possamos nos ver frente a ela, mudar nossos rumos, olhar para trás, consertar os erros, voltar, viver, transformar, ser bom, humano, e andar conforme as leis infinitas.

Jesus disse, "o reino dos céus está aqui, ali, até mesmo debaixo de uma pedra". 

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