terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Confiar. Uma estrada, uma vida.

"Confiança não se compra. Conquista-se!"

Confiar... confiar... palavra bendita que se esvai em meio a um mundo cheio de pessoas que se dizem... confiáveis. Não é bem assim... Nem mesmo casais que se unem depois de vários anos de namoro, noivado, e mesmo após o casamento não podem dizer, equilibradamente, que confiam um no outro...
Natural. Quando se trata de ser humano, podemos dizer que, mesmo depois de anos de convívio, somos desconfiáveis, ainda que, em todos esses anos, mostrou-se confiável. É a vida! Porém, por ser humano, precisamos demonstrar a confiança, nem que seja por um breve tempo – o que já nos seria louvável. Deveríamos, mais, sermos realmente confiáveis e apresentar ao próximo o que queremos ser.
O que nos faz desconfiáveis, no entanto, talvez seja esse jeito volúvel de ser em relação ao mundo indisciplinado, como se fôssemos obrigados a sê-lo!... Não é bem assim. A realidade nossa de cada dia pede que tenhamos alguém de confiança, ou seja, uma pessoa para quem podemos nos abrir, chorar e dizer bobagens sem compromisso...
Tais pessoas, contudo, estão se indo como um sol que não apareceu o dia todo. Olhamos para o céu, e nada. Assim são essas pessoas, nas quais se guarda o mais belo segredo, nas quais podemos dizer, “ah, que bom que você chegou, queria te dizer algo!”... Pessoas sem pretensões escusas de prejudicar qualquer que seja o individuo, porque sabem que precisam de, um dia, confiar em alguém.
Hoje, em guerras psicológicas, dizemos que confiamos em determinadas pessoas apenas para nos assegurar de que há, no fundo, uma esperança; outras juram de pé junto que há grupos inteiros nos quais podemos nos abrir, chorar, rezar, fazer jejum rs, e viver felizes para sempre!
O ser humano, por ser humano, deveria vir com esse aspecto que nos parece tão natural, mas, na realidade, chegar a ser relativo apenas àqueles que nascem com essa vocação – de ser confiável, ou àqueles que, com o tempo – põe tempo nisso! – conseguem dizer a que veio.
Enfim, se por enquanto não temos alguém em quem possamos confiar, confiemos em nosso mestre interior, por meio de nossos atos, e escolhemos pessoas de caráter, não para nos debulhar – como dizia minha mãe – em lágrimas, mas para fazer parte de nossas vidas, com pequenos segredos bons, não precisa ser os grandes, pois o tempo nos dirá quem somos ou quem é aquele ser que se mostra como papel parede durante anos – nada mais que normal, infelizmente, pois somos livros de difíceis leituras – ou, repente, tenhamos a sorte de ter alguém – não somente amigo, mas irmão, irmã, esposa, filhos – que venha de longe e como um cálice sagrado em forme humana, diria “estou aqui do seu lado, sempre”.



À minha querida mãe, na qual confiei desde o dia em que nasci até sua ida para o desconhecido.

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