terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Nascimento de uma Larva de Vulcão




Eu tenho uma sobrinha chamada Elizabeth. Uma adolescente de dezessete anos. Dela tenho um grande apreço, pois dali, daquela pequena grande alma, saem palavras, gestos, diálogos, eminentes de pessoas que possuem grandes ideias, e questionamentos incríveis. Porém, ela tem um problema: ela me acha um tanto quanto mais inteligente do que ela rs. Pois é, e ainda é humilde! Essa é minha sobrinha!

Nesses dias, voltando, revoltada com o capitalismo -- olha só! -- criou o texto abaixo com nuances de sociólogos capazes de mudar a estrutura do mundo! E eu, claro, ainda que não seja o mais perfeito dos homens, a coferir tal trabalho, fui humildimente chamado pela rainha das palavras.

Com vocês, Beth e Eu!


A motivação do homo sapiens de arranjar métodos para adquirir dinheiro e instintivamente de dentro pra fora, pelo fato primário nos sentidos dos homens de querer ter, de precisar, de se alto preencher com aquilo que agrada suas sensações.

Por esses motivos(,) ao passar das eras(,) o dinheiro se tornou o principal ícone nas vidas sociais. Obvio que ele trás (traz, de trazer) aquilo que precisamos, "mas será que ele deve ser tudo que buscamos?". Essa é uma questão que não reflete mais a humanidade, porque ele anda comprando mais do que deveria.

Pessoas vendem seus corpos por ele, vendem a honestidade como se os recursos materiais fosse maiores que sua decência. É o caso dos políticos julgados por fraldes no caixa que deveria ser para a sustentabilidade social. Porém já não se sabe se o caráter do júri ou juis (juiz de juizado) e integra pra tal caso.

Isso mostra que vale tudo pelo money ou din din. O papel valioso esta regendo o mundo de tal maneira que atrofia os pensamentos (nossos?) do que é realmente importante em nossa vida. Estamos sendo fantoches daquilo que criamos para o uso só que era necessário, para estímulos impulsivos de ganhos infinitos e poder. 
           
Contudo, o dinheiro é capaz de tornar meros seres em magníficos  por causa dele alguns sofrem na pele e outros ganham sensações prazerosas. Mas no final devemos falar da beleza da vida e não da busca interminável por um material que pode rasgar, queimar, molhar, estragar e que não levaremos conosco. Será uma luta em vão.
 

(Autor: Elizabeth de França).



O que achou do texto? Se tiver algo errado por favor mencione. :)


Beth,  minha querida, tudo bem?
Adorei seu texto. E fico grato por me confiá-lo.

Beth, não posso criticar o que vem da alma em ebulição. Tenho a certeza de que os meios sociais, seus livros e experiências a fizeram deter-se nesse tema tão amplo e gostoso de expor. E sua grande alma implora por uma resposta, pois estás presa a um meio psicossocial, voltado, mais do que em outros tempos, ao capitalismo – então, é mais do que normal sentires esse fervor idealístico quando se depara ou nos deparamos com injustiças, corrupção, dor, pobreza, insanidades, violações, tudo em nome do pobre papel que criaram em prol do ser humano... O dinheiro.

Eu atualmente leio um livro – A Árvore da Vida, de Cristian Jaq – que fala de um Egito que sofre com o mal caratismo, com a corrupção, com as injustiças, enfim, tudo isso que nos faz desumanos em nome do din-din. Só que, à época, há mais de 1500 aC, não havia dinheiro! Que coisa, hein! Nesse mesmo Egito, um grande faraó tenta erradicar o mal (o mesmo que nos consome atualmente) que consome o país, tentando manter a Árvore da Vida, que, miticamente falando, reflete o estado de espírito da humanidade (à época...)... A Árvore, assim, estaria morrendo.

Então, Beth...

Hoje o dinheiro não é o problema. Em todas as épocas, houve um algo que atraísse ser humano, a manipular seu instinto (é aquela mesma questão do video cassete, tv de tubos, dvs, blu ray...).

Vamos entrar na filosofia. Todas as coisas possuem seus dois lados. Todas elas, até a faca de cozinha possui duas finalidades... Se vc a pega para assassinar alguém, ela se desvia de seu objetivo natural, o que, segundo Aristóteles, também deixaria de ser o que realmente é... Nesse caso, ela deixaria de ser uma faca, e ser um instrumento mortal, o qual estaria apenas em semelhança com sua aparência... Entendeu?

Mas se a referida faca é usada como uma real faca, cortando queijos, carnes, cebolas... Ela não só estaria sendo ela mesma, como também encontrando sua real vocação: a de ser faca... e entrando em comunhão com seu próprio universo.

O dinheiro? A mesma coisa... (a internet, emails, iphones, celulares...). Se tivermos o mesmo prisma em relação ao dinheiro, podemos dizer que, se é usado de maneira errônea, tornar-se-ia uma simples folha de papel engrandecendo seres que se subjugam humanos. Mas... Não são. Seriam, sim, animais em busca dos seus próprios interesses materiais – ainda que usem a palavra ‘espirito’ como meio de consecução para seus objetivos... – e, acredite, ainda que não houvesse o dinheiro, eles existiriam.

Mas uma coisa é certa também, Beth, houve sempre, em todas as épocas, pessoas que sempre se revoltaram contra o mal que sempre assolou a humanidade, seja ele em forma de papel ou não.

A solução?
Um dia me falaram acerca da palavra ideal. Um dia converso com você a respeito dela.


Um grande abraço, Beth!



obs. Depois de "blogado" esta conversa, fiquei sabendo que a minha querida sobrinha havia passado em quarto lugar na Universidade Católica. E o texto acima nada mais é do que aquele que fizera no dia da prova!

Parabéns, larva de um imenso vulcão.


Um comentário:

  1. Meu Deus , quem sou eu diante das palavras deste mundo, elas me deixam utiliza-las para responder e desvendar questionamentos que surgem ao longo dos tempos. Sem ela quem seriamos , como compreenderíamos nossas injustiças. Mas para que eles surjam é necessário termos influencias de quem sempre esta nos dando exemplo, não sou humilde em falar que o meu tio é meu mestre na ordem das palavras e em vários fatores, obrigado por tudo!

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A Parte que nos Falta

"É ótimo ter dúvidas, mas é muito melhor respondê-las"  A sensação é de que todos te deixaram. Não há mais ninguém ao seu lado....