terça-feira, 10 de junho de 2014

Evangelho de Tomé: a ponta de Deus.

Busquemos a Deus, e a ele veremos em tudo.


Dos evangelhos devemos respeitar seus objetivos, que é relatar o que os mestres de sabedoria disseram de maneira velada, e tentar, com toda disciplina que temos, respeitar tais palavras. Nos evangelhos de Mateus, de João, assim como o de Tomé, apócrifo, há significados que somente os iniciados nos mistérios ocultos entendem, e dos quais podemos apenas compreender com o pouco que temos que há algo de cunho espiritual neles. Não podendo ser de outro jeito.

Não por isso vamos cessar nosso grande objetivo, que é, baseado em premissas passadas – na sabedoria antiga – interpretar o que o grande mestre Jesus tentou nos passar com suas eternas palavras.

No texto anterior, por exemplo, tentamos elucidar com nossas pífias palavras, o grande significado de “Quem descobrir os sentidos dessas palavras não provará da morte”...

Para muitos que têm a visão limitada acerca da criação universal, além de crescer com dogmas sociais, os quais permeiam desde a Idade Média, não acreditam que temos uma consciência que transita entre elementos que a própria Natureza os possui em dimensão. Ou seja, dissertar acerca do Demiurgo platônico às massas, fazer alusão ao Mito da Caverna a certas pessoas, só iremos presenciar um faca se tornando um taco de beisebol, ou seja, simplesmente o que nunca foi ou para qual nunca foi objetivado...

Em termos sociais e culturais, temos que ter a certeza do que dissemos, caso contrário estaremos sujeitos à decadência do que o símbolo representa, assim como o foi em culturas que abnegaram sua origem e hoje amam aquilo completamente diferente do que amavam antes de perderem sua identidade – assim como Roma.

O evangelho de Tomé

“Quem procura não cesse de procurar até achar; e quando achar, será estupefato, ficará maravilhado – e então terá o domínio do universo.” Assim disse o mestre Jesus.

Como fora dito anteriormente, somos e estamos sujeitos, assim como é dito em várias passagens mitológicas, ou mesmo em lendas, contos, parábolas, a possuir uma alma voltada ao espirito, ao morador do terceiro andar. Entretanto, somos pequenos para compreender isso, e racionalizamos a identidade da alma, o que nos leva a ser materialistas em demasia, tentando explicar com nossos olhos materiais, modernos, frios, e na maioria das vezes cegos, o que é a Verdade.

Contudo, a própria alma, ainda que a puxamos para baixo, com todas as nossas forças, ela se apaixona pelo Belo, pelo Justo, Verdadeiro... E, quando pode, se eleva. Assim, percebendo tal característica, nosso racional se une ao que ela é, e começa a “ver” o caminho que perdeu há séculos.


Tal caminho, porém, não é tão simples de se estar nele. Ziguezagueamos como bêbados, erramos, e às vezes desistimos, mas sempre há aquele que subsiste aos raios, aos terremotos, e entende que há uma necessidade natural de tais intempéries, pois elas respondem a algumas perguntas no limiar de nosso caminho...

Assim, cheio de tropeços, o caminho à compreensão do grande objetivo da alma se inicia. Vencemos. A alma começa sua busca interna, em práticas nas quais ela mesma duvida porque não acredita, e claudica frente ao ideal de alcançar o espirito.

Não se deve parar a busca, até encontrar. Depois que se passa por todos os subelementos do quaternário, o que para nós é mera ilusão, mas que se compreendermos tal fato, saberemos que se conseguimos vencer tais elementos – o que levaria encarnações – estaremos estupefatos, maravilhados, pois encontramos a ponta de Deus.


A partir daí, o universo, interno, é nosso.

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