Busquemos a Deus, e a ele veremos em tudo. |
Dos evangelhos devemos respeitar
seus objetivos, que é relatar o que os mestres de sabedoria disseram de maneira
velada, e tentar, com toda disciplina que temos, respeitar tais palavras. Nos
evangelhos de Mateus, de João, assim como o de Tomé, apócrifo, há significados
que somente os iniciados nos mistérios ocultos entendem, e dos quais podemos
apenas compreender com o pouco que temos que há algo de cunho espiritual neles.
Não podendo ser de outro jeito.
Não por isso vamos cessar nosso
grande objetivo, que é, baseado em premissas passadas – na sabedoria antiga – interpretar
o que o grande mestre Jesus tentou nos passar com suas eternas palavras.
No texto anterior, por exemplo,
tentamos elucidar com nossas pífias palavras, o grande significado de “Quem
descobrir os sentidos dessas palavras não provará da morte”...
Para muitos que têm a visão limitada
acerca da criação universal, além de crescer com dogmas sociais, os quais
permeiam desde a Idade Média, não acreditam que temos uma consciência que
transita entre elementos que a própria Natureza os possui em dimensão. Ou seja,
dissertar acerca do Demiurgo platônico às massas, fazer alusão ao Mito da
Caverna a certas pessoas, só iremos presenciar um faca se tornando um taco de
beisebol, ou seja, simplesmente o que nunca foi ou para qual nunca foi
objetivado...
Em termos sociais e culturais,
temos que ter a certeza do que dissemos, caso contrário estaremos sujeitos à
decadência do que o símbolo representa, assim como o foi em culturas que
abnegaram sua origem e hoje amam aquilo completamente diferente do que amavam
antes de perderem sua identidade – assim como Roma.
O evangelho de Tomé
“Quem procura não cesse de
procurar até achar; e quando achar, será estupefato, ficará maravilhado – e então
terá o domínio do universo.” Assim disse o mestre Jesus.
Como fora dito anteriormente,
somos e estamos sujeitos, assim como é dito em várias passagens mitológicas, ou
mesmo em lendas, contos, parábolas, a possuir uma alma voltada ao espirito, ao
morador do terceiro andar. Entretanto, somos pequenos para compreender isso, e racionalizamos
a identidade da alma, o que nos leva a ser materialistas em demasia, tentando
explicar com nossos olhos materiais, modernos, frios, e na maioria das vezes
cegos, o que é a Verdade.
Contudo, a própria alma, ainda
que a puxamos para baixo, com todas as nossas forças, ela se apaixona pelo
Belo, pelo Justo, Verdadeiro... E, quando pode, se eleva. Assim, percebendo tal
característica, nosso racional se une ao que ela é, e começa a “ver” o caminho
que perdeu há séculos.
Tal caminho, porém, não é tão
simples de se estar nele. Ziguezagueamos como bêbados, erramos, e às vezes
desistimos, mas sempre há aquele que subsiste aos raios, aos terremotos, e
entende que há uma necessidade natural de tais intempéries, pois elas respondem
a algumas perguntas no limiar de nosso caminho...
Assim, cheio de tropeços, o
caminho à compreensão do grande objetivo da alma se inicia. Vencemos. A alma
começa sua busca interna, em práticas nas quais ela mesma duvida porque não
acredita, e claudica frente ao ideal de alcançar o espirito.
Não se deve parar a busca, até
encontrar. Depois que se passa por todos os subelementos do quaternário, o que
para nós é mera ilusão, mas que se compreendermos tal fato, saberemos que se
conseguimos vencer tais elementos – o que levaria encarnações – estaremos estupefatos,
maravilhados, pois encontramos a ponta de Deus.
A partir daí, o universo,
interno, é nosso.
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