O mundo, dizem, está em seus últimos dias. Seus habitantes, tão inconformados com seus ‘exemplares’ governantes, morrem à mingua, à margem dos poucos que conseguem sobreviver com muito. Continentes inteiros onde seres humanos caem pela miséria são esquecidos e lembrados apenas em filmes, nos quais pouco é mostrado. As soluções, cada vez mais distantes, se direcionam ao meio ambiente – rios, florestas, animais – menos aos esquecidos. Lembrando que fazemos parte também deste meio!
A frialdade inorgânica da terra, como dizia Augusto dos Anjos, consome os pés dos Africanos, dos imigrantes, dos favelados do mundo; a água suja bate os pés daquelas almas, que, embora esquecidas, buscam a sobrevivência em assaltos, roubos, pequenos e grandes furtos, em mortes desnecessárias; e nós, da camada mais ‘alta’ da pirâmide (invertida), racionalizamos e supúnhamos fórmulas mais frias ainda, pelo fato de não sermos nós os esquecidos...
É um quadro que nos parece imutável. Mas não é. Imutável apenas se fôssemos conformistas com nossos problemas, mas não somos. O ruim é dar ênfase apenas a eles, probleminhas que nos cercam e nos fazem rodar semelhantes a cachorros atrás do rabo. Passam-se as estações do ano, o aniversário de nossos filhos, a lua, o sol, a natureza... Os ciclos se fazem, e nós, filhos de nosso egocentrismo, presos ao nosso rabo!
Ficamos presos a uma realidade só nossa, aquela pela qual lutamos até o fim de nossos dias... “deixe o meu radinho para o meu filho, a cueca para o me cunhado, os sapatos para o meu...” – e antes de dizer... capuf! Morre.
Acredito que nosso legado não se restringe apenas a elucidar mistérios de nosso umbigo. Não se restringe a choramingar em cantos e parar de trabalhar, a ficar com raiva do amiguinho que nos faz uma brincadeira de mau gosto; ou ainda, presos a brigas que não são nossas, ou a outros problemas, pequenos, que nos afincam na terra qual plantas, sequóias... Não... Não...
Nosso emblemático tempo tem, apesar de todas as feridas, nos dado experiências necessárias que nos dizem o contrário a isso tudo. Os pequenos problemas, que para nós é o fim do mundo, para outros, é o inicio de uma vida, o inicio de um céu. Ou seja, estes que vêem em suas vidas a resolução para um mundo melhor têm mais possibilidades de encontrar a saída do que aqueles que se afincam nele – depende do modo com vemos o problema.
Se vejo em minha vida a possibilidade de resolver de maneira mais simples meus pequenos problemas, e da mesma forma os maiores, com certeza os resolverei, e mais, terei a possibilidade de resolver até mesmo os dos outros, no entanto, não posso fazê-lo, apenas dar-lhe a chave para encontrar uma saída – chave essa baseada em premissas pelas quais resolvi os meus... Mesmo porque, resolvendo os problemas alheios, estarei acumulando mais dificuldades além das minhas, portanto temos que saber lidar com isso... Ou melhor, com as pessoas!
Os mestres não resolvem problemas alheios, nós o resolvemos. Apenas nos dão meios (chaves internas) a partir do que já temos, no entanto não vemos, às vezes, pela ignorância, às vezes, por sermos confusos na hora de encontrar a solução (dá no mesmo!). Sócrates sabia que tínhamos a verdade em nós, e por meio de um método natural (a maiêutica) multiplicava perguntas, induzindo o interlocutor a descobrir a verdade, em si mesmo... Assim o faz o mestre na tentativa de nos ajudar a crescer, pois é para isso que eles existem, não para a resolução de nossos problemas!
No entanto, presos aos nossos, ou preocupados em demasia com o lixo atômico, e ainda, em passeatas longas e cansativas contra os casacos de pele, esquecemo-nos dos simples que estão a nossa volta. Mendigos que na calada da noite morrem de fome por falta de uma ajuda mínima, vítima de nossas desconfianças... Crianças ao nosso lado caem no lixo da esperança sem auxilio, nem mesmo racional, pela mesma desconfiança, que gera mais e mais marginalizados. Às vezes, nosso vizinho, na busca pelo “açúcar” nosso de cada dia que transborda em nossa prateleira, na realidade, quer uma atenção, um sorriso, um abraço... Algo tão distante, para ele, quanto a lua da terra.
Mas nossos problemas, vendas eternas, nos dirão ao contrário. Dirão que devemos fechar as portas da vida e ficarmos presos em nossa casa, sem abri-la (nem mesmo nossos corações), com cadeados fortes, correntes idem, convictos de estamos certos, pois “o mundo está triste e não temos que confiar em ninguém”...
A evolução humana depende de fatores que, como cálices, estão ao nosso lado, ou melhor, em nós. A fim de tomar esse cálice e levantar na busca da resolução dos grandes problemas e necessário entender que ele – o cálice, -- encontra-se em nós como a maior ferramenta de todas, na resolução dos pequenos e simples conflitos.
Não sejamos tais quais crentes ou qualquer xiita maluco que quer o céu esquecendo o próximo, ou o levando para um céu imaginário. Primeiro, enxergar o mal em nós, depois enxergá-lo no próximo como uma natureza diferente, porém que também está (ou pode estar) em nós... Assim, pequenas evolução serão feitas, sempre em nosso nível, de acordo com nossa natureza.
A frialdade inorgânica da terra, como dizia Augusto dos Anjos, consome os pés dos Africanos, dos imigrantes, dos favelados do mundo; a água suja bate os pés daquelas almas, que, embora esquecidas, buscam a sobrevivência em assaltos, roubos, pequenos e grandes furtos, em mortes desnecessárias; e nós, da camada mais ‘alta’ da pirâmide (invertida), racionalizamos e supúnhamos fórmulas mais frias ainda, pelo fato de não sermos nós os esquecidos...
É um quadro que nos parece imutável. Mas não é. Imutável apenas se fôssemos conformistas com nossos problemas, mas não somos. O ruim é dar ênfase apenas a eles, probleminhas que nos cercam e nos fazem rodar semelhantes a cachorros atrás do rabo. Passam-se as estações do ano, o aniversário de nossos filhos, a lua, o sol, a natureza... Os ciclos se fazem, e nós, filhos de nosso egocentrismo, presos ao nosso rabo!
Ficamos presos a uma realidade só nossa, aquela pela qual lutamos até o fim de nossos dias... “deixe o meu radinho para o meu filho, a cueca para o me cunhado, os sapatos para o meu...” – e antes de dizer... capuf! Morre.
Acredito que nosso legado não se restringe apenas a elucidar mistérios de nosso umbigo. Não se restringe a choramingar em cantos e parar de trabalhar, a ficar com raiva do amiguinho que nos faz uma brincadeira de mau gosto; ou ainda, presos a brigas que não são nossas, ou a outros problemas, pequenos, que nos afincam na terra qual plantas, sequóias... Não... Não...
Nosso emblemático tempo tem, apesar de todas as feridas, nos dado experiências necessárias que nos dizem o contrário a isso tudo. Os pequenos problemas, que para nós é o fim do mundo, para outros, é o inicio de uma vida, o inicio de um céu. Ou seja, estes que vêem em suas vidas a resolução para um mundo melhor têm mais possibilidades de encontrar a saída do que aqueles que se afincam nele – depende do modo com vemos o problema.
Se vejo em minha vida a possibilidade de resolver de maneira mais simples meus pequenos problemas, e da mesma forma os maiores, com certeza os resolverei, e mais, terei a possibilidade de resolver até mesmo os dos outros, no entanto, não posso fazê-lo, apenas dar-lhe a chave para encontrar uma saída – chave essa baseada em premissas pelas quais resolvi os meus... Mesmo porque, resolvendo os problemas alheios, estarei acumulando mais dificuldades além das minhas, portanto temos que saber lidar com isso... Ou melhor, com as pessoas!
Os mestres não resolvem problemas alheios, nós o resolvemos. Apenas nos dão meios (chaves internas) a partir do que já temos, no entanto não vemos, às vezes, pela ignorância, às vezes, por sermos confusos na hora de encontrar a solução (dá no mesmo!). Sócrates sabia que tínhamos a verdade em nós, e por meio de um método natural (a maiêutica) multiplicava perguntas, induzindo o interlocutor a descobrir a verdade, em si mesmo... Assim o faz o mestre na tentativa de nos ajudar a crescer, pois é para isso que eles existem, não para a resolução de nossos problemas!
No entanto, presos aos nossos, ou preocupados em demasia com o lixo atômico, e ainda, em passeatas longas e cansativas contra os casacos de pele, esquecemo-nos dos simples que estão a nossa volta. Mendigos que na calada da noite morrem de fome por falta de uma ajuda mínima, vítima de nossas desconfianças... Crianças ao nosso lado caem no lixo da esperança sem auxilio, nem mesmo racional, pela mesma desconfiança, que gera mais e mais marginalizados. Às vezes, nosso vizinho, na busca pelo “açúcar” nosso de cada dia que transborda em nossa prateleira, na realidade, quer uma atenção, um sorriso, um abraço... Algo tão distante, para ele, quanto a lua da terra.
Mas nossos problemas, vendas eternas, nos dirão ao contrário. Dirão que devemos fechar as portas da vida e ficarmos presos em nossa casa, sem abri-la (nem mesmo nossos corações), com cadeados fortes, correntes idem, convictos de estamos certos, pois “o mundo está triste e não temos que confiar em ninguém”...
A evolução humana depende de fatores que, como cálices, estão ao nosso lado, ou melhor, em nós. A fim de tomar esse cálice e levantar na busca da resolução dos grandes problemas e necessário entender que ele – o cálice, -- encontra-se em nós como a maior ferramenta de todas, na resolução dos pequenos e simples conflitos.
Não sejamos tais quais crentes ou qualquer xiita maluco que quer o céu esquecendo o próximo, ou o levando para um céu imaginário. Primeiro, enxergar o mal em nós, depois enxergá-lo no próximo como uma natureza diferente, porém que também está (ou pode estar) em nós... Assim, pequenas evolução serão feitas, sempre em nosso nível, de acordo com nossa natureza.
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