Haverá um dia em que permaneceremos calados frente a esse grande espelho que nos mostra, o mundo em que vivemos. Atrocidades de todos os níveis relatam a decrepitude humana em níveis a cada dia mais dantescos. Tentar entender o porquê desse rio de sangue que corre em nossos pés, o qual tão vermelho quanto o que em nossas veias corre, é tentar entender uma natureza que não fomos dotados para entender. Mesmo assim, em palavras soltas, em teorias inacabáveis, nos estruturamos, mas, do pior, que sobrevoa a planície de nossas cabeças, não temos mais a rédea, nem mesmo sabemos mais o que é isso.
Nos tornamos vitimas de nós mesmos, e ao mesmo tempo monstros de uma época que nos parece mais um labirinto maior e mais complexo do que aquele que nos fez encontrar a nós mesmos no passado. Nos perdemos novamente. Não temos mais a chave das portas da espiritualidade, aquela que um dia nos tornou humanos, que um dia nos evolucionou acima dos animais... Hoje, não se sabe quem é quem.
Não se sabe se, com o advento do jornal e dos meios céleres de comunicação, ficamos mais perto de realidades do que no passado. Mas o passado – que passado? – nos trouxe somente a bem aventurança, o bem, o bom?... Não sabemos. Simplesmente não se sabe quando começou tudo. Tudo, na verdade, está se indo como um lodo no Tietê, que sai de suas vias sujas e mergulha nas águas imundas de um rio que parece a própria humanidade.
Muitas coisas se parecem conosco, e infelizmente somente aquilo que sempre descartamos: o mal, o hediondo, o frio, o vil... Nada mais. E o rio se vai a quilômetros, como o vento que vai e vem em nome do que lhe apraz, assim como nossas brisas que se foram.
A vontade do homem, hoje, talvez seja fugir de si mesmo, ir à lua – ou a Júpiter – e ficar por lá, com intenções de nunca mais voltar e nunca ter que encarar sua própria face no grande espelho.
Em resposta, gostaria de ficar em silêncio. Chorar baixinho e reviver, no que resta de minha alma, o que fizemos em outrora pela humanidade que nos clama no presente. Sorrir pelo que fizemos, de pouco, contudo o bastante para morrermos com um pouco de dignidade, sem ter medo de olhar para cima, olhar para o céu, olhar aquela ave, que um dia nos simbolizou o espírito ao lado dos deuses; olhar as árvores, que resistiram às intempéries, tal qual nós, humanos, um dia também o fizemos, com labor e amor. Amor, que palavra é essa? Qual finalidade? Também se foi no grande rio, presa à paz, à vida, à virtude...
Quero continuar olhando, agora, para dentro de mim, como se o fosse para dentro de todos os humanos, e orar, pedindo perdão a tudo que fizemos e reconhecer nossos erros – tão grandes que nos daria bilhões de anos encarcerados; mas não há cadeia pior do que a nossa consciência, presa ao erro, essa algema maior que nossas ambições. A consciência, presente dos deuses, ainda flutua sem correr naquelas águas verminosas do rio incessante.
Tínhamos um tesouro e dele nos restou apenas a lata com a qual trocamos por ele. Nossas mentes racionais, intelectualmente formidáveis – sem o mínimo de espírito --, nos trouxe a dor eterna de olhar para nós mesmos e jamais entender o porquê fizemos isso com o mundo. Este, em reação por nosso “carinho”, deu-nos a destruição, o fim de tudo que era belo.
Nos tornamos vitimas de nós mesmos, e ao mesmo tempo monstros de uma época que nos parece mais um labirinto maior e mais complexo do que aquele que nos fez encontrar a nós mesmos no passado. Nos perdemos novamente. Não temos mais a chave das portas da espiritualidade, aquela que um dia nos tornou humanos, que um dia nos evolucionou acima dos animais... Hoje, não se sabe quem é quem.
Não se sabe se, com o advento do jornal e dos meios céleres de comunicação, ficamos mais perto de realidades do que no passado. Mas o passado – que passado? – nos trouxe somente a bem aventurança, o bem, o bom?... Não sabemos. Simplesmente não se sabe quando começou tudo. Tudo, na verdade, está se indo como um lodo no Tietê, que sai de suas vias sujas e mergulha nas águas imundas de um rio que parece a própria humanidade.
Muitas coisas se parecem conosco, e infelizmente somente aquilo que sempre descartamos: o mal, o hediondo, o frio, o vil... Nada mais. E o rio se vai a quilômetros, como o vento que vai e vem em nome do que lhe apraz, assim como nossas brisas que se foram.
A vontade do homem, hoje, talvez seja fugir de si mesmo, ir à lua – ou a Júpiter – e ficar por lá, com intenções de nunca mais voltar e nunca ter que encarar sua própria face no grande espelho.
Em resposta, gostaria de ficar em silêncio. Chorar baixinho e reviver, no que resta de minha alma, o que fizemos em outrora pela humanidade que nos clama no presente. Sorrir pelo que fizemos, de pouco, contudo o bastante para morrermos com um pouco de dignidade, sem ter medo de olhar para cima, olhar para o céu, olhar aquela ave, que um dia nos simbolizou o espírito ao lado dos deuses; olhar as árvores, que resistiram às intempéries, tal qual nós, humanos, um dia também o fizemos, com labor e amor. Amor, que palavra é essa? Qual finalidade? Também se foi no grande rio, presa à paz, à vida, à virtude...
Quero continuar olhando, agora, para dentro de mim, como se o fosse para dentro de todos os humanos, e orar, pedindo perdão a tudo que fizemos e reconhecer nossos erros – tão grandes que nos daria bilhões de anos encarcerados; mas não há cadeia pior do que a nossa consciência, presa ao erro, essa algema maior que nossas ambições. A consciência, presente dos deuses, ainda flutua sem correr naquelas águas verminosas do rio incessante.
Tínhamos um tesouro e dele nos restou apenas a lata com a qual trocamos por ele. Nossas mentes racionais, intelectualmente formidáveis – sem o mínimo de espírito --, nos trouxe a dor eterna de olhar para nós mesmos e jamais entender o porquê fizemos isso com o mundo. Este, em reação por nosso “carinho”, deu-nos a destruição, o fim de tudo que era belo.
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