Hoje, com ressalva a várias entidades, que procuram nortear o individuo a confrontar a si mesmo e seus problemas, de maneira a saná-los humanamente, muitas delas procuram fugir deles. É como se um cachorro quisesse largar seus pêlos se sacudindo todo! Não há como deles fugir. Os mitos nos dizem isso.
Em nosso meio, em nosso nível, mundo – sociedade, grupo, espaço... – o sonho do homem comum nada mais é que tentar se livrar dos problemas em que se encontra e ficar livre deles para sempre. Não há como. Então, dentro do que lhe foi demonstrado, muitos tentam – e conseguem – lidar com eles (problemas) de maneira mais leve, outros, de forma pesada; e há aqueles cuja preocupação é apenas um meio que lhe atrasa na resolução daqueles. Por quê?
Em vez de trabalharmos para a resolução de seus (nossos) problemas, ficamos parados – estáticos, como postes, o que evidencia uma cultura que espera cair do céu a resposta de tudo. Aí é que nos vêm as entidades que impendem de o individuo tratar de forma intuitiva e prática seus dissabores, tornando-se – pelo menos cinqüenta por cento das vezes – tão responsáveis pelos suicídios, pobreza, enriquecimento ilícito... quanto o próprio homem que vê a si mesmo como um grande injustiçado por haver um Deus que ajuda uns e não outros como culpados, ou seja, ele.
Nenhum deus ou demônio são culpados de nossas irrealizações. O quesito humano já é o bastante, mas não explica tudo. Até mesmo os animais têm seus problemas. Muitos nascem com deficiência, assim como homens, mulheres... Há plantas que nascem em ambientes não propícios em sua evolução... Então, por que apenas humanos não compreendem, ou não aceitam, o fato de haver problemas em sua vida? Claro que os animais e plantas não nos podem reclamar, mas são tão fáticos quanto os humanos quando podem “dizer” algo... Sentimos pena. Mas, dependendo do animal, o sacrificamos... Pois não atendem nossos interesses...
Isso me faz remeter essa história toda à época das guerras gregas, quando espartanos eliminavam aqueles que nasciam com problemas físicos. Razão: a necessidade de a própria guerra ter homens fortes a fim de vencer seus inimigos. Sem pena alguma. A mentalidade era outra... A credibilidade no espiritual era tão forte, que nossos físicos nada mais eram que veículos naturais de guerra – por isso, a morte prematura de indivíduos que nasciam com defeitos físicos.
O que me remete a algo triste que acontecera na Segunda Grande Guerra, na qual ditadores com finalidades hediondas – como Hitlher, Mussoline, também tinham essa mesma filosofia (se é que podemos chamar de filosofia...!) de assassinar prematuramente não só pessoas do próprio país, mas principalmente do inimigo. Diferente de uma nação no passado que o fizera por ideais maiores, melhores, o quais se reavivam em forma de beleza em nações européias do presente.
O Perigo do Excesso
Com uma cultura voltada à simplicidade ao extremo, somos circulados por uma atmosfera de bondade, fé e humanidade. No entanto, tínhamos a mesma atmosfera no passado, talvez até mais forte que a primeira, todavia, sem perdermos a vontade de guerrear, de confrontar, ir atrás do inimigo, matá-lo... Toda essa experiência tradicional caiu por terra, “graças a” especialistas em manipular povos, que agiram em desconformidade com o que fomos no passado – guerreiros, heróis, filhos divinos, deuses... – e nos colocaram em templos a pedir perdão pelos erros, pelos problemas em excesso, e nos fizeram pedir a Deus a resolução dos nossos problemas sem levantarmos um braço ou uma perna para tanto.
Dizem que na Índia colonizada pelos ingleses havia silkis e os próprios indianos, filhos de uma tradição bela, forte, sábia e guerreira, havia um ser humano maravilhoso, mas com ideias cristãs de não violência, que apareceu por lá. Depois de demonstrar a não violência como arma frente aos problemas do povo em questão (a colonização), Gandhi, a grande Alma, como era conhecido, tornou-se o elo maior entre o povo e os ingleses. Esse últimos, advindos de uma cultura de guerra, luta, destruição, sem pena em suas veias, não aceitavam o fato de um homem – apenas ele – iniciar um movimento em que a luta pela independência de um pais poderia ser feita sem armas. Sem muito pensar, os ingleses matavam, enterravam, e não cediam a colônia.
Contudo, a mídia, criada para relatar tudo de maneira penosa, dizia que os ingleses eram o mal e Gandhi, o bem. Assim, na expectativa de que os ingleses largassem a Índia, Gandhi, sábio, levou milhões de indianos com ele em movimentos estáticos frente a batalhões de guerra, sem um revolver sequer. A grande Alma venceu.
Sim. Contudo, mesmo depois de anos e anos de independência, a Índia atual nada mais é que a lama em forma de pessoas paradas, pobres, sem um mínimo da grandiosidade do passado, ainda que ali existam elementos que um dia foram compreendidos pelos sábios do passado – como os deuses que ali figuram.
Volto no próximo texto...
Em nosso meio, em nosso nível, mundo – sociedade, grupo, espaço... – o sonho do homem comum nada mais é que tentar se livrar dos problemas em que se encontra e ficar livre deles para sempre. Não há como. Então, dentro do que lhe foi demonstrado, muitos tentam – e conseguem – lidar com eles (problemas) de maneira mais leve, outros, de forma pesada; e há aqueles cuja preocupação é apenas um meio que lhe atrasa na resolução daqueles. Por quê?
Em vez de trabalharmos para a resolução de seus (nossos) problemas, ficamos parados – estáticos, como postes, o que evidencia uma cultura que espera cair do céu a resposta de tudo. Aí é que nos vêm as entidades que impendem de o individuo tratar de forma intuitiva e prática seus dissabores, tornando-se – pelo menos cinqüenta por cento das vezes – tão responsáveis pelos suicídios, pobreza, enriquecimento ilícito... quanto o próprio homem que vê a si mesmo como um grande injustiçado por haver um Deus que ajuda uns e não outros como culpados, ou seja, ele.
Nenhum deus ou demônio são culpados de nossas irrealizações. O quesito humano já é o bastante, mas não explica tudo. Até mesmo os animais têm seus problemas. Muitos nascem com deficiência, assim como homens, mulheres... Há plantas que nascem em ambientes não propícios em sua evolução... Então, por que apenas humanos não compreendem, ou não aceitam, o fato de haver problemas em sua vida? Claro que os animais e plantas não nos podem reclamar, mas são tão fáticos quanto os humanos quando podem “dizer” algo... Sentimos pena. Mas, dependendo do animal, o sacrificamos... Pois não atendem nossos interesses...
Isso me faz remeter essa história toda à época das guerras gregas, quando espartanos eliminavam aqueles que nasciam com problemas físicos. Razão: a necessidade de a própria guerra ter homens fortes a fim de vencer seus inimigos. Sem pena alguma. A mentalidade era outra... A credibilidade no espiritual era tão forte, que nossos físicos nada mais eram que veículos naturais de guerra – por isso, a morte prematura de indivíduos que nasciam com defeitos físicos.
O que me remete a algo triste que acontecera na Segunda Grande Guerra, na qual ditadores com finalidades hediondas – como Hitlher, Mussoline, também tinham essa mesma filosofia (se é que podemos chamar de filosofia...!) de assassinar prematuramente não só pessoas do próprio país, mas principalmente do inimigo. Diferente de uma nação no passado que o fizera por ideais maiores, melhores, o quais se reavivam em forma de beleza em nações européias do presente.
O Perigo do Excesso
Com uma cultura voltada à simplicidade ao extremo, somos circulados por uma atmosfera de bondade, fé e humanidade. No entanto, tínhamos a mesma atmosfera no passado, talvez até mais forte que a primeira, todavia, sem perdermos a vontade de guerrear, de confrontar, ir atrás do inimigo, matá-lo... Toda essa experiência tradicional caiu por terra, “graças a” especialistas em manipular povos, que agiram em desconformidade com o que fomos no passado – guerreiros, heróis, filhos divinos, deuses... – e nos colocaram em templos a pedir perdão pelos erros, pelos problemas em excesso, e nos fizeram pedir a Deus a resolução dos nossos problemas sem levantarmos um braço ou uma perna para tanto.
Dizem que na Índia colonizada pelos ingleses havia silkis e os próprios indianos, filhos de uma tradição bela, forte, sábia e guerreira, havia um ser humano maravilhoso, mas com ideias cristãs de não violência, que apareceu por lá. Depois de demonstrar a não violência como arma frente aos problemas do povo em questão (a colonização), Gandhi, a grande Alma, como era conhecido, tornou-se o elo maior entre o povo e os ingleses. Esse últimos, advindos de uma cultura de guerra, luta, destruição, sem pena em suas veias, não aceitavam o fato de um homem – apenas ele – iniciar um movimento em que a luta pela independência de um pais poderia ser feita sem armas. Sem muito pensar, os ingleses matavam, enterravam, e não cediam a colônia.
Contudo, a mídia, criada para relatar tudo de maneira penosa, dizia que os ingleses eram o mal e Gandhi, o bem. Assim, na expectativa de que os ingleses largassem a Índia, Gandhi, sábio, levou milhões de indianos com ele em movimentos estáticos frente a batalhões de guerra, sem um revolver sequer. A grande Alma venceu.
Sim. Contudo, mesmo depois de anos e anos de independência, a Índia atual nada mais é que a lama em forma de pessoas paradas, pobres, sem um mínimo da grandiosidade do passado, ainda que ali existam elementos que um dia foram compreendidos pelos sábios do passado – como os deuses que ali figuram.
Volto no próximo texto...
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