É um sentimento bem privativo, cheio de segredo.
Se eu disser “Te Amo”, acho que a magia vai terminar...
E Tenho medo disso.
Levanto, vou ao espelho, olho para ti dormindo...
Sussurro ao teu ouvido com a esperança de que me ouves,
Mas não...
O “Te Amo” saiu fraco. Quase inaudível...
Volto e meia, corro para a cama, sorrio
Tal qual criança infernal que faz peraltices,
E corro para debaixo das cobertas...
Ah, como eu Te Amo!
Depois de anos juntos,
Jurando “separação”,
Estamos mais juntos, mais presos,
Mais amantes, como dois adolescentes crescidos...
Acho que não vou dizer-lhe “Te Amo”.
Ficarei preso à sua imagem bela
De bela adormecida, e eu, o rei destituído,
Na realidade, sucedido por um príncipe...
Nosso Filho...
Que criança bela, que corre, fala, adormece...
Dança na manhã, corre na tarde, sorri na noite,
Nos embriaga de vida, nos afasta do mundo velho,
Dos pensamentos velhos,
E nos renova, incentiva, fortalece, enriquece...
Por causa de tu, Mamãe, que o amortece nos braços,
E o faz se perder – como eu, um dia – nos teus
Segredos...
Ah, segredos, filhos da imensidão de tua coragem,
Da sua virtude ante os homens.
Ah, mulher-mãe, ah, mãe-menina,
Queria dar-lhe o que não tenho,
Pois o que tenho é apenas um trilho,
Um caminho, uma forma de caminhar,
Uma montanha e dela a subida,
Um céu, e dele as estrelas,
Uma lua, e dela a sua luz...
Pois nela eu te encontrei...
Minha querida Esposa, Luciene.
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