... Voltando.
Não há escolhas sem referenciais, ainda que dotadas de um estigma estranho, cruel. Falo de pessoas que preferem comer pedras a um prato de salada; preferem fazer parte de loucuras a viver uma vida regada de simplicidade, de paz; há seres tão estranhos, tão estranhos quanto estes, que preferem ouvir músicas sertanejas a clássicas, mpb... etc. Há escolhas e escolhas, como diria o leigo.
Em nossa visão, a seleção de pensamentos é aleatória, pensamos o que queremos, mas não podemos frear pensamentos, pois são sínteses naturais de nossas vidas diárias, e se movem porque nos movemos, falamos, imaginamos, enfim, bêbados em ladeiras perdem feio em relação às características do que temos em mente...
Mesmo assim, é bom ressaltar que, ainda que sejam pensamentos, incidem em nossas vidas tais quais qualquer coisa concreta que nos atinge o físico. O pensamento atinge nosso corpo, nossa alma, e nos impede de atravessar a canoa em direção ao espírito. É uma conseqüência natural desse “ser” que relampeja em segundos em nossas cabeças.
Dele, então, fica difícil trabalhar as escolhas, a não ser que estejamos passando por momentos únicos, que nos faz trabalhar a mente em prol de alguma solução, ainda que impossível. Se estamos endividados, por exemplo, pensamentos nos enclausuram em prisões, nos tapando a visão do mundo exterior – assim como a morte de um ente próximo.
Não há escolhas? O pensamento, em razão deste questionamento, se confunde conosco mesmos. O que retarda, em um nível, nosso caminho, simplesmente porque não somos o pensamento, e podemos detê-lo, já que ele depende de nossos atos, falas, momentos... de maneira que se torne o que queremos... Então, em relação aos pensamentos, temos escolhas também!
Se sabemos “domar” nossos pensamentos, porque não domar o que chamamos de atos instintivos advindos de nossa personalidade doente? Temos que encarar dessa forma. Nossas escolhas, por referenciais tortos, são na maioria das vezes doentes, cheias de cacos, caso contrário teríamos rios de flores durante a vida, não rios sujos pelos nossos atos inconseqüentes.
Domar nossos instintos, imaginação, pensamentos... Teríamos algum sucesso? É um outro assunto. Mas nossas escolhas são reais, não imaginárias, e caem no terreno concreto, quando viabilizadas por eles – instintos, imaginação... – como cometas em nossos pés. E é disso que corremos diariamente, e disso que temos medo, de nossas decisões frente a nós mesmos, porque sabemos que os efeitos delas nos destroem na maioria das vezes por dentro, como ácidos.
No Racional
O racional, feito pela razão, claro, deveria ter uma direção, e, mais uma vez, vez um grande referencial a adotar. Contudo, no entanto, todavia... nascidos na tradição arcaica de valores sem valor, vagamos dentro de experiências que, colhidas, no limiar da vida, influenciam-nos, assim, nos deixando marcas morais, éticas, dentro de uma relativa cultura, ou melhor, nos fomentando uma cultura, só nossa, significando esta o regar de nossas pequenas plantas internas – religião, políticas; amizades, paixões, -- as quais morrem conosco, ainda que sejam opinosas...
Porque opinosas? Já percebeu que, de tudo que colhemos na vida, ou melhor, escolhemos na vida, vem de alguém? Pois é, no fundo é uma brincadeira – aquela do passa-passa; da tocha; do recado em recado, enfim, uma brincadeira que nos custa a educação. Não há aquele que morre cujas opiniões não tenham nascido dele. Se fosse assim, não seriam opiniões...
Até mesmo Platão, em sua infinita sabedoria, escreveu vários livros baseados em uma tradição maior que ele, a egípcia, a budista... Assim, também Pitágoras, Zoroastro... todos relatam, miticamente, uma forma de opinião regada a uma verdade, a qual se torna, sempre, um princípio, não uma opinião que passa, que morre como vento em dia ruim... A sabedoria é única, e dela são tirados conhecimentos eternos, de uma maneira ou de outra, mas sempre a reconhecemos quando citada em algum verso, poema, texto, livro... A sabedoria não é opinião, mas o que dela tiram, mesmo porque muitos não a compreendem e dela dizem o que quer... Por isso, é bom seguir sempre os filósofos tradicionais. Estes estão bem mais perto do real conhecimento do que os de hoje...
Volto no próximo texto...
Não há escolhas sem referenciais, ainda que dotadas de um estigma estranho, cruel. Falo de pessoas que preferem comer pedras a um prato de salada; preferem fazer parte de loucuras a viver uma vida regada de simplicidade, de paz; há seres tão estranhos, tão estranhos quanto estes, que preferem ouvir músicas sertanejas a clássicas, mpb... etc. Há escolhas e escolhas, como diria o leigo.
Em nossa visão, a seleção de pensamentos é aleatória, pensamos o que queremos, mas não podemos frear pensamentos, pois são sínteses naturais de nossas vidas diárias, e se movem porque nos movemos, falamos, imaginamos, enfim, bêbados em ladeiras perdem feio em relação às características do que temos em mente...
Mesmo assim, é bom ressaltar que, ainda que sejam pensamentos, incidem em nossas vidas tais quais qualquer coisa concreta que nos atinge o físico. O pensamento atinge nosso corpo, nossa alma, e nos impede de atravessar a canoa em direção ao espírito. É uma conseqüência natural desse “ser” que relampeja em segundos em nossas cabeças.
Dele, então, fica difícil trabalhar as escolhas, a não ser que estejamos passando por momentos únicos, que nos faz trabalhar a mente em prol de alguma solução, ainda que impossível. Se estamos endividados, por exemplo, pensamentos nos enclausuram em prisões, nos tapando a visão do mundo exterior – assim como a morte de um ente próximo.
Não há escolhas? O pensamento, em razão deste questionamento, se confunde conosco mesmos. O que retarda, em um nível, nosso caminho, simplesmente porque não somos o pensamento, e podemos detê-lo, já que ele depende de nossos atos, falas, momentos... de maneira que se torne o que queremos... Então, em relação aos pensamentos, temos escolhas também!
Se sabemos “domar” nossos pensamentos, porque não domar o que chamamos de atos instintivos advindos de nossa personalidade doente? Temos que encarar dessa forma. Nossas escolhas, por referenciais tortos, são na maioria das vezes doentes, cheias de cacos, caso contrário teríamos rios de flores durante a vida, não rios sujos pelos nossos atos inconseqüentes.
Domar nossos instintos, imaginação, pensamentos... Teríamos algum sucesso? É um outro assunto. Mas nossas escolhas são reais, não imaginárias, e caem no terreno concreto, quando viabilizadas por eles – instintos, imaginação... – como cometas em nossos pés. E é disso que corremos diariamente, e disso que temos medo, de nossas decisões frente a nós mesmos, porque sabemos que os efeitos delas nos destroem na maioria das vezes por dentro, como ácidos.
No Racional
O racional, feito pela razão, claro, deveria ter uma direção, e, mais uma vez, vez um grande referencial a adotar. Contudo, no entanto, todavia... nascidos na tradição arcaica de valores sem valor, vagamos dentro de experiências que, colhidas, no limiar da vida, influenciam-nos, assim, nos deixando marcas morais, éticas, dentro de uma relativa cultura, ou melhor, nos fomentando uma cultura, só nossa, significando esta o regar de nossas pequenas plantas internas – religião, políticas; amizades, paixões, -- as quais morrem conosco, ainda que sejam opinosas...
Porque opinosas? Já percebeu que, de tudo que colhemos na vida, ou melhor, escolhemos na vida, vem de alguém? Pois é, no fundo é uma brincadeira – aquela do passa-passa; da tocha; do recado em recado, enfim, uma brincadeira que nos custa a educação. Não há aquele que morre cujas opiniões não tenham nascido dele. Se fosse assim, não seriam opiniões...
Até mesmo Platão, em sua infinita sabedoria, escreveu vários livros baseados em uma tradição maior que ele, a egípcia, a budista... Assim, também Pitágoras, Zoroastro... todos relatam, miticamente, uma forma de opinião regada a uma verdade, a qual se torna, sempre, um princípio, não uma opinião que passa, que morre como vento em dia ruim... A sabedoria é única, e dela são tirados conhecimentos eternos, de uma maneira ou de outra, mas sempre a reconhecemos quando citada em algum verso, poema, texto, livro... A sabedoria não é opinião, mas o que dela tiram, mesmo porque muitos não a compreendem e dela dizem o que quer... Por isso, é bom seguir sempre os filósofos tradicionais. Estes estão bem mais perto do real conhecimento do que os de hoje...
Volto no próximo texto...
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