É natural que confundamos paixão com amor. Até mesmo os grandes escritores se revelam traídos pelos dois conceitos – de amor e paixão. São coisas distintas, mas, se depender de nós, humanos românticos, daremos a vida pela paixão em forma de amor, e pelo amor em forma de paixão. Daremos o céu, a terra, o mar... E morreremos no fogo, jurando perdidamente que é o amor...
Voltaire, filósofo francês, nos disse um dia que “as paixões são como ventania que enfurnam as velas dos navios, fazendo-os navegar; outras vezes podem fazê-los naufragar, mas se não fossem elas, não haveria viagens nem aventuras, nem novas descobertas”... Ah, meu querido amigo, como você foi certeiro! Às vezes nos sentimos tais quais a esse navio, tão atolado nas águas do mundo, mas pronto para novas aventuras, em meio a perigo das ondas que nos comem no cotidiano, simplesmente por causa das paixões!
É a força humana canalizada de loucura, ainda mais natural, contudo mais perigosa ainda. É disso que temos medo, de não saber controlar os ímpetos que nos deram quando humanos controlados pela ingenuidade do passado, no qual, como crianças, corríamos atrás dos animais, colhíamos frutas e fazíamos amor (sexo) como e quando quisermos... (éramos mais animais que humanos!), pois vivíamos dos instintos, e deles criávamos nossas conseqüências como se pisássemos num brinquedo que tínhamos colocado no meio da sala...
Como somos crianças ainda! Não aceitamos dizer que somos infantis, como no passado, cheios de instintos selvagens, mas que, agora, mais refinados, cheios de diálogos, carinhos, loucos pelo ato selvagem a que nos deu a vida atual. Mas não queremos gerar vidas, e sim, pular de montanhas, subir nelas sem proteção, correr em direção ao nada, e chegando lá, sorrir e voltar... Queremos ter vida, apenas por ter, sem nos afiliarmos a conceitos, e se houver, que sejam nossos... “Paixão é amor, cacete! E eu te amo, caramba!” – assim, na lata, sem meros detalhes culturais, sutis, agradáveis, pelos quais se podem perder a linha que eu adotei... A linha da minha vida.
E o amor, que ser imenso é esse, que se propaga nas veias das mães como formigas em tempo de feira? Que sentimento é esse que me veio atrapalhar em meus conceitos agora, sem eira nem beira? Não importa se é um deus, mas que age em mim como um demônio quente, que me atormenta e me faz forte a deslocar a luz do sol para fora do mundo... Esse, eu não sei qual o fim. Apenas me inicia em um racionalismo quase que espiritual – ah, estou amando! – é o máximo que posso chegar e dizer...
Ufa!
Paixão e amor não são caras de uma mesma moeda, mas um deus dentro de outro. O primeiro, frágil. O segundo, eterno. O primeiro, caminha em apenas um direção, com dores e desesperos advindos da alma humana, como uma invenção dos deuses para nos machucar e nos levar em direção oposta ao segundo... O amor, assim como a primeira partícula que apareceu, independe do ser humano, mas este depende daquele para sobreviver em meio a uma selva mentirosa, criada para se perder e se encontrar. Uma selva com frutos de plástico, com animais de cera, com flores e plantas de pano...
Voltaire, filósofo francês, nos disse um dia que “as paixões são como ventania que enfurnam as velas dos navios, fazendo-os navegar; outras vezes podem fazê-los naufragar, mas se não fossem elas, não haveria viagens nem aventuras, nem novas descobertas”... Ah, meu querido amigo, como você foi certeiro! Às vezes nos sentimos tais quais a esse navio, tão atolado nas águas do mundo, mas pronto para novas aventuras, em meio a perigo das ondas que nos comem no cotidiano, simplesmente por causa das paixões!
É a força humana canalizada de loucura, ainda mais natural, contudo mais perigosa ainda. É disso que temos medo, de não saber controlar os ímpetos que nos deram quando humanos controlados pela ingenuidade do passado, no qual, como crianças, corríamos atrás dos animais, colhíamos frutas e fazíamos amor (sexo) como e quando quisermos... (éramos mais animais que humanos!), pois vivíamos dos instintos, e deles criávamos nossas conseqüências como se pisássemos num brinquedo que tínhamos colocado no meio da sala...
Como somos crianças ainda! Não aceitamos dizer que somos infantis, como no passado, cheios de instintos selvagens, mas que, agora, mais refinados, cheios de diálogos, carinhos, loucos pelo ato selvagem a que nos deu a vida atual. Mas não queremos gerar vidas, e sim, pular de montanhas, subir nelas sem proteção, correr em direção ao nada, e chegando lá, sorrir e voltar... Queremos ter vida, apenas por ter, sem nos afiliarmos a conceitos, e se houver, que sejam nossos... “Paixão é amor, cacete! E eu te amo, caramba!” – assim, na lata, sem meros detalhes culturais, sutis, agradáveis, pelos quais se podem perder a linha que eu adotei... A linha da minha vida.
E o amor, que ser imenso é esse, que se propaga nas veias das mães como formigas em tempo de feira? Que sentimento é esse que me veio atrapalhar em meus conceitos agora, sem eira nem beira? Não importa se é um deus, mas que age em mim como um demônio quente, que me atormenta e me faz forte a deslocar a luz do sol para fora do mundo... Esse, eu não sei qual o fim. Apenas me inicia em um racionalismo quase que espiritual – ah, estou amando! – é o máximo que posso chegar e dizer...
Ufa!
Paixão e amor não são caras de uma mesma moeda, mas um deus dentro de outro. O primeiro, frágil. O segundo, eterno. O primeiro, caminha em apenas um direção, com dores e desesperos advindos da alma humana, como uma invenção dos deuses para nos machucar e nos levar em direção oposta ao segundo... O amor, assim como a primeira partícula que apareceu, independe do ser humano, mas este depende daquele para sobreviver em meio a uma selva mentirosa, criada para se perder e se encontrar. Uma selva com frutos de plástico, com animais de cera, com flores e plantas de pano...
O amor é o sentimento que nos abre os olhos (não nos fecha) à realidade dessa floresta e nos mostra o sol, esse sim, tão real quanto o próprio homem, que anda, corre, vive em nome de muitas paixões, de muitos amores relativos, mas que também compreende esse amor, apenas tem medo de vivenciá-lo na floresta de plástico – assim, conceitua-se com dono da floresta, cria um sol de mentira e morre por ele, sabendo que o real ainda o espera.
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