segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A Beleza da Utopia



A beleza em cada sorriso... Como não acreditar?

Sabe... Eu sempre acredito na grande mãe esperança, como um grande filho que nascera do seu útero. Sim, eu acredito em tudo que não acreditam, pois sou um sonhador. Um exemplo disso é que acredito que nossos olhares estarão, um dia, voltados a uma educação na qual indivíduos possam compartilhar o que há na cultura de seu país, e noutras culturas, amando-a e preservando-a, sem que seja (ou haja) um ato elitista, governamental, capitalista como hoje...

Acredito nos homens que amam a ciência, os quais se aprofundam em nome da humanidade, em busca de curas de doença degenerativas. Acredito na forma humana que como tratam os seres a sua volta; e mais, não me deixo levar pelas aparências daqueles vis e pseudomédicos que maltratam, destratam, e desmancham o caráter humano dentro de evidências nas quais ficamos tristes apenas em escutá-las...

Acredito em governos. Nas suas pretensões; na luta eterna em deixar seus povos mais felizes, ainda que não pareça, pois, ainda que transpareçam evidências em noticiários nos quais prefeitos, governadores, vereadores... presidentes são presos por lesionar patrimônios, erários, além de outras ilegalidades... Sou obrigado a acreditar que há outros cujo caráter justo predomina acima daqueles.

Acredito nas forças de segurança, em sua capacidade de luta, de sua vocação para lidar com o mal que nos torna inseguros ao sairmos de casa, da escola, faculdade, e que às vezes nos impede, até mesmo, de ir a um cinema.. Acredito que saibam identificar o mocinho do bandido, o bom do mau, e que seus corações são realmente banhados de coragem e de amor à profissão.

E quanto às crianças ligadas ao tráfico, não me deixo iludir com o mundo que me diz que não há futuro para elas, não, não me deixo. Sei o quanto há jovens que amam a vida, e sabem distinguir, pela grande educação que recebem, o certo do errado. E que, mais uma vez, devemos investir nesses jovens – que são a maioria – e levá-los a acreditar em seus ideais, aos quais obedecem regras, advindas de leis produzidas por homens de bem.

E quando vejo leis criadas para a proteção da mulher, sinto que o cavalheirismo coletivo pode retornar, semelhante à outrora, o que nos ressalta ainda mais a esperança de que há homens reais que estão por trás de tudo. Sei o quanto senhoras sofreram no passado, mas também sei que sorriem muito mais hoje que ontem, que confiam mais no sexo oposto, que se casam com amor, e que o número de separações diminuiu graças ao verdadeiro amor que fora semeado em suas vidas.

Acredito na recuperação dos presidiários, desses homens que são presos por inúmeros crimes. Acredito que todos eles podem vir a serem homens de bem, e que a sociedade pode dar-lhes crédito, e por sua vez vida digna, emprego, família, sem a qual não há recuperação. Neles eu acredito, pois ficaria fácil acreditar apenas nos bons, assim como apenas acreditar em mim, em meus projetos, desenvolvendo apenas expectativas egoístas!

Acredito na paz mundial ainda que haja forças desiguais, tão dessemelhantes, que nos passa pela mente que o mal vencerá – ou já venceu. Discordo. Há organizações não governamentais (e muitas outras) com intuitos humanos, não capitalistas, em auxiliar outras e mais outras instituições, das quais saem mais seres dispostos a viver e ajudar uns aos outros.

Devo e posso acreditar, ainda, nos países que invadem regimes ditadores com a finalidade de deixar a humanidade mais segura, e ao mesmo tempo mais voltada aos seus filhos, semente de uma grande árvore da qual podemos um dia retirar todo e qualquer alimento, conhecimento e sabedoria.

Não acredito no terrorismo – pois é isso que querem. Não acredito em seus ideais pífios de resguardar seja lá quem for de suas nações, com radicalismos extremos, em nome de seja Alá quem for, pois somos maiores em força, em armas, em organização. Não acredito em seus atos frios, nos quais homens e mulheres de bem pagam pela incompetência da minoria... Pois a maioria, somos nós, seres que atravessam esquinas; vão a escolas, vão a parques, a mercados, a países, e conhecemos culturas belas, sem que tenhamos o famigerado medo do próprio homem. Porque há homens e homens!

A esperança em acreditar, em ter que viver respirando o ar livre de todos os dias sem que tenhamos a grande preocupação em sermos assaltados na esquina ou mesmo no final do mês, no bendito salário... A esperança, aquela senhora sorridente que sai das sondas hospitalares na ultima hora, sobrevive, pois anda entre nós, e nos protege contra qualquer ato que não seja o de humanidade.

Acredito nos valores humanos, que, aos poucos, nos fazem acreditar que seremos mais que homens e mulheres. Seremos (e somos) feitos de partículas divinas, e delas podemos tirar nossos maiores enigmas, ou pelo menos o mais simples, como trabalhar a beleza de ser bom, justo e verdadeiro em nossos pequenos atos, nos esquecendo de que o passado foi nada mais que uma estrela que deu lugar a outra.

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