segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Curvas do Tempo


Perdoe-me pelo poema, caros leitores.

Em curvas linhas de teu corpo,
Em fios de cabelos curtos como um sopro,
Em traços belos dos teus lábios,
Em luas vigentes de teus olhos,

Em frios dedos de teus pés,
Em meras artes de tuas unhas pintadas,
Em brancos sois de teu sorriso tímido,
Em folhas secas de tua alma presa,

Em curtas palavras de amor,
Em práticas e físicas do teu nexo,
A se encontrar quente,
Não meramente aparente com
Meu sexo...

Transborda nua à mercê do vento,
Que corre paredes geladas,
Ao passo aladas,
Como sonhos sem tempo.

Oh dia que me fugira das mãos,
Iludiu-me sorrateiro,
Dizia-se verdadeiro,
feito brazas em vulcão.

Transcendeu-me, depois, o murmúrio calado,
Do homem que te ama,
Que esperou urgentemente e tão somente
Ser amado...
Como um cavalheiro e tua dama.



Reginaldo França


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