"Tudo é sangue, sombras e nuvens" - M. A. |
A solidão de teus beijos em minha boca,
Surrupia o céu mais profundo, de um mundo,
Tão vasto e ao passo imundo,
Na praia de minha alma pouca.
E nesse mundo vadio e cruel,
Ainda que sem teus olhos e trilhos,
Corro em teu corpo imaginário,
Solitário, e frio.
Vou-me em meu rio,
Sobre as ondas do meu passado,
Donos de luas e sois alados,
Apenas eu e meu ser sozinho.
Como o mundo é vasto!,
E o meu, tão perplexo por você!
Surgem sementes de um amor bandido,
De um sonho sem gemidos,
Da falta do meu prazer.
Ah, solitário mundo que me corrói!
Por que destróis esperanças,
Que foram frutos de minhas andanças,
E que morreram em meu quintal?!
Sabei que das dores não podeis tirar nada,
Nem mesmo o som dos cabelos da amada,
Apenas o que me deras entre o bem e o mal!...
Não me deixai, eu vos peço, oh dia que se vai,
Seus ensinamentos, meus momentos,
Não vos esquecerei jamais!...
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