segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O Homem e o Verso do Uno

"somos deuses e disso nos esquecemos"

Muitas nações civilizadas do passado um dia tentaram copiar a forma do universo em suas cidades – assim como Roma, Egito, Grécia – de maneira que o todo fizesse parte de seu dia a dia, não distanciando, assim, o homem de sua natureza. Era uma das formas mais espirituais já constatadas pelos historiadores, que, dentro de suas experiências módicas, foram a fundo e conseguiram entender que o homem clássico sempre seguiu uma filosofia distinta a de hoje.
Sim, pois, nada nos faz crer que o homem atual tenta copiar formas universais com vistas ao respeito a qualquer entidade, a não ser que exista, em algum lugar do mundo, alguma civilização que o faça, mas que ainda não fora descoberta... Como uma sociedade indígena, talvez, que ainda, em sua praticidade diária, sobreviva fazendo orações  ao sol, à chuva, e respeitando à caça aos animais.
Talvez... Mas, no passado, esse período dentro do qual viveram os arianos (Índia), egípcios, maias, incas, ou mesmo persas, não foi apenas uma época na qual o homem tentava copiar seu meio de vida em conjunto com o universo, não. Havia uma filosofia de vida – principalmente entre os seus regentes – a qual sintetizava a tentativa do próprio homem (como um todo) assemelhar-se ao universo, e isso advinha de outras épocas tão passadas quanto.
Muitos falam de Atlanta, outros de dilúvios cristãos, gregos,  nos quais sábios deixavam seus conhecimentos após o término de uma geração, e  destes ainda teriam saído as ideias de manifestações piramidais, as quais, em si, possuíam a ideia de comunhão com o universo. Por isso, réplicas delas em vários países diferentes.
Não se sabe a idade dessas construções, nem mesmo como foram feitas, mas aquele que a levantou sabe da profundidade e da importância em manter tal obra às gerações posteriores, ainda que sob dúvidas irrelevantes acerca delas – quem fez, como fez, com quê, etc.
Sabe-se que nessa época maravilhosa, na qual fomentava um momento reflexivo intenso, o uno e o homem conspiravam a favor de uma evolução em conjunto, pois o “Conhecer a si Mesmo” estava fervendo como larvas vulcânicas. Nessa mesma circunstância, os Vedas, talvez o livro que resguarda seu valor simbólico mesmo depois de muito tempo, foi feito pelos sábios indianos que inspiraram valores da atual Índia. Mas o homem nunca é o mesmo...
E continuava a fluir a filosofia forte em relação ao uno e ao ser humano, agora, em forma de mitos. Tais formas de histórias que possuem peças humanas, animais, e formas universais, em versos ou legados espirituais, conseguiram poupar o homem simples de sua procura por entender a Deus, pois ali estavam articulações necessárias que o religavam ao todo. Algumas formas de mitos traduziam uma época – como o da Caverna, de Platão – mas muito mais o comportamento humano diante de suas fragilidades, e do próprio universo.
E o mito se tornou peça principal – principalmente na prática diária – no sentido de o homem saber lidar consigo mesmo e com o mundo em que vive, pois no mito as potencialidades criaram vida – antropomorfizaram-se – e se tornaram homens e mulheres semelhantes a nós, mas com poderes de mudar nosso próprio destino. Aqui, muitos filósofos alertaram os escritores para que não fizessem com que as divindades se assemelhassem aos homens, pois, dentro de poucas épocas, entenderiam que os deuses fossem pessoas reais, o que não seria verdade. Os deuses são manifestações, potencialidades naturais, sem as quais nada existia, isso desde o verme que se conhece até a última partícula universal que se quer descobrir...
O mito foi um dos instrumentos necessários em uma época para o autoconhecimento humano. Mas outras ferramentas surgiram e se tornaram tão essenciais quanto ele.

(Falamos nisso mais tarde...)

Um comentário:

  1. se o verso não tem consciência de sua ligação com o Uno, tateia sem rumo e sem saber para onde ir

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