segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Meu projeto, meu ideal.

Projetos e Ideais, forças que somam ao homem.

Eu sempre fui voltado a projetos. Em minha vida, já realizei vários, entre eles casas. Já levantei uma casa para minha irmã, ajudei meu irmão a levantar a dele, realizei o desejo de minha mãe ao levantar a dela... Enfim, eu sempre tive o prazer de realizar sonhos. Agora, graças às minhas plantações de projetos, realizarei o meu: farei a minha casa!

  Lembro-me de quando fazia filosofia na melhor escola do mundo, Nova acrópole, onde o querido professor e mestre, Luis Carlos, que, até hoje, realiza sonhos, disse um dia “um projeto se realiza, mas só o ideal dá glória”, e atento às suas palavras, pude perceber que a realidade delas é tão profunda e verdadeira quanto o tijolo que se ergue em meio a uma obra, qualquer que seja ela.

Percebi que projetos são forças físicas, emocionais, psicológicas em nome de algo concreto, ao passo humano, às vezes tão necessários quanto à própria necessidade de estar vivo – a depender de quem o realiza, o faz. Descobri que projetos mudam pouco o homem, de modo a alimentar o seu ego, e alimentar mais a sua sede de ver, sentir e chorar.

Tais sentimentos, no entanto, podem vir também pelo ideal, mas de forma sutil e espiritual, como se cristos invadissem almas alheias e deixassem uma porção de ação no fundo de nosso ser. Simplesmente porque não se consegue deixar nunca o ideal, ele se é descoberto, nunca realizado. Como se fosse uma grande linha em meio a uma natureza rica se fazendo debaixo de nossos pés, como o melhor dos ladrilhos...

O projeto nos dá alegria, mas o ideal, a plenitude de uma real felicidade, acima de nossas montanhas interiores. O ideal é o sonho dos projetos. E o meu projeto, minha casa, ainda não coincide com o ideal, mas, em minhas possibilidades, posso, tal qual os grande homens, realizá-lo...

Tijolo por tijolo, célula por célula, cimento por cimento, alma por alma.. elementos que se unem na consecução de um projeto que tem por objetivo não apenas a realização por si mesma, mas a mudança interna do ser humano. Uma mudança referenciada em preceitos humanitários, sociais, e harmônicos.

Em minha casa, cada tijolo terá a minha vida, meu amor ao meu filho, à minha esposa; neles resguarda-se-á a fé de minha mãe, que um dia chorou e sentiu nas veias as dificuldades de um filho que ajudara a todos, e que não tivera a oportunidade de sonhar como seus irmãos.

E hoje, após tempos de guerras, batalhas vencidas, inicia-se a beleza da maior de todas as batalhas, a de ser um pouco melhor todos os dias, do primeiro ao último dia da grande da obra, que me trará a maior de todas as vitórias.

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