quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Artur. O Mito que Chama (v)

prisma psicológico












Acabamos de falar um pouco da parte mítica de Artur, o que não nos era idealizado até agora, mas quando falamos dele estamos propensos a mergulhar em um mundo antimatéria, cuja semântica chega perto de um infinito pouco imaginável.


Queremos, todavia, não nos aprofundar nele – nesse agradável mito arturiano – mas entrar na parte psicológica, palpável, imaginável, ao passo também agradável e prática. Nessa parte, podemos partir de princípios visuais, dos quais podemos citar exemplos diários nos quais estamos inseridos, e ao mesmo tempo... cegos.


Voltando a Artur


Quando queremos nos tornar forte, sempre nos baseamos em referenciais fortes, e quando queremos ser bem informados recorremos a professores, e quando sábios, a mestres. O crescimento pode ser em todas as vias, sejam elas internas ou externas. Não adianta, há sempre alguém do nosso lado a emitir opiniões das mais caras, e na maioria das vezes das mais baratas. Mas o mestre trata de nossa espiritualidade!


Já que não temos a espiritualidade, pelo menos como se pede o manual dos sábios (!), forjamos a nossa dentro do nosso meio, trabalhando pontos naturais com nossa ferramenta psicológica, com a qual, mais tarde, podemos ascender, nos elevar e quem sabe compreender um pouco do que somos.


E ao falar de Artur psicologicamente, falamos de um ponto interno, um ponto mais profundo que o self, ou Parsifal, como queiram, o qual fora citado como a parte mais pura do homem, mais madura, simples e ao mesmo tempo forte. Artur é a consciência maior. É o Homem, a realização utópica da Verdade e da Justiça.


Antes, vimos que a natureza resguarda ao individuo uma série de experiências inerentes a ele, das quais ele deve, por obrigação, passar, resolver, sintetizar, realizar, vivenciar... Enfim, crescer, sempre com vistas a ser um Artur, nosso ideal. Ou seja, o rei como sinal de claridade maior na vida humana nada mais é que uma realização maior seja espiritualmente, seja psicologicamente...


E quando falamos nesses termos (psico), é provável que sejamos mais teóricos do que o de costume, pois, em se tratando de aspectos relativos à personalidade, não há uma forma na psicologia que torne a busca perfeita, assim com a espiritual, mesmo porque não há elementos, como o há nos mitos, para sustentar o que pede.

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