Acabamos de falar um pouco da
parte mítica de Artur, o que não nos era idealizado até agora, mas quando
falamos dele estamos propensos a mergulhar em um mundo antimatéria, cuja semântica chega perto de um infinito pouco
imaginável.
Queremos, todavia, não nos
aprofundar nele – nesse agradável mito arturiano
– mas entrar na parte psicológica, palpável, imaginável, ao passo também
agradável e prática. Nessa parte, podemos partir de princípios visuais, dos
quais podemos citar exemplos diários nos quais estamos inseridos, e ao mesmo
tempo... cegos.
Voltando a Artur
Quando queremos nos tornar forte,
sempre nos baseamos em referenciais fortes, e quando queremos ser bem
informados recorremos a professores, e quando sábios, a mestres. O crescimento
pode ser em todas as vias, sejam elas internas ou externas. Não adianta, há
sempre alguém do nosso lado a emitir opiniões das mais caras, e na maioria das
vezes das mais baratas. Mas o mestre trata de nossa espiritualidade!
Já que não temos a
espiritualidade, pelo menos como se pede o manual dos sábios (!), forjamos a
nossa dentro do nosso meio, trabalhando pontos naturais com nossa ferramenta
psicológica, com a qual, mais tarde, podemos ascender, nos elevar e quem sabe
compreender um pouco do que somos.
E ao falar de Artur psicologicamente,
falamos de um ponto interno, um ponto mais profundo que o self, ou Parsifal,
como queiram, o qual fora citado como a parte mais pura do homem, mais madura,
simples e ao mesmo tempo forte. Artur é a consciência maior. É o Homem, a
realização utópica da Verdade e da Justiça.
Antes, vimos que a natureza resguarda
ao individuo uma série de experiências inerentes a ele, das quais ele deve, por
obrigação, passar, resolver, sintetizar, realizar, vivenciar... Enfim, crescer,
sempre com vistas a ser um Artur, nosso ideal. Ou seja, o rei como sinal de
claridade maior na vida humana nada mais é que uma realização maior seja
espiritualmente, seja psicologicamente...
E quando falamos nesses termos
(psico), é provável que sejamos mais teóricos do que o de costume, pois, em se
tratando de aspectos relativos à personalidade, não há uma forma na psicologia
que torne a busca perfeita, assim com a espiritual, mesmo porque não há
elementos, como o há nos mitos, para sustentar o que pede.
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