máscaras gregas: nossa personalidade.
Vamos deixar de falar sobre os
mitos um pouco, e partir para algo mais familiar. Vamos discorrer acerca de
nossa persona, máscara, a qual
possuímos como se ela fôssemos, ou melhor, como se nada pudesse dela nos
separar. E não podemos há de convir. Pois embebido de seus dissabores, de suas
dores e desalentos, morremos e vivemos a cada instante em nome desse fantasma
concreto que nos aprisiona, nos tortura e nos ilude ao que vemos e ouvimos,
simplesmente por que somos seus escravos, até a morte.
Falar da personalidade é recorrer
ao nosso meio, a nossas ações, às nossas opiniões, aos nossos atos. Mas também
é recorrer aos nossos objetivos, ideais, mesmo porque ela, a persona, nada mais
é que uma grande ponte que nos separa da sabedoria, nos deixando, na maioria das
vezes, na escuridão da ignorância.
É por isso que, no início, quando
falei do monstro, falava desse ser oculto e ao mesmo tempo tão opaco quanto à
noite, o qual nos revela seus planos de destruição sem que possamos fazer algo
para evitar... Se não tivermos as ferramentas para tanto, claro. Enfim... O que
é a personalidade?
Vulgarmente, ou popularmente, Personalidade é o conjunto de características psicológicas
que determinam os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e
social de alguém*, quer dizer, dentro do âmbito psicológico da questão, podemos
dizer que a persona nada mais é do que aquilo que nos define, para o mal ou
para o bem...
Contudo, em estudos a partir de filósofos clássicos, como Platão, Plotino,
Pitágoras, podemos repensar esse conceito. Todos eles tinham em vista um ser
que se apoderara de nós em nascimento, até o desprendimento pos-morten. Tal
ser já estaria com características próprias com fins de amadurecimento, com
vistas ao que jaz em nosso mais intimo ser.
A personalidade, dessa forma, já teria, ao contrário do que pensam os
psicólogos, uma missão, a de encontrar o livre arbítrio, e dentro dele a linha
imaginária que separa o bem do mal. Delineando melhor... A persona seria o
acúmulo de causas e consequências que somamos e dela vivemos, da forma mais
prática possível.
Continua...
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