O oceano dentro do pingo
Um mergulho no pingo |
Vamos “baixar a bola”, como diz
no ditado popular, significando “vamos por os pés no chão; ser mais humildes”...
e impedir que nosso assunto se resvala pelo ralo...
A personalidade pode ser
entendida na prática como aquela que nos sintoniza com os mundos físico,
astral, intuitivo, intelectual, psicológico, enfim, até mesmo com o espiritual,
ou seja, é ela que se faz de ponte entre tais subcorpos, que, percebidos por
uma dor, por uma atenção, percepção ou mesmo uma ligação entre todos esses
subcorpos e um elemento mais sutil, se revela útil ao homem.
Na maioria das vezes, no entanto,
para dizer a verdade, noventa e nove, vírgula nove, por cento das vezes,
sintonizamos o papel da personalidade sem saber, o que nos torna mais volúvel a
ela e ao que pode nos fazer. Quando eu digo “pode-nos fazer”, estou falando de
dentro dela, mas com um foco mais centralizado, ou melhor, ilustrando, estou
dentro do grande monstro, mas observando a saída pela sua boca.
A intenção daquele que conhece a
persona nada mais é que sobreviver a ela, não matá-la, como pede uma
ocultista... (“mate a personalidade!”), não é isso, mesmo porque teríamos que reencarnar
milhares de vezes para fazê-lo, o que demandaria uma reeducação em nossos
princípios... Por isso, nossa maneira de sanar nossas configurações humanas não
é eliminando o monstro, mas domando-o...
Sei que muitos ocultistas são
contra tal premissa, pois sabem que a personalidade engana e destrói, porém há
filósofos tradicionais que nos ensinam a lidar com ela, pois sabem que, sem
ela, não há ponte, não há caminho, nada. E desde o primeiro livro de filosofia
até o mais atual, pretende-se domar tal monstro, seja por meio de pequenos argumentos
ou grandes, que nos elevam, transformam e nos fazem identificar com ela. Sabem
eles que o pingo está no oceano, mas o oceano também está no pingo!
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