Há muito o que dizer da personalidade, essa selva escura
ainda que o sol lhe bata pela manhã. Não vamos, no entanto, sobreviver das
amarguras que ela nos proporciona, mesmo porque, como já disse, pode ser um mal
necessário, ou mesmo a nossa malvada favorita, a qual nos ensina a lidar com
ela própria, sem que possamos fugir para respirar de sua atmosfera.
E quando falo em atmosfera, olho para o céu, não metafórico,
mas esse céu rico de estrelas dengosas, que vivem sendo elogiadas quando a
noite cai. Não tem como ser diferente, são estrelas, e digo o mesmo quando nos
referimos à nossa persona – é assim mesmo, não tem como ser de outro modo.
Forte, firme em suas convicções – a de confundir os homens – embriagada de
risos, semelhante aos dos vilões, os quais esperam que o mocinho apareça só
para dizer.. “Era você quem eu esperava!”...
Essa é a persona, um vilão, ou melhor, uma vilã quando
percebida, uma mocinha quando domada, um dragão quando aborrecido, ou quando
descobertas suas entranhas malditas. Um monstro quando seus mistérios se
revelam a céu aberto, com pretensões humanas em realizar algo.
Não por isso, deixaremos de ventilar um pouco acerca de sua
natureza, que, como dimensões se adentram nesse veículo etérico do homem,
também se adentram em vários sistemas de nosso universo, ou melhor dizendo,
revelando em qualquer ser o seu modo de ser, de estar.
No universo, não sabemos, mas opinamos, baseados na tradição,
que há elementos não somente etéricos – o corpo do planeta, das estrelas, dos
astros em geral, mas a parte emocional, intuitiva, astral... intelectual – principalmente
essa última – como pontos relevantes nos átomos formadores do cosmos. Não tem
como negar.
No homem, a parte emocional se revela como a parte
responsável por captar as coisas mais simples, reais e belas, como tudo que nos
faz bem. A intuitiva, de uma natureza dimensional que capta a razão do Uno, e
isso é muito mais forte nas mulheres. A inteligência, mais nos homens,
singulariza uma característica quase terrena por perceber fatores mais sintéticos,
como planejamento, organização, informação, enfim, a inteligência, por mais
incrível que pareça, tem a possibilidade de errar na frente da intuição.
Há um fator, no entanto, que deixemos esse parágrafo
solitário somente para falar dela.. da Vontade. Essa lanterna que clareia as
ambições e as torna objetivos, os quais, clareados por ela, se transformam ideais...
E estes, em caminhos que integram o homem dentro de uma realidade natural não
criada, ou seja, uma realidade que se sobrepõe aos quesitos anteriores.
O homem, em si, possui todos os elementos universais. Do mais
ínfimo átomo, ao mais complexo dele – e isso fisicamente. Possui, também, o
mais interno, invisível, indivisível átomo ao qual se referia Demócrito
(filósofo grego). Falava o mestre acerca de outro tipo de átomo... Aquele que
se resguarda no íntimo do universo, que
o faz andar, trabalhar, antes do aparecimento do átomo físico...
É o mesmo átomo grandioso, a que se referia os grandes
filósofos quando falavam do inicio do universo, ou seja, poderiam falar até
mesmo dos deuses... Estes aos quais “perambulam” na terra, no ar, na água, no
fogo, de modo a seguir, em sincronia, a toda forma de harmonia do todo.
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