Dois dias depois do texto a respeito do nosso querido
cientista alemão Albert Einstein, quer dizer, acerca da Teoria da Relatividade,
ou melhor dizendo, da relatividade das teorias, foi revelado, por meio de
outros colegas cientistas, após cem anos, que o linguarudo estava certo: as
ondas gravitacionais, a que se referia Einstein em 1915, por meio de sua Teoria
Geral da Relatividade, realmente existem!
Para nós, meros pés no chão, e quando eu digo “pés no chão”
não refiro a realistas, mas simplesmente a pobres que não largam suas raízes e,
com o pouco que têm, e que buscam mais formas de realizar seus sonhos sem olhar
para o espaço. O único espaço, talvez, que nos interessa seja o pequeno, no
qual moramos, cuidamos, nos educamos e reverenciamos como palácios.
Contudo... Não deixamos de levar em consideração uma
descoberta que para a comunidade científica (comunidade na qual, para nós,
somente há homens-aliens!) foi a janela que faltava para entender mais sobre o
espaço-tempo, matéria-energia, os quais, mais do que nunca, estão deixando de
ser teoria para ser práticos.
Como falamos anteriormente, a relatividade trata de um
assunto que, nas entrelinhas, algumas pessoas não gostam nem mesmo de citar em
conversas, e quando o fazem, é por meio de brincadeiras fugidias das quais se
pode entender que, mais uma vez nas entrelinhas, que o medo existe em torno da
questão. Falo da velhice.
Lembra-se da nave a mais de 1,7 bilhão de quilômetros por
hora no espaço, a atravessar buracos negros, os quais sugam qualquer matéria ou
mesmo energia sem parar, e que, na tentativa de passar por perto de suas ondas
(agora sim!), o tempo recua graças à gravidade, alterando o tempo. Se passamos
por ele, décadas podem ser percebidas em horas. Ou seja, o astronauta não
sente, mas a nave está quase parada; mas para nós, na terra, não. Os anos são
constantes.
A relatividade se faz se colocamos na balança as duas
situações – terra e espaço --, e nesse confronto, percebemos que envelhecemos
mais rápido que o astronauta. Em filmes, como eu disse, os diretores brincam
demais com isso, fazendo com que a possibilidade de “visitas” à terra, em
espaços de tempo, pelos viajantes do espaço, seja de possibilidades reais.
Sabemos que não. E isso já foi comprovado. Não há como
viajar no tempo. Fica-nos, ainda que teimosamente, a intrínseca forma com que
essa teoria mexe com nossos brios, simplesmente porque fala em idade, velhice,
tempo... e tais seres invisíveis não nos deixam dormir. Esse mal, com certeza,
levará tempo para ser sanado de nossas mentes, de nossa alma.
Falo da velhice...
Assim como muitos, esse assunto me intriga e me faz rever
conceitos dos quais eu não queria. Mas, graças às direções para quais vamos,
quando envelhecemos, ou ficamos mais sábios (ou burros!), salientamos desejos
de descobrir o que somos, para onde vamos e por quê. Desejos estes que se
aviltam quando sentados estamos no sofá, deitados sem fazer nada, escutando uma
música, ou se lamentando pelo que não fez, em paralelo ao que quer fazer, ou
poderia ser feito... Enfim, valha-me dizer que estamos presos (ou preso) no
tempo e no espaço em busca de soluções para esse imbróglio psicológico.
Não chega a ser tão profundo assim, mas intriga pelo fato da
incompreensão humana ante ao fato de ver, ante seus olhos, suas células epiteliais
e neurológicas atrofiarem, ao ponte de nos fazer espectadores temerários quanto
à vida que temos. Porém, há os corajosos, que, ante a cortina do teatro humano,
faz questão de dizer que não teme, e sorri, e caminha e dá aula sobre o
assunto, até que seus olhos titubeiam frente a um espelho que mostra a
realidade de sua persona medrosa com seu corpo, que morre aos poucos, e desmaia...!
Parece um filme de terror, quando dito assim, mas sabemos
que, por mais que fugimos de nossos destinos, sejam eles mortais ou não, mais
nos aproximamos dele. Então, se não há metodologia para o confronto consigo
mesmo, quando se deparado com aquele outro ser que morre de medo no escuro,
pode levantar a cabeça.. pois estamos indo pelo ralo, estamos morrendo.
Estamos indo, mas, no meio da ponte, essa grande ponte na
qual crescemos, nos tornamos jovens, adultos, sábios ou não, idosos, se der
tempo, e morremos. Assim como Júlio César, Cristo; assim como o grande Marcus Aurelius,
que um dia disse “Se os grandes do passado, melhores do que eu morreram, por
que eu iria ser diferente?”... Essa, no entanto, é uma realidade que nos tempos
modernos é difícil de encarar, porque o que se vê são pessoas que se enriquecem
a moldar seus rostos, seus corpos, tudo em função de uma imortalidade física
que não existe...
Por isso, eu fico com os gregos.
Até o próximo texto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário