Sei que muitos já passaram por
isso ou muitos estão passando, mas é sempre bom expor certos assuntos
necessários à alma humana, simplesmente porque elucidam questões que nos deixam
presos por seus significados ou porque somos passiveis de recebê-lo porque
somos o que somos.
Entre tais assuntos, gostaria de
expor a prisão na qual nos sentimos presos, diariamente ou não; uma prisão da
qual só saímos com a mente, e se sairmos sem o confronto natural é provável que
volte como uma avalanche que dera uma volta em cento e oitenta graus e passe
por cima de nós.
Sentimo-nos presos em redomas
criadas por nós mesmos. Onde quer que estejamos, estaremos presos. Libertar-se
dessas redomas é tentar entender nossas mentes, que vagam entre o céu e o
inferno, como Hermes, que adentrara nesses dois mundos a passeio. Esse é a nossa
mente...
Ao seguir modas, opiniões
repetidas, radicalismos inúteis, ficamos presos em tentativas vãs de
resolvê-los, sem quaisquer referenciais que possa elevar a mente, ou qualquer
conhecimento que se transforme em ideal. Assim a mente, presa, enraizada em seus
problemas que criou, se torna uma redoma.
Nesse quesito, percebemos que,
quando nos referimos à mente, acreditamos em cérebro, essa massa física,
responsável pela direção de nosso corpo biológico. Não é assim. Nosso
racionalismo supera o que o cérebro pode suportar; e vai para a alma, detentora
de nossas virtudes, morais, temperanças, mas também de nossos desejos frios, ou
mesmo de nossos mais pobres referenciais.
Antes de manipular nossas almas,
no entanto, sucumbimos às informações, o mal necessário do século, as quais nos
faz perceber que sem elas não somos nada, nem mesmo inteligentes... Não é isso.
Devemos sair dessa opinião. Mesmo porque temos homens que se isolam do mundo e
são tão informados acerca da humanidade quanto nós.
Vamos deixar de acreditar que
tais valores são valores. Os reais valores, nos quais e para os quais devemos
acreditar e ir, são os universais, humanos; estes nos ensinam que devemos viver
em função do amor, da paz, da humanidade, dos reais paraísos internos, não
externos, pois tudo se vai com o tempo – mesmo os mais belos paraísos.
A redoma, entretanto, é difícil
de quebrar. É preciso, com um pequeno martelo metafórico, tentar quebrá-la,
fazer nela rachaduras, e quem sabe, um dia, vê-la se quebrando antes nossos
olhos. Se não fizermos isso, dentro dessa redoma psicológica, ares de tristeza,
de males externos, de enganos, podem-nos contaminar e nos deixar mais presos do
que já somos e estamos.
É atmosfera do mal, que nos
contamina, nos faz tossir e cuspir sangue. Então, deixemos de lado certas modas
que nos atordoam, e nos contaminam. Imagens, pensamentos, falas, diálogos são
provas do que temos em mente, e ninguém, a não ser você mesmo, pode deter.
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