sexta-feira, 10 de junho de 2016

A Ética do Amor: fim.


... De volta ao nosso mundo relativo, cheio de emoções. E quando nos remetemos a esse termo, é possível que nos referirmos a momentos bons e ruins, pois nada melhor do que ser um ser humano nessa hora e reviver, viver e na maioria das vezes sobreviver ao que chamamos de ignorância necessária;

Até mesmo nesse campo, ou melhor, quase sempre nele, como se fôssemos crianças a brincar em um parque cheio de ferrugens, desgastado pelo tempo, mas ao mesmo tempo nos causa impressão -- de longe -- e não deixamos de "brincar", somos portadores dessa enigmática força. É o desejo -- a parte perigosa, pelo menos a tornamos assim -- que nos faz andar, ir atrás de nossos projetos, com vistas a realizá-los, e quando terminados, mais formas de sonhos nos faz viver.

Esse desejo, tão inviolável e pessoal, é humano, para ser bem mais claro, divino. Na mitologia, segundo os sábios que a fizeram, recebemos esse fogo (desejo) de Prometeu, que por sua vez foi sacrificado em nome da humanidade a quem deu a forma mental mais perigosa de todas, o desejo, a vontade, o fogo -- o Kama Manas hindu.

Alma

E quando usamos esse desejo para conquistar, ir ao encontro da outra parte que em algum lugar do planeta se encontra, e que não temos o mínimo talento para saber onde está? Talvez, por isso, batemos muito com nossas cabeças em colunas metafóricas, de modo que, a depender da dor, podemos ou não entender que está perto ou longe de nossas possibilidades, sejam elas em termos práticos ou teóricos...

Não há como. Desde que somos humanos, precisamos da outra parte, e mais, conviver com ela, saber combinar, realizar, transformar, dentro de ideais naturais nos quais duas pessoas se encontram, ainda que estejam longe um do outro -- por algum motivo, razão, necessidade que os faça se afastar. A necessidade básica desse ideal -- estar junto, sanar as obrigações diárias, se propor a criar projetos, realizá-los, e sempre embasados nas determinações que a união pede, é critério primeiro...

Sabemos, contudo, principalmente depois de milhões de anos, correndo em busca de alimentos ambulantes, hoje sabemos que a vida a dois é mais que isso... Não podemos nos portar como a milhões de anos. O que sustenta, teoricamente, é o diálogo, a harmonia em torno do filho, do qual se retira, sempre, uma forma de se erguer em meio a crise.

Muitos dizem... "É natural que haja briga entre casais", mas é preciso que pontos sejam revistos no sentido de que essa naturalidade não mais exista, e sim outro tipo de natureza, como a de criar, entre os dois, um ponto forte, fixo, mítico, divino, baseado em nossa tríade.. Sem ela, como espelho, podemos cair em devaneios racionais e cair em abismos sem fim.

A Tríade

A humanidade apareceu a partir de duas pessoas. E somos elementos tais quais os primeiros, sempre. Assim é a tríade, na qual os elementos internos do universo se propagam todos os dias na natureza, de forma que não podemos vê-los, mas presenciá-los, e aprender com eles. Essa natureza nos possui. Esse cosmos nos tem. E se somos filhos desse infinito que rege as estrelas, por que não nos baseamos nele, como no passado o fariam rainhas e reis?

A tríade está em nós, e se nela nos basearmos, temos em nós o mais belo e puro amor, do qual construções magníficas serão erguidas, castelos imensos serão feitos, sempre com vista a unir o Homem e a Mulher física, emocional, psicológica e mais precisamente espiritualmente.




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