O Brasil passa por um momento político frio e angustiante, levando para o fundo do fosso a credibilidade de suas instituições, graças a senadores, deputados e presidentes, entre outros dos quais não podemos retirar o mínimo de confiança, esperança e outros básicos sentimentos que resguardamos para uma época que não vem...
Enquanto isso, nessa pirâmide -- que nos parece uma daquelas que ficam de cabeça para baixo --, a qual retrata a impunidade, a falta de responsabilidade junto à nação, desconceituando valores por meio de farsas escusas que, no limiar de operações, ainda puras em conceito, são reveladas no raiar do sol -- a desgovernança se faz.
O reflexo dessa "bonança" às avessas bate nos olhos da base educacional do país, e mais ainda na saúde, doente, a qual, há gerações, sofre com desvios de repasses governamentais, e caem em contas externas, sem pena, sem dó.
Se fosse somente isso, no entanto, estaríamos relativamente contentados por não atingir nossos físicos, ainda que estivéssemos deitados em trilhos de ferro, a espera de um trem a nos matar. Estamos mortos por isso; não precisamos mais dos trilhos... Mortos em iniciativas, em ação, em revolução, em guerras que não temos coragem de guerrear...
Agora, com a notícia de que não temos forças, de que país está dividido -- entre imbecis, e idiotas --, assistimos à derrocada de uma sociedade, de um grupo, de uma mulher, de um homem e de uma criança, os quais tramitam como seres desconhecidos ou desconectados de uma realidade que os subjugam como fezes do mundo...
É a verdade.
Coletivamente, percebe-se murmúrios, gemidos, dores que não são escutados, pois estamos mais preocupados em saber o nome do indivíduo que nos furtou os milhões, e que, por tabela, assassinou outros indiretamente. É mais fácil.
Mais fácil, ainda, é a consequência desse horror, que, na-tu-ral-men-te, se mostra em forma comportamental no trânsito, no trabalho, na família, pondo em risco o inconsciente coletivo dos seres em comum, que, agora, mais do que nunca, se tornou refém da penúria patricida...
O Mal nos Homens
Ainda que tenhamos gerras com suas leis, com seus atributos naturais, ainda que hediondos, aceitamos o que nela ocorre -- como genocídios, homicídios, estupros em massa, enfim, o que uma guerra triste (mas como guerra) nos traz.
E quando não se está em uma guerra e ainda "apreciamos" mortes em vão de inocentes, estupros coletivos, conflitos em larga escala, divisões em sociedades, em família, mortes, falta de produtos, pessoas morrendo de fome, discriminações, preconceitos, dentro de sistemas (como o nosso) que permitem tais avarias sociais como parte de uma sociedade, de uma país, que, não muito longe, nos construiu uma constituição que foi feita para ser mãe das leis?!
- Não sabemos.
- Não sabemos.
A guerra, em si, é o pior dos males. O mal pior é o próprio homem, que permite tais excessos pelo fato de acreditar que precisamos colher frutos podres, plantados por eles, e dele comemos todos os dias.
Por quê?
Lembro-me de Platão, quando nos cita em sua grande Caverna, e diz "Vejam aqueles seres presos em algemas, olhando as paredes e suas sombras, acreditando que tudo que veem é real!"...
Assim, caminhamos.
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