Opinião
Há muito tempo, por volta de quientos anos antes de Cristo, um filósofo escrevia a respeito da Justiça, dentro dos sistemas, dentro das sociedades, grupos, e dentro dos seres humanos. Era preciso, para tanto, fazer uma grande metáfora, um enredo no qual pudéssemos nos encaixar de modo que não nos desrespeitássemos em moral, em ética, ou em qualquer valor humano.
Não foi fácil, mas ele conseguiu. Nos fez crianças algemadas, como seres que somos aos nossos valores relativos, às nossas paixões pessoais, que criamos desde que criaram a grande Caverna. Esta, tão imensa e profunda, tao misteriosa e bela -- propositalmente -- se revela o sistema no qual nos encontramos, ou mesmo nosso universo particular, do qual não saímos seja por causa de nossa ignorância, pelos mestres errados, os quais se parecem guias cegos, a guiar cegos ao precipício, ou mais precisamente à força maior dos interessados em ficarmos mais nesse grande sonho, que, com o tempo, torna-se pesadelo...
A consciência em relação a esse lugar fantástico -- e lúgubre -- não se faz de um dia para o outro, Nosso filósofo, grego, de platos avantajada, se revelou criterioso nesse ponto. Usou o racional para nos informar daquilo que tínhamos dentro do inconsciente, louco para sair, mas não havia uma chave -- a metáfora -- estilo linguístico que emenda realidade e fantasia para demonstrar um terceiro elemento escondido, como um filho.
Esse filho, dentro de cada um, gerado por essa ideia mítica, se expande, se revela maior a cada dia, e define o que somos e o que fazemos em função de nossas felicidades. Não é difícil entender. E sim compreender a sua profundidade,seu objetivo, mesmo porque esse terceiro elemento, após nascido, teve várias máscaras, vários pais, manipulando o enredo, e "educando-o" para outros fins.
A caverna pode ser visualizada, não há nada de errado. Imaginamo-la e a veremos em nossa imaginação bem clara. Os humanos, presos em seu fundo, com suas algemas, também, não é menos fácil. O que nos falta, de pronto, é buscar a verdade das expressões que se usa em todo o texto, ainda que sejamos especialistas, filósofos, cientistas, os quais, sabemos, mordernizam mitos, lendas, contos, dos quais, a partir desses novos enredos, não se retira nada...
Quando temos a ideia em mente do que realmente se traz, não se leva para o lado subjetivo, pessoal, relativista, mas universal. Como uma grande razão (racional) acima de nossas possibilidades, de nossos olhos, essa ideia se vai e ganha poder. O poder do Mito. Nele, nascem pontos que somente o observador, o filósofo, que busca a verdade com amor e dedicação, baseado em premissas tradicionais, nas quais a sabedoria, a verdade, a bondade e beleza são lastros mais que suficientes para formar uma visão de Deus; somente este homem pode ver,
Nenhum comentário:
Postar um comentário