Não há Inconsciente aos Vegetais |
Poderíamos discorrer acerca do "Inconsciente Coletivo" de C.G. Yung, maravilhoso psicanalista e filósofo, o qual traduziu em várias obras o significado dessa hereditariedade que a humanidade guarda na memória imortal de sua essência. Porém, quando nos vêm essa mesma raiz -- inco --- já não é nos aprofundando, ainda, ao que o grande doutor nos ensinou.
A Inconsciência, a que me refiro, nada mais é que a 'falta de consciência' de alguém ou mesmo de um povo, o qual, diante de uma história que se monstra professora ante a alunos tão (quase) frívolos, se contrai com ideais de poder voltar e ensinar o que realmente precisamos aprender.. É fato. Somos ignorantes.
Tantas das mazelas pelas quais passamos, e tantas e tantas vezes, repetidas vezes reclamamos, choramos, e mesmo assim... voltamos a errar! É possível dizer nossas consequências jamais saíram de nossas almas coletivas, mesmo porque nossos atos são tão extremamente chocantes quanto qualquer ato catastrófico da natureza... Este, pelo menos, tem sua razão de ser, ainda que por trás dele há algo a se conotar, refletir mesmo, porque, na maioria das vezes, se é encima de algumas cabeças humanas.
A nossa natureza, no entanto, se revela cheia de amor à dor, ao desprezível, ao desqualificável e muito mais. Isso causa estranheza até mesmo à nossa essência, pois vai de encontro a outro lado de nossos inconscientes (agora Junguiano). Vai contra esse legado mítico e arquetípico que já nos é dado, mesmo sob o manto mágico dos deuses, dessas potencialidades que fazemos questão de zombar.
(Não tem importância) Mesmo assim, há algo em que se espelhar, ainda que sejamos pobres em pensamentos, racistas espirituais, ditadores naturais, criadores de sistemas frios, nos quais homens mais frios ainda são vistos como reis. Há sempre uma saída, ainda que superficial aos meus olhos, mas aos olhos dos pequenos, porém esperançosos, mais do que uma porta semiaberta, com vistas a sairmos desse outro "inconsciente" (sem noção sobre o que somos e podemos), dentro do qual homens não possuem referência, e quando o possuem, acreditam somente em si mesmos.
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Agora, nesse mesmo instante, fico a pensar em Deus, em sua essência. Penso quando os pequenos homens do passado -- há milhões de anos -- não tinham problemas em observá-Lo nas pequenas coisas e ao mesmo tempo não O vendo como um ser que nos ordena, assim como qualquer grande homem em um determinada reino o faz. Hoje, milhões de anos após, nos julgamos como sábios, reis, inteligentes a ponto de criar máquinas que dialogam com ser humanos solitários, e lutamos como crianças interesseiras em nome de um presente que nem teremos, pois ainda não temos bom comportamento.
Deus é tão simples e tão complexo, que nos julgamos presos a esse conceito eterno, como se prisioneiros fôssemos. Todavia, se entendermos o simbolismo arcaico do Mundo, daqueles que um dia O compreenderam, ou mesmo iniciar uma pequena reflexão do que somos, saberemos o que fazer ante ao que nos mata todos os dias.
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