Será que a morte nos conduz ao mesmo fim? |
É uma questão que, com certeza, se encerrássemos com duzentas páginas de blog, ainda seria pouco. No entanto, não estamos aqui para fazer 'páginas', mas para buscar nas entrelinhas a solução de algumas coisas que nos acontecem aqui, dentro de nós. E uma delas é esse questionamento, frio, desagradável, repudiante e ao mesmo tempo fantástico e misterioso..
Não existe nenhuma religião (Igreja, seita...) que não saiba a resposta desse grande mistério, coisa que pode se igualar aos xiitas que se suicidam em nome de seus supostos 'salvadores do céu', ou seja, paraísos naturais além-terra, além-mar, além-tudo, onde maravilhosas virgens, a espera do grande herói, debaixo de grandes cascatas de mel, nuas, dança ao som da música... cultural de cada louco.
A respeito das religiões no mundo, não posso ser genérico, mesmo porque há tradições que provam que algumas delas tentam seguir a lei natural da questão do pós mortem, ou seja, respeitam e acreditam que há uma continuidade, dentro um mundo não conhecido pelo humano, o qual, materialista, faz questão de fincar os pés na terra e se sentir imortal, mesmo com trilhões de exemplos contrários...
Então, mais um vez, dissemos a esses maravilhosos cabeças duras, A Morte Existe! A Vida também, e com isso todos concordam, mas não entendem. Talvez porque 'vida' signifique', assim como muitos valores, algo relativo, passageiro, que depende de respiração, ação, meditação, reflexão,,, Então, mais um aviso: Há Seres Que não Meditam e Existem! Há seres que não respiram, há uma gama de naturezas no mundo e fora dele que desconhecemos, que vivem, com vida própria!
Mas para onde Vamos?
Tenho uma irmã (fugindo um pouco das reflexões acima) que, quando mais nova, teve um problema que a atinge até hoje -- a esquizofrenia. Graças a medicamentos, hoje, está bem, obrigado. Porém (sempre há poréns), se não houver medicamentos, iniciam processos de questionamentos rápidos em sua mente, a falar sem parar, a querer sair não se sabe para onde, e assim nos deixando preocupados, até então. Semelhante a alguém que quer sair de uma suposta caverna psicológica, assim vejo.
Muitos vêem isso como comportamentos irregulares a uma pessoa que, quando jovem, bela e idealista, brincalhona, jamais pensou ou falou tais coisas -- o que é normal a meu ver, porque se cresce em todos os sentidos, se eu não me engano, mas os outros, sem respostas, não se procuram tergiversar da situação e tentar entender o porquê. Entretanto tem algo que nos incomoda, que é o "Para onde ela quer ir", ao parar e pensar, quando não se toma o remédio bendito.
Às vezes penso o mesmo, mesmo porque sou casado e quando a 'coisa' pega penso que sou um pássaro, sei lá, ou mesmo um urubu, voando alto, aproveitando o fluxo de ar e descansando minhas asas, sem batê-las ou, por ser casado, obrigado a isso!
Fora a brincadeira, é preciso entender que muitos sacerdotes no passado, como os egípcios sempre tinham por perto, claro, sabiam que o oculto era mais que sagrado, era algo sobre o qual não se poderia comentar, falar aos sete ventos, e sim respeitar em forma de símbolos que eram moldados à sua visão, e sabemos que tal nação era a melhor nesse quesito. Ao contrário de nós, acreditem, sabiam que o 'outro mundo' - seja lá qual ele for -- era tão concreto quanto esse em que vivemos, e por isso faziam festas sagradas em homenagens aos deuses ocultos e aos presentes. Era sagrado mesmo.
Assim como no Egito, havia a Escola de Elêusis, na Grécia Antiga, na qual sacerdotisas tinham o mesmo papel, em sacralizar as palavras que de lá saiam, até mesmo os atos humanos em relação ao ao próximo, à natureza, e assim, criavam deuses à sua imagem, mas sempre com um forte simbolismo por trás. Assim o foi em várias culturas...
Hoje, talvez haja culturas que celebrem o outro mundo, que o amem tanto quanto o atual, cheio de políticas e religiões, ciências e sociedade afastadas do Passado, o que já é um grande passo, contudo, a tradição nos ensinou que para amar o que há por detrás da vida, ou seja, compreender a morte, é preciso compreender a Vida.
Não se esqueça, "Todos os Homens Morrem, Mas nem Todos Homens Vivem".
Não se esqueça, "Todos os Homens Morrem, Mas nem Todos Homens Vivem".
Assunto bom.
Volto amanhã
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