...Muitos se questionam acerca de sua vinda no mundo, essa bola quase oval, na qual homens, mulheres, cachorros, gatos, leões e leoas brigam em nome da paz particular – e pouquíssimos pela coletiva. Os questionamentos aparecem principalmente quando as coisas nos parecem sem retorno... “Ah, meu Deus, o que que eu fiz?”; “Por que acontece só comigo essas coisas?”, “Oh, Deus! Por que nasci nessa pobreza e não na riqueza?”.. Uma coisa é certa, se o Criador fosse alguém que tivesse a paciência de acumular perguntas, o computar dele de duzentos gigas já teria ido para o espaço (?)...
Na realidade, não fazemos as perguntas corretas, o que nos transforma em fugitivos eternos de nossas responsabilidades, ainda que tão fúlgidas quanto nós. Outra realidade é que sabemos (ou fingimos não saber) intuitivamente que há um circulo que criamos em nossa esfera de vida, e dentro dele fazemos e acontecemos. O primeiro passo do nosso projeto: tentar nos localizar. Não fugir, por mais que nosso mundo particular se resuma em Paris, Estados Unidos, ou mesmo a nossa saída e volta do trabalho para casa. Nossos rastros não estão à vista, mas, se tivessem, haveria marcas até mesmo de nossas dores por onde passamos. Mas não há, por isso a séria dificuldade de nos localizar...
Se nos observar dentro de um contexto maior, poderemos dizer que a esfera nossa de cada dia não se resume apenas às estreitas vias por onde passamos; em qualquer lugar do mundo, seja aqui, seja em Paris, ou na lua, estamos dentro de um mapa, seja estadual ou municipal, e este, dentro de um país, que por sua vez está dentro de um continente... E este continente, dentro de um mundo, a terra, a qual se encontra no sistema solar, e assim por diante... O que nos faz miniaturas, tais quais formigas, dependendo do ponto de vista, ou mesmo uma célula em um grande corpo – o espaço, por assim dizer – a trabalhar, a viver, a se questionar, sofrer, amar... Enfim, uma “formiga” que sabe onde está.
Outro parâmetro do projeto seria se preparar para os lugares em que piso, pois ele estará sempre cheio de armadilhas naturais, nas quais posso cair ou não, depende de minha esperteza em relação à vida. No entanto, se nos consideramos o trejeito ainda obscuro às nossas visões, teremos ainda que cair em muitas armadilhas, ou seja, haverá dias em que nossos aborrecimentos serão maiores do que eles próprios, porque terão, além de sua conseqüência, a minha ignorância em relação a ele – o que é pior. O que quero dizer é que, chegará o dia em que a pequena goteira em meu quarto será considerada uma “sete quedas”, simplesmente porque sou despreparado para enfrentá-la. No entanto a mesma goteira, em um outro contexto, pode ser o primeiro passo para uma real sete quedas se não tratada com a justiça que merece.
Preparado, o segundo passo é a forma de lidar com as pessoas, com o mundo. Não esquecendo que pessoas também – tudo – são armadilhas! O que determinará a sua realização do projeto é a sua forma de lidar com ele. Um exemplo disso são pessoas que nos intrigam todos os dias com a finalidade de nos “derrubar”, vamos deixar assim, mas que, sem saber, estão contribuindo para a consecução do projeto. Dessas armadilhas, já tínhamos consciência, o que nos dá uma margem imensa de ganho lá na frente. O nosso mal é que levantamos achando sempre que os deuses estão do nosso lado com a finalidade de nos elevar ao céu no primeiro pé no chão. Assim, muitos dizem, “mande pro inferno aquela pessoa”, “não fale mais com aquele canalha!”, “mude de caminho quando ele ou ela aparecer” “Ah, meu Deus, será que vou encontrar aquela maldita de novo?”– e a própria natureza se encarrega de lhe trazer aquela pessoa que você detesta sempre em seu caminho – por quê? Porque sempre que somos determinados a realizar um projeto de qualquer grandeza as dificuldades, as barreiras, aparecem como formigas em piquenique.
Então, deixemos bem claro: quando houver armadilhas pessoais em nossos caminhos, pulemos, mas sejamos conscientes de que são armadilhas humanas, não objetivas, o que significa que teremos que resolver atritos, confrontar com problemas, resolvê-los; jamais pular, no sentido de se esconder, sair correndo, mesmo porque sabemos que a encontraremos em nossos meios querendo ou não... Dos reais buracos, pulamos.
A realização completa desse segundo estágio lhe dará meios para conhecer um pouco do seu Eu, aquele vazio que pede uma nova experiência. Ou seja, comparando você a uma oceano, já conhecemos uma gotícula de você, não de sua personalidade. Pois sabemos que somos vaidosos, e lidar com o ser humano é um tanto quanto – em nosso nível – “uma prova iniciática”. A realidade é que, hoje, acordar cedo, abrir os olhos, sorrir ao mundo, vê-lo com olhos leves, sem aquele medo de batalhar... já é uma prova iniciática...
Ficamos por aqui. Quando passarmos do segundo estágio, volto.
Na realidade, não fazemos as perguntas corretas, o que nos transforma em fugitivos eternos de nossas responsabilidades, ainda que tão fúlgidas quanto nós. Outra realidade é que sabemos (ou fingimos não saber) intuitivamente que há um circulo que criamos em nossa esfera de vida, e dentro dele fazemos e acontecemos. O primeiro passo do nosso projeto: tentar nos localizar. Não fugir, por mais que nosso mundo particular se resuma em Paris, Estados Unidos, ou mesmo a nossa saída e volta do trabalho para casa. Nossos rastros não estão à vista, mas, se tivessem, haveria marcas até mesmo de nossas dores por onde passamos. Mas não há, por isso a séria dificuldade de nos localizar...
Se nos observar dentro de um contexto maior, poderemos dizer que a esfera nossa de cada dia não se resume apenas às estreitas vias por onde passamos; em qualquer lugar do mundo, seja aqui, seja em Paris, ou na lua, estamos dentro de um mapa, seja estadual ou municipal, e este, dentro de um país, que por sua vez está dentro de um continente... E este continente, dentro de um mundo, a terra, a qual se encontra no sistema solar, e assim por diante... O que nos faz miniaturas, tais quais formigas, dependendo do ponto de vista, ou mesmo uma célula em um grande corpo – o espaço, por assim dizer – a trabalhar, a viver, a se questionar, sofrer, amar... Enfim, uma “formiga” que sabe onde está.
Outro parâmetro do projeto seria se preparar para os lugares em que piso, pois ele estará sempre cheio de armadilhas naturais, nas quais posso cair ou não, depende de minha esperteza em relação à vida. No entanto, se nos consideramos o trejeito ainda obscuro às nossas visões, teremos ainda que cair em muitas armadilhas, ou seja, haverá dias em que nossos aborrecimentos serão maiores do que eles próprios, porque terão, além de sua conseqüência, a minha ignorância em relação a ele – o que é pior. O que quero dizer é que, chegará o dia em que a pequena goteira em meu quarto será considerada uma “sete quedas”, simplesmente porque sou despreparado para enfrentá-la. No entanto a mesma goteira, em um outro contexto, pode ser o primeiro passo para uma real sete quedas se não tratada com a justiça que merece.
Preparado, o segundo passo é a forma de lidar com as pessoas, com o mundo. Não esquecendo que pessoas também – tudo – são armadilhas! O que determinará a sua realização do projeto é a sua forma de lidar com ele. Um exemplo disso são pessoas que nos intrigam todos os dias com a finalidade de nos “derrubar”, vamos deixar assim, mas que, sem saber, estão contribuindo para a consecução do projeto. Dessas armadilhas, já tínhamos consciência, o que nos dá uma margem imensa de ganho lá na frente. O nosso mal é que levantamos achando sempre que os deuses estão do nosso lado com a finalidade de nos elevar ao céu no primeiro pé no chão. Assim, muitos dizem, “mande pro inferno aquela pessoa”, “não fale mais com aquele canalha!”, “mude de caminho quando ele ou ela aparecer” “Ah, meu Deus, será que vou encontrar aquela maldita de novo?”– e a própria natureza se encarrega de lhe trazer aquela pessoa que você detesta sempre em seu caminho – por quê? Porque sempre que somos determinados a realizar um projeto de qualquer grandeza as dificuldades, as barreiras, aparecem como formigas em piquenique.
Então, deixemos bem claro: quando houver armadilhas pessoais em nossos caminhos, pulemos, mas sejamos conscientes de que são armadilhas humanas, não objetivas, o que significa que teremos que resolver atritos, confrontar com problemas, resolvê-los; jamais pular, no sentido de se esconder, sair correndo, mesmo porque sabemos que a encontraremos em nossos meios querendo ou não... Dos reais buracos, pulamos.
A realização completa desse segundo estágio lhe dará meios para conhecer um pouco do seu Eu, aquele vazio que pede uma nova experiência. Ou seja, comparando você a uma oceano, já conhecemos uma gotícula de você, não de sua personalidade. Pois sabemos que somos vaidosos, e lidar com o ser humano é um tanto quanto – em nosso nível – “uma prova iniciática”. A realidade é que, hoje, acordar cedo, abrir os olhos, sorrir ao mundo, vê-lo com olhos leves, sem aquele medo de batalhar... já é uma prova iniciática...
Ficamos por aqui. Quando passarmos do segundo estágio, volto.
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