O Cristianismo teve, depois anos de tentativa, seu lugar no mundo. Depois de atravessar desertos, mares e se instalar em nações politeístas – como Egito, conseguiu forjar em aço a sua filosofia. Com discípulos levados a traduzir literalmente o que o grande mestre Jesus deixara, a Religião se fixou, e delineou seu caminho com ajuda dos gregos, dos egípcios, dos romanos, claro que estes o fizeram involuntariamente, pelo cansaço, “oferecendo” as vias pelas quais os grandes descobriam outras nações, agora, caminhos para discípulos, para fiéis sedentos e para falsos sacerdotes catequizar inocentes.
Depois de quebrarem símbolos antigos, sem mesmo questionarem o porquê daqueles, os cristãos-guerreiros foram dotados de um ideal próprio, esquecer a história das grandes civilizações, extinguir todos os seus símbolos dos quais nações viviam e respeitavam até então, massacrarem sábios, extinguir pergaminhos, destruírem estátuas, templos, ilhas, etc, tudo em nome de Deus.
Tudo em nome de um Deus que fora planejado racionalmente pelos grandes cristãos, também em nome de Jesus (sem ele saber é claro), cresceram, desenvolvendo uma estrutura sem base, na qual, até hoje, respeitam e adoram, como se nada no passado houvesse existido.
Mas não se pode esconder o que as grandes civilizações fizeram nem se eles quisessem! Não se pode começar o mundo por meio de uma ideia copiada, através da qual, dizem, nos aproximamos da real verdade. Um exemplo são as pirâmides na América Latina, no Egito; das grandes pinturas em relevo dos grandes faraós, dos deuses maias; das grandes medicinas, ciências, da astrologia das quais viviam os homens do passado. Enfim, nada poderia ter existido sem uma causalidade, nem se o cristianismo quisesse. O que não poderiam destruir, como os espanhóis o fizeram com os maias, deixaram ao relento, sem cuidar, ou mesmo sem o respeito de antes.
A verdade, em si, a meu ver, estava muito mais à vontade há dois mil anos antes de Cristo, quando se viam símbolos como pontes para o sagrado, não palavras advindas de poucos que criam seus próprios símbolos, copiados, também, de nações douradas; o que faz tais símbolos se perderem no véu da ignorância humana, contudo, não a essência, mesmo porque os grandes sábios da época já teriam previsto (e se prevenido) da decadência humana.
Depois de quebrarem tudo, ou transformarem tudo em formas a seu bel-prazer, cristãos fizeram fiéis, discípulos, todos voltados a uma crença cujos preceitos eram voltados à pobreza e à humildade; porém, a história nos conta que a Igreja ficou mais rica e poderosa a partir do momento em que donos de terras, por serem de posse, foram privilegiados e conseguiram, em algumas nações, se tornarem quase papas. Apenas por terem mais que o próximo...
Atualmente, Roma não possui nem mesmo o elmo, muito menos o escudo como símbolo das guerras, dos grandes heróis, das grandes batalhas que deram Roma, depois de vitórias belíssimas, o codinome de a Poderosa, e sim, um papa que, desde o dia da morte de Pedro, um dos discípulos que lutaram em favor do movimento, tenta substituí-lo, numa cidadezinha chamada Vaticano.
Mas uma coisa é certa, o mundo ficou mais doente, ainda que várias igrejas, sejam elas católicas ou não, se instalaram no mundo, e tentam traduzir a palavra do mestre, na maioria das vezes, por um pastor, bispo ou um padre, os quais se mostram muito mais políticos que religiosos. E, infelizmente, a política de hoje não possui, como antes, a religião como base.
Então, hoje, quando se fala em religião, vem-nos logo a imagem de pseudo-sacerdotes dos chamados templos (igrejas) se infiltrando em senados, câmaras ou se candidatando à presidência.
Não sei qual era a mensagem do mestre, mas tenho a certeza de que esquecer a história de maneira que não saibamos a sua origem ou mesmo a origem de seus símbolos, nos torna tão frios e minerais quanto à própria pedra, e tão animais quanto a própria hiena que sorri o tempo inteiro sem mesmo saber por quê.
(Mas) Se Cristo pedisse que tudo fosse quebrado em nome de Deus, eu ainda me colocaria a indagar acerca de tal pedido, pois somos filhos de uma mãe e de um pai que são obrigados a nos passar seu antepassado, ainda que fosse inglório, a fim de aprendermos com eles; então, fica a grande indagação da história, por que desmanchar o passado da história das grandes civilizações se até o próprio Cristianismo dela veio?
E por essa e outras que os clássicos devem ser lidos, apreciados e traduzidos para a grande maioria, porque eles nos trazem a cultura de todos os povos, dos quais todos nós viemos, nos trazem a beleza mítica e histórica de seus heróis que jamais devem ser esquecidos, pois a humanidade precisa deles, ou pelo menos do que deles restaram. E ainda há alguns que dizem que “ler outro livro além da Bíblia é pecado”.
Não podemos destruir o passado, devemos deixá-lo em nossas mentes com forma de nos catapultarmos para o presente, como forma de melhorar nosso futuro, com base em valores defendidos em guerras, em famílias, em políticas, em religiões... Valores atemporais, valores eternos, universais e divinos. Isso é religião.
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