quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Simbolismo das Árvores, o fruto nosso de cada dia.


A Árvore e o Homem: semelhanças

A árvore na Antiguidade, principalmente na Grécia e Roma, tinha um simbolismo voltado aos céus, assim como a maioria dos simbolismos nas civilizações. Nelas, as árvores representavam o homem como um todo. Por serem fortes, e quase indestrutíveis, por terem uma estrutura singular na qual chuvas, tempestades, e às vezes furacões retirariam suas folhas, frutos, mas nunca a derrubariam, fizeram da espécie um símbolo universal de preponderância em beleza, força e verticalidade.

Por serem verticais, subindo sempre aos céus, até mesmo no antigo Egito as árvores tinham seu poder universal simbólico. Antes de cortar qualquer árvore, teria que ser autorizada pelo faraó, pois nada melhor do que uma árvore para mostrar o caminho do homem.

Em muitas outras culturas, na indiana, por exemplo, tínhamos, em seus textos sagrados, a citação da Árvore de Cabeça para Baixo, a qual simbolizava que a raiz de tudo que se manifestava estava nos céus, e não na terra (...Olha o Mundo das Ideias de Platão aí!...), o que, na realidade, deu inicio uma série de pensamentos dos quais podemos retirar a árvore de Natal, com seus enfeites, com seus presentes em sua base, a representar o manifestado, mas às avessas.

Em contos e Mitos, temos o agrupamento de árvores, ou melhor, o bosque – aquela parte escura da floresta na qual passeiam indivíduos inocentes a espera do lobo mal, não necessariamente, claro, mas que – dentro de um outro contexto, podemos chamar de lado obscuro do ser humano, no qual nos perdemos e ao mesmo tempo encontramos o mistério mais profundo.

Também vista como símbolo fálico, a Árvore, por ter sua natureza voltada para cima, verticalmente, representou a fertilidade divina, como se deuses estivessem sempre a dar frutos (filhos semideuses) às mulheres. Assim como o foi Zeus na terra.

Havia também os druidas, que não eram nada céticos, e tinham a certeza de que as árvores possuíam espíritos, e clamavam bem-aventurança a elas, e faziam orações em torno de determinadas árvores, como a oliveira.

Para terminar (?),  temos o paganismo que criou diversas formas de elevar as árvores a seres que se religavam com os deuses, de modo que algumas vezes troncos eram vestidos de deusas, com mantas em seus troncos, e em suas bases ornamentos que simbolizavam presentes a eles. Contudo, esse modo de ver a árvores como símbolo sagrado se foi, “graças” ao cristianismo que modificou o modo de ver do pagão, que se cristianizou; no entanto, há ainda, em algumas culturas, o predomínio dessa visão, mas não tão respeitada como na antiguidade.

O fruto disso tudo talvez seja o da árvore, que nos ensina, todos os dias, a lidar com o tempo. Ela muda de acordo com a natureza, não de acordo com os interesses alheios. O fruto dessa ideia nada mais é, além de tudo, a fortaleza e a beleza de ser ponte entre o sagrado e o profano, ou seja, um pouco de nós.




(pesquise; leia e aprenda mais sobre o simbolismo das árvores)

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