terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A Semântica Natural da Vida

Quando escrevo, sei o quanto envio mensagens às pessoas de bem, que se espalham nesse mundo divino e profano de Deus. E nesse envio, sei o quanto às palavras, em si, possuem a alma, ou melhor, a semântica que lhes é própria. Assim como tudo que mora no universo, assim como o grande uno que se expande, recua, se expande, em movimentos milenares os quais os indianos chamavam de Pralaya e Manvantara – as palavras têm seus próprios ideais.


Uma letra. Um universo.

As palavras possuem vida própria. As letras, cada uma delas, uma natureza, que, somada uma a outra, nos faz a silaba; e a união de várias silabas, uma palavra. E na união de várias palavras, temos um parágrafo, os quais unidos nos dão um texto...

Mas cada parágrafo, assim como na natureza da vida, tem um pequeno “gancho”, chamado conjunção, que o une a outro.

E no livro? Aqui temos um universo de caracteres harmônicos, dos quais podemos tirar silabas, palavras, parágrafos, períodos, que reunidos são com finalidades em atingir seus objetivos, contar uma história.

A história, agora um corpo com células, que compõem o coração, possui uma alma maior, a do autor do texto. A história deve vir para se somar a outras histórias, que, por si só, devem participar de um universo, o grande universo humano de experiências boas ou não. Tais experiências, contudo, soam como se fossem forças capazes de modificar o universo humano, não para ligar-se a ele. Nada, no entanto, deve vir com esse principio.

Tudo deve vir para religa-se. Exemplo disso são os belos poemas, as poesias, os belos textos, os belos contos, as histórias clássicas, nas quais sempre haverá elementos que se religam à nossa alma inquieta. E aquele que os lê participa de um universo tão grande e misterioso, ao ponto de modificar suas estruturas internas.

Se percebemos bem, estamos dentro de um texto no qual somos protagonistas ativos, quando vistos em primeira pessoa, em outros, porém, coadjuvantes... Há casos raríssimos nos quais pessoas valorizam tanto outros que se tornam coadjuvantes em sua própria vida, não personagens principais...

Assim, é a Vida. Cada um possui em si caracteres que se religam ao texto maior, a uma alma maior, e esta ao grande espírito do tempo, do qual nascem outros textos, do qual nascem os deuses, semânticas naturais da vida.





(mãe, que nossas semânticas estejam em consonância sempre com a maior das semânticas: Deus)

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